Documentário retrata a vida e obra do cineasta Federico Fellini
O filme mostra diferentes etapas da vida de Fellini, entre trabalhos e premiações
Ricardo Daehn
Publicação:06/06/2014 06:02

Fellini é retratado desde a juventude em filme de Scola
O retrato do maneta que, abertamente, pede desconto de 50% para a manicure é uma das faíscas cômicas do mais recente filme da lenda viva Ettore Scola. Com a sapiência de um octogenário, ele comanda uma homenagem ao grande amigo Federico Fellini.
Crias do irreverente jornal Marc’Aurélio do pós-guerra, ambos conviveram com figuras de ponta como o ilustrador Attalo. Infelizmente, esses encontros não formam o que de melhor o filme apresenta, na fase inicial, um tanto modorrenta. Com tom autoral, Scola não desvia do sacramentado: inevitável que Fellini passeie, entre figuras bufonas, circenses e até simplórias. Reações inflamadas ao vaudeville ocupam a tela.
Mas, numa segunda parte, ficam mais evidentes os traços do “amor desenfreado pela vida” que o artista desenvolveu. Decepcionando em ser o rapaz bonzinho, Fellini promove pequenas traquinagens como a do Oscar falso, recebido numa mesa de bar. Impagável mesmo é quando bebe na fonte de seu cinema, harmonizando com prostitutas e deserdados como um anônimo que desmerece o mestre e sua “sétima arte”.
Crias do irreverente jornal Marc’Aurélio do pós-guerra, ambos conviveram com figuras de ponta como o ilustrador Attalo. Infelizmente, esses encontros não formam o que de melhor o filme apresenta, na fase inicial, um tanto modorrenta. Com tom autoral, Scola não desvia do sacramentado: inevitável que Fellini passeie, entre figuras bufonas, circenses e até simplórias. Reações inflamadas ao vaudeville ocupam a tela.
Mas, numa segunda parte, ficam mais evidentes os traços do “amor desenfreado pela vida” que o artista desenvolveu. Decepcionando em ser o rapaz bonzinho, Fellini promove pequenas traquinagens como a do Oscar falso, recebido numa mesa de bar. Impagável mesmo é quando bebe na fonte de seu cinema, harmonizando com prostitutas e deserdados como um anônimo que desmerece o mestre e sua “sétima arte”.