'Funcionário do mês' chega com toques de comédia e romance
O filme conta a história de um sonho profissional um tanto incomum entre crianças: um emprego estável
Vinicius Nader
Publicação:19/08/2016 06:14Atualização: 18/08/2016 16:43
Contar a história da sua vida à tribo africana Kasu faz com que Checco se mantenha vivo
O que você quer ser quando crescer? Ao se deparar com essa pergunta, meninos e meninas italianas respondem ao professor: veterinário, astronauta, cientista e outros clássicos do gênero. Mas não Checco (Checco Zalone). O protagonista de Funcionário do mês tem um sonho desde a infância: um emprego estável.
Já adulto, Checco realiza o sonho e, por 15 anos, dá expediente na Secretaria de caça e pesca de uma pequena província italiana. O fato é um prato cheio para o diretor Gennaro Nunziante brincar com temas díspares, como corrupção, as mamas italianas, a estabilidade, a rivalidade entre Milão e o resto da Itália.
“O sonho se tornou pesadelo”, decreta Checco ainda na primeira metade do filme quando uma reforma trabalhista cria um programa de demissão voluntário que pode render euros a mais a quem se desligar.
Mas, fiel ao desejo de estabilidade, ele não topa e acaba transferido para uma cidade, depois para outra, e outra. A solução se repete, Funcionário do mês perde o ritmo e, com isso, a graça.
Saiba as sessões desse filme.
Em uma dessas transferências, o protagonista para no Polo Norte, tentativa derradeira do governo de fazê-lo assinar a demissão. Não dá certo: ele se apaixona por Valéria e acaba feliz no que deveria ser o calvário dele.
A comédia ligeira — tanto na duração de menos de uma hora e meia quanto no ritmo acelerado impresso por Checco — é apresentada ao público por meio de uma história narrada pelo próprio Checco à tribo africana Kasu, que o fez de refém durante um safári. A habilidade de Checco de contar uma história é a arma para garantir a sobrevivência dele dentro e fora das telas.