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14/MAI/2025

'A qualquer custo' aborda o apego à propriedade rural

Dirigido pelo escocês David Mackenzie, o longa aposta no tema de irmão endividados

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Ricardo Daehn Publicação:03/02/2017 06:06
 A estética do filme remete à década de 1980 (California Filmes/Divulgação)
A estética do filme remete à década de 1980
 

Há mais de 40 anos, Jeff Bridges era indicado ao Oscar por O último golpe pelo papel do contraventor Lightfoot. Agora, em A qualquer custo, ele está do outro lado da lei e concorre mais uma vez à estatueta de coadjuvante no papel de um xerife às vias da aposentadoria. Pelas mesmas paisagens empoeiradas e com direito a perseguições de carro, passeiam os protagonistas. O longa do escocês David Mackenzie investe no terreno seguro do dilema entre irmãos endividados. Chris Pine, nas telas, é o justiceiro e organizado Toby, enquanto Ben Foster vive o alucinado Tannar.
 
 
Endossando a espécie de revival da ótica oitentista nas indicações para o Oscar de 2017, A qualquer custo trata do apego à propriedade rural, a exemplo de antigos candidatos à estatueta como O rio do desespero, Minha terra, minha vida e Um lugar no coração. Naquele ciclo de filmes dos anos 1980, a abordagem era construtiva, e os personagens alcançavam êxitos por meio de esforços. Em A qualquer custo, o resgate de dignidade e a garantia de um futuro esbarram nas atitudes radicais de Tannar e Toby.
 
 
 
Inesperado, entre os indicados a melhor filme, o longa de Mackenzie trouxe duas indicações para estreantes na corrida pelo Oscar. O editor Jake Roberts repete a organização de enredo bem digna vista em Brooklyn, e o roteirista Taylor Sheridan injeta um discurso muito oportuno, com piadas que ironizam o preconceito contra indígenas e mexicanos feitas pelo tosco Marcus (Bridges). É o recado mais interessante do filme.


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