Indicação da Jordânia ao Oscar, 'O lobo do deserto' chega aos cinemas
Longa é o primeiro do país a conquistar uma vaga entre a seleção de melhores filmes estrangeiros
Ricardo Daehn
Publicação:19/02/2016 06:30
Filme é a primeira indicação da Jordânia ao Oscar
O “eu sei me virar”, enfatizado pelo menino Theeb (Jacir Eid), esclarece bastante o rumo do primeiro candidato da Jordânia indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Junto com a estreia da Colômbia na disputa (que concorre por O abraço da serpente), o longa sai da regular amostragem de concorrentes da França (Cinco graças), Dinamarca (A war) e Hungria (O filho de Saul).
Criado em meio à aspereza da desértica Arábia do início do século 20, Theeb, filho de um sheik, aprendeu com o pai que “o forte devora o fraco”. Alguns provérbios se fazem presentes ao longo do filme, em que visitantes estrangeiros fazem aliança “com os lobos” — leia-se colonizadores britânicos, a fim de servirem como guias em trilhas no deserto percorridas por peregrinos e por ladrões.
Longa dedicado ao arquiteto e agitador cultural Ali Maher, que mudou rumos da cultura no reino árabe, a obra do diretor Naji Abu Nowar venceu prêmio de direção Festival de Veneza, na mostra paralela Horizonte. Sem muita inspiração entre os atores (corretos e nada mais) e encadeado por ações muito paradas, o enredo é rústico, e acopla mortes, alguns exemplos de coragem e fraternidade, além de amontoado de moscas e de camelos.
Confira as sessões de O lobo do deserto aqui.