Sem maldade e sem humor, "Meu Malvado Favorito 2" decepciona
Nem a fofura dos amarelinhos Minions compensa a falta de graça do segundo longa protagonizado pelo ex-malvado Gru

No primeiro filme, os clichês de fitas estreladas por vilões naturalmente malvados eram retrabalhados em prol da história. Na sequência, o roteiro faz-se vítima de um estado que tentava evitar, e entrega os personagens a um emaranhado de situações que você já viu em filmes do gênero: formação de exércitos, lançamento de foguetes e fórmulas secretas.
O disfarce como lojista de shopping adotado pelo vilão latino El Macho (dublagem brasileira do cantor Sidney Magal) é revelado no começo da fita. Depois disso, resta ao espectador esperar pelo momento em que subirão os créditos finais. O novo homem renascido em Gru encontra o amor nos braços da detetive atrapalhada Lucy (no original, dublagem de Kristen Wiig; no Brasil, escuta-se o timbre de voz de Maria Clara Gueiros), mas nem esse novo elemento suscita atenção necessária.
Os ajudantes de Gru, os amarelinhos Minions, são responsáveis por um certo grau de fofura, mas as piadas só provocam risadas tímidas. A continuação de Meu malvado é um retrato das animações atuais. Há muito, pouco se aproveita do marasmo dos novos títulos do gênero, quase todos vivendo em estado vegetativo, ligados no piloto automático.