Comédia 'Ave, César!' faz caricatura com a Hollywood dos anos 1950
A obra dos irmãos Coen tem George Clooney como protagonista
Alexandre de Paula- Especial para o Correio
Publicação:15/04/2016 06:00Atualização: 14/04/2016 17:03
Na hollywood dos anos 1950, Eddie Mannix (Josh Brolin), executivo de um grande estúdio, encobre escândalos das estrelas do cinema. No meio das filmagens de uma das principais produções do estúdio, o grande astro Baird Whitlock (George Clooney) é sequestrado por um misterioso grupo formado por comunistas caricatos chamado Futuro. É essa a base da comédia Ave, César!, novo filme dos irmãos Coen.
Com elenco estelar, o longa soa como uma homenagem debochada e crítica à Hollywood daqueles tempos. As situações patéticas, os bastidores das grandes produções, o papel de Mannix como uma espécie de babá ou anjo da guarda dos famosos, tudo em Ave, César! cria uma atmosfera irônica que em alguns momentos funciona muito bem, mas em outros derrapa.
Clique aqui e confira as sessões do filme
A cena, com tons absurdos, em que Mannix discute com líderes religiosos se a representação de Jesus Cristo em um filme seria ofensiva ou não é um dos pontos mais engraçados e divertidos de Ave, César!. Se, quando os Coen direcionam a crítica ao próprio cinema, a abordagem debochada funciona, os momentos em que os alvos são outros não alcançam tanto sucesso. A representação do grupo comunista em que está, inclusive, o filósofo alemão Herbert Marcuse é caricata e frágil. A crítica acaba parecendo uma tentativa de ridicularizar, que soa falsa e rasa.
Apesar dos problemas, Ave, César! é, sem dúvida, melhor do que a maioria das comédias produzidas por aí atualmente. O longa peca principalmente quando esboça críticas estereotipadas sem uma fundamentação mais sólida e pela sensação forte que fica desde o início de que o melhor ainda está por vir. Ave, César! é, sim, desde o começo, um bom filme, mas o melhor nunca vem.
George Clooney vive astro do cinema: ficção real
Na hollywood dos anos 1950, Eddie Mannix (Josh Brolin), executivo de um grande estúdio, encobre escândalos das estrelas do cinema. No meio das filmagens de uma das principais produções do estúdio, o grande astro Baird Whitlock (George Clooney) é sequestrado por um misterioso grupo formado por comunistas caricatos chamado Futuro. É essa a base da comédia Ave, César!, novo filme dos irmãos Coen.
Com elenco estelar, o longa soa como uma homenagem debochada e crítica à Hollywood daqueles tempos. As situações patéticas, os bastidores das grandes produções, o papel de Mannix como uma espécie de babá ou anjo da guarda dos famosos, tudo em Ave, César! cria uma atmosfera irônica que em alguns momentos funciona muito bem, mas em outros derrapa.
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A cena, com tons absurdos, em que Mannix discute com líderes religiosos se a representação de Jesus Cristo em um filme seria ofensiva ou não é um dos pontos mais engraçados e divertidos de Ave, César!. Se, quando os Coen direcionam a crítica ao próprio cinema, a abordagem debochada funciona, os momentos em que os alvos são outros não alcançam tanto sucesso. A representação do grupo comunista em que está, inclusive, o filósofo alemão Herbert Marcuse é caricata e frágil. A crítica acaba parecendo uma tentativa de ridicularizar, que soa falsa e rasa.
Apesar dos problemas, Ave, César! é, sem dúvida, melhor do que a maioria das comédias produzidas por aí atualmente. O longa peca principalmente quando esboça críticas estereotipadas sem uma fundamentação mais sólida e pela sensação forte que fica desde o início de que o melhor ainda está por vir. Ave, César! é, sim, desde o começo, um bom filme, mas o melhor nunca vem.