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25/ABR/2024

Anti-herói 'Deadpool' rompe com formato tradicional da Marvel

Ryan Reynolds coloca todo seu carisma e senso de humor no maior papel da carreira

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Ricardo Daehn Publicação:12/02/2016 07:00
Deadpool: uma trama além dos padrões da Marvel (Fox Filmes)
Deadpool: uma trama além dos padrões da Marvel

Quem curte virada de página, independentemente de ser a de um gibi da Marvel adaptado para cinema, tem bastante para gostar, no filme do diretor estreante Tim Miller. Sem vícios ou muletas legitimadas a cada adaptação de super-herói, que normalmente colocam foco no protagonista em crise, seu passado obscuro e afins, Deadpool transborda fuga de convenções. O protagonista se apresenta, na base da inversão, como “Pool, Dead”. Claro que ele se acha “super”, mas não quer confundido como herói.
 
 
Com humor aparentado ao de Kick-Ass, aplicado em ironia e deboche, o filme coloca Deadpool vestido de vermelho, para disfarçar o sangue, enquanto medo e incontinência levam alguns dos vilões a trajarem marrom. Sem reservas, a violência da ação é explícita, com revelação gráfica de miolos estourados e balas alojadas em lugares indizíveis. Mercenário, Wade Wilson (a verdadeira identidade de Deadpool) foi diagnosticado com câncer, passando, à revelia, por tratamento que lhe traz poderes inimagináveis. Como ônus, porém, ele receberá feições deformadas. O ex-agente Wade acalenta planos de vingança nada previsíveis.

Piadas

Agitado e falastrão, Deadpool é objetivo até a última potência. Quando alguém pergunta sobre “seu botão” do liga e desliga, ele não titubeia: “Fica perto da próstata”. A acidez do roteiro assinado por Rhett Reese e Paul Wernick (de Zumbilândia) agrupa uma série de piadas pop que sugerem trabalhos de Liam Neeson. Humor que também marca a trajetória profissional de Ryan Reynolds (justo o intérprete de Deadpool, talhado para o papel). O próprio fracasso de Reynolds com o filme Lanterna verde rende humor.
 
No quesito música, Deadpool tem jukebox afinada: desfilam de Hit the road Jack até You´re the inspiration, sem esquecer Carless whisper, tudo corroborando para apoteose. Ágil, a edição de Julian Clarke (de Distrito 9) dá fôlego extra para os combates (do qual tomam parte tipos saídos dos X-Men, como Colossus e Míssil Adolescente Megassônico). Ah, sim!, há um pano de fundo de romance com a brasileira Morena Baccarin, que dá vida à ex-prostituta Vanessa. Mas, o que prevalece é o casamento com o riso, como na cena em que, mutilado no rosto, Deadpool ganha comparativo com “uma transa, com ódio, entre dois abacates”.

Confira as sessões para Deadpool aqui.

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