'As boas maneiras': o terror psicológico no cinema nacional
Filme de Juliana Rojas e Marco Dutra tem Marjorie Estiano e Isabél Zuaa no elenco
O título do filme As boas maneiras pode muito bem ser aplicado às duas protagonistas — a patroa Ana (Marjorie Estiano) e a babá Clara (Isabél Zuaa). A primeira desrespeita o código de etiqueta social e engravida antes mesmo de noivar. A segunda traz as consequências de uma sociedade retrógrada e racista.
As boas maneiras resgata, ainda, o cinema de terror psicológico praticado pelos cineastas Juliana Rojas e Marco Dutra no anterior Trabalhar cansa (2011).
Aqui, Ana contrata Clara antes de o filho nascer. Aos poucos, o hábito noturno da patroa vai levando Clara a ter atitudes estranhas, não raro violentas. A relação das duas acaba evoluindo para um romance lésbico que enfrenta as diferenças de classe social.
Com toques de realismo fantástico, As boas maneiras tem cenas que flertam com o surrealismo, à la A forma da água ou A Bela e a Fera. Como não poderia deixar de ser no cinema nacional, a lua cheia ganha importância na trama.
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