Suavidade é a marca do cinema assinado pela diretora Marília Rocha. Novamente, ela lança mão da qualidade, ao contar da amizade entre as personagens portuguesas Francisca (Francisca Manuel), que vive no Brasil, e Teresa (Elizabete Francisca Santos), parceira de vida e exemplo de empolgação com o país que lhe cai como uma luva.

 

 

 

 

Sem uma dramaturgia forte, em cinema que acata poucos eventos de impacto, A cidade onde envelheço é constituído de pequenos momentos e descobertas, num reverso do duro documentário de Marília, A falta que me faz (2009). Francisca e Teresa não parecem dispostas a grandes voos num país estranho ao delas. Podem até ser ternas, mas há uma incômoda inconsistência no roteiro que não faz da fita uma experiência completa.

A animação junta duas paixões geeks: Lego e super-heróis. Solitário, Batman não aguenta mais ser o herói de Gotham City, embora a fama massageie o ego dele. O grande vilão da aventura é o Coringa. Mas não para por aí. Com a ajuda de Robin (menino adotado por ele, no longa), ele enfrenta King Kong, Godzilla e Voldermort, entre outros.

 

 

 

Em preto e branco, Paraíso representou a Rússia na corrida pelo Oscar deste ano, mas não chegou a ser indicado. O longa de Andreï Konchalovsky mostra o encontro das vidas da condessa russa Olga (Yuliya Vysotskaya), do francês Jules (Philippe Duquesne) e do oficial nazista Helmut (Christian Clauss). Em comum, eles enfrentam a Segunda Guerra Mundial numa França recém-tomada pela Rússia. A realidade de cada um deles é apresentada ao público como se fosse um documentário, em formato de entrevista. É assim, por exemplo, que ficamos sabendo de segredos: Olga abriga judeus na casa dela; Jules queria estuprar Olga; e Helmut se apaixona por Olga e a ajuda. Em tom de confidências, cada um relata à câmera medos e paixões.