Viradouro, Acadêmicos de Santa Cruz e Unidos de Padre Miguel levantam o público
Agência Brasil
Publicação:02/03/2014 11:00Atualização: 02/03/2014 12:12
O segundo dia de desfile do Grupo da Série A esquentou com a passagem da Viradouro. Com o enredo Sou a Terra de Ismael, Guanabaran Eu Vou Cruzar... Pra Você Tiro o Chapéu, Rio Eu Vim Te Abraçar, a escola cantou a cidade de Niterói, chamada de Cidade Sorriso e onde a Viradouro foi fundada. O enredo de 2014 também falou da ligação de Niterói com o Rio de Janeiro, separadas apenas pela Baia de Guanabara.
Embora um dos refrões do samba fizesse referência ao Cristo Redentor, um dos principais cartões postais do Rio, a imagem veio atrás da última alegoria em uma estrutura de plástico preta com uma faixa inscrita: "Mesmo proibido olhai pela Viradouro". Era uma lembrança do carnaval da Beija-Flor de 1989, quando, proibida pela Igreja de desfilar com uma imagem do Cristo, a Beija-Flor trouxe uma alegoria semelhante. Ao final do desfile, o público presente em todas as arquibancadas saudou a Viradouro, a quinta escola a se apresentar, com o grito de É campeã.
Na sequência entrou a Estácio de Sá que, como a Viradouro, também já foi campeã do Grupo Especial. O enredo Um Rio à Beira-Mar: Ventos do Passado em Direção ao Futuro! mostrou a história cultural do entorno do Porto do Rio e as perspectivas de modernização do local, que passa por obras de revitalização. A escola fez uma boa apresentação e animou as arquibancadas.
A próxima foi a Acadêmicos de Santa Cruz que também empolgou o público com um desfile animado da agremiação da zona oeste. O enredo Do Toque do Criador à Cidade Mais Saudável do Brasil: Jundiaí, uma Referência Nacional cantou a cidade paulista. O último carro, que representava o desenvolvimento cultural e tecnológico de Jundiaí, teve um problema mecânico que foi resolvido e não comprometeu o desfile.
Outra escola que se apresentou neste segundo dia, foi a Unidos de Padre Miguel. A escola da zona oeste do Rio, que foi a oitava a se apresentar, trouxe o mistério para o Sambódromo. O enredo Decifra-me ou Te Devoro: Enigmas – Chaves da Vida mostrou logo no abre-alas os mistérios cifrados de civilizações passadas. Também chamou a atenção do público o carro com uma figura metade humana e metade máquina, que representava a pergunta Quem sou eu, de onde vim, para onde vou?
A Tradição, escola da zona norte do Rio, abriu o desfile do segundo dia do Grupo da Série A com o enredo Sonhar com Rei Dá Leão que em 1976 deu o título de campeã para a Beija-Flor. Com a reedição deste enredo, a agremiação homenageou a escola de Nilópolis, um dos destaques do grupo especial. Mas a Tradição, que nasceu de uma dissidência de um grupo da Portela, não deixou de homenagear Natalino José do Nascimento, o Natal da Portela, que veio simbolizado na quarta alegoria, fechando o desfile. Não foi sem motivos que o carro tinha as cores azul e branco, da agremiação de Madureira.
A Alegria da Zona Sul foi a segunda a passar pela avenida e apresentou o enredo Sacopenapã. A única escola da zona sul no grupo da série A, cantou o bairro mais famoso do Rio, Copacabana. E foi justamente no carro que representava o bairro e homenageava também Yemanjá, a rainha do mar, que a escola teve uma perda significativa de pontos. A barra de direção do carro quebrou na virada da concentração para a passarela de desfile e apesar do empenho dos integrantes, não houve jeito e o carro, que era a quarta e última alegoria da escola, ficou fora do desfile. O diretor de harmonia da escola, Robson Sant Anna, disse à Agência Brasil que a decisão de deixar o carro de fora foi da diretoria da escola para não causar um problema ainda maior. "Não tem o que fazer. Vamos tirar o carro com um reboque", lamentou.
A terceira a entrar no Sambódromo foi a União do Parque Curicica. A escola da zona oeste cantou a história da tradicional bebida brasileira: a cachaça. O enredo Na garrafa, no Brasil, Salve a Cachaça Patrimônio Cultural do Brasil falou do lucros dos engenhos, da festa da colheita e incluiu toques de religiosidade com santos e entidades da umbanda.
A Caprichosos de Pilares entrou no Sambódromo com força para tentar mais uma vez voltar para o grupo especial. O ex-jogador da seleção de Portugal e do Fluminense, Deco, desfilou pela primeira vez e disse que se emocionou. "A visão, quando você está aqui na avenida, é diferente. É muito bacana", contou à Agência Brasil.
A Caprichosos escolheu como tema do desfile deste ano a Lapa, tradicional bairro da boemia carioca. Alguns componentes, no entanto, ficaram decepcionados. A fantasia deles não chegou à avenida em tempo do desfile. A professora Chriscia Ferreira vinha em uma ala composta por 21 casais e ensaiou por dois meses. "As damas ficaram sem vestido e sem peruca. Um absurdo e falta de consideração. A gente entrou de roupa mesmo fora do figurino em protesto", disse.
O presidente da escola Cezar Thadeu reconheceu o problema, mas considerou que a escola fez um bom desfile com possibilidade de brigar pelo título de campeã. "Isso aconteceu. Alguns [problemas] foram solucionadas outros não. O importante é que a escola passou bem", disse.
Já com o céu claro, a Acadêmicos de Cubango encerrou o desfile da Série A, com o enredo Continente Negro - Uma Epopeia Africana. A torcida da escola resistiu aos chuviscos para ver a evolução dos componentes da comunidade. Somente uma escola da Série A poderá subir para o Grupo Especial e três cairão para a Série B.
Viradouro esquentou o segundo dia de desfile do Grupo da Série A no Sambódromo do Rio de Janeiro
Embora um dos refrões do samba fizesse referência ao Cristo Redentor, um dos principais cartões postais do Rio, a imagem veio atrás da última alegoria em uma estrutura de plástico preta com uma faixa inscrita: "Mesmo proibido olhai pela Viradouro". Era uma lembrança do carnaval da Beija-Flor de 1989, quando, proibida pela Igreja de desfilar com uma imagem do Cristo, a Beija-Flor trouxe uma alegoria semelhante. Ao final do desfile, o público presente em todas as arquibancadas saudou a Viradouro, a quinta escola a se apresentar, com o grito de É campeã.
Na sequência entrou a Estácio de Sá que, como a Viradouro, também já foi campeã do Grupo Especial. O enredo Um Rio à Beira-Mar: Ventos do Passado em Direção ao Futuro! mostrou a história cultural do entorno do Porto do Rio e as perspectivas de modernização do local, que passa por obras de revitalização. A escola fez uma boa apresentação e animou as arquibancadas.
A próxima foi a Acadêmicos de Santa Cruz que também empolgou o público com um desfile animado da agremiação da zona oeste. O enredo Do Toque do Criador à Cidade Mais Saudável do Brasil: Jundiaí, uma Referência Nacional cantou a cidade paulista. O último carro, que representava o desenvolvimento cultural e tecnológico de Jundiaí, teve um problema mecânico que foi resolvido e não comprometeu o desfile.
Outra escola que se apresentou neste segundo dia, foi a Unidos de Padre Miguel. A escola da zona oeste do Rio, que foi a oitava a se apresentar, trouxe o mistério para o Sambódromo. O enredo Decifra-me ou Te Devoro: Enigmas – Chaves da Vida mostrou logo no abre-alas os mistérios cifrados de civilizações passadas. Também chamou a atenção do público o carro com uma figura metade humana e metade máquina, que representava a pergunta Quem sou eu, de onde vim, para onde vou?
A Tradição, escola da zona norte do Rio, abriu o desfile do segundo dia do Grupo da Série A com o enredo Sonhar com Rei Dá Leão que em 1976 deu o título de campeã para a Beija-Flor. Com a reedição deste enredo, a agremiação homenageou a escola de Nilópolis, um dos destaques do grupo especial. Mas a Tradição, que nasceu de uma dissidência de um grupo da Portela, não deixou de homenagear Natalino José do Nascimento, o Natal da Portela, que veio simbolizado na quarta alegoria, fechando o desfile. Não foi sem motivos que o carro tinha as cores azul e branco, da agremiação de Madureira.
A Alegria da Zona Sul foi a segunda a passar pela avenida e apresentou o enredo Sacopenapã. A única escola da zona sul no grupo da série A, cantou o bairro mais famoso do Rio, Copacabana. E foi justamente no carro que representava o bairro e homenageava também Yemanjá, a rainha do mar, que a escola teve uma perda significativa de pontos. A barra de direção do carro quebrou na virada da concentração para a passarela de desfile e apesar do empenho dos integrantes, não houve jeito e o carro, que era a quarta e última alegoria da escola, ficou fora do desfile. O diretor de harmonia da escola, Robson Sant Anna, disse à Agência Brasil que a decisão de deixar o carro de fora foi da diretoria da escola para não causar um problema ainda maior. "Não tem o que fazer. Vamos tirar o carro com um reboque", lamentou.
A terceira a entrar no Sambódromo foi a União do Parque Curicica. A escola da zona oeste cantou a história da tradicional bebida brasileira: a cachaça. O enredo Na garrafa, no Brasil, Salve a Cachaça Patrimônio Cultural do Brasil falou do lucros dos engenhos, da festa da colheita e incluiu toques de religiosidade com santos e entidades da umbanda.
A Caprichosos de Pilares entrou no Sambódromo com força para tentar mais uma vez voltar para o grupo especial. O ex-jogador da seleção de Portugal e do Fluminense, Deco, desfilou pela primeira vez e disse que se emocionou. "A visão, quando você está aqui na avenida, é diferente. É muito bacana", contou à Agência Brasil.
A Caprichosos escolheu como tema do desfile deste ano a Lapa, tradicional bairro da boemia carioca. Alguns componentes, no entanto, ficaram decepcionados. A fantasia deles não chegou à avenida em tempo do desfile. A professora Chriscia Ferreira vinha em uma ala composta por 21 casais e ensaiou por dois meses. "As damas ficaram sem vestido e sem peruca. Um absurdo e falta de consideração. A gente entrou de roupa mesmo fora do figurino em protesto", disse.
O presidente da escola Cezar Thadeu reconheceu o problema, mas considerou que a escola fez um bom desfile com possibilidade de brigar pelo título de campeã. "Isso aconteceu. Alguns [problemas] foram solucionadas outros não. O importante é que a escola passou bem", disse.
Já com o céu claro, a Acadêmicos de Cubango encerrou o desfile da Série A, com o enredo Continente Negro - Uma Epopeia Africana. A torcida da escola resistiu aos chuviscos para ver a evolução dos componentes da comunidade. Somente uma escola da Série A poderá subir para o Grupo Especial e três cairão para a Série B.