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17/MAR/2024

Crítica: 'Os crimes de Grindelwad' se insere de vez no universo bruxo de J.K. Rowling

Visualmente, o longa tem uma atmosfera mais dark e os efeitos especiais estão ainda melhores

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Adriana Izel Publicação:16/11/2018 06:00Atualização:16/11/2018 09:37
Cenas do filme 'Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald' (  Warner Bros/Divulgação)
Cenas do filme 'Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald'


Esqueça a atmosfera cômica e lúdica de Animais fantásticos e onde habitam (2017). Em Os crimes de Grindelwad, a britânica J.K. Rowling, autora dos livros e também roteirista dos filmes, revela uma história obscura, cheia de mistérios e reviravoltas que não poderia ser mais atual.

No segundo filme da franquia, que deve ter até cinco longas, Newt Scamander (Eddie Redmayne) tem como missão encontrar Credence (Ekra Miller), o obscuro que tinha sido dado como morto ao final do primeiro filme, mas está em um circo em Paris e em uma caça por sua família de verdade. O pedido foi feito pelo amigo e professor de Hogwarts, Albus Dumbledore (Jude Law) e ele só aceita porque Tina Goldstein (KatherineWaterston) também está em busca do bruxo desaparecido.

Ao mesmo tempo em que isso acontece, o vilão Geller Grindelwald (Johnny Deep) consegue fugir da prisão após passar alguns meses de reclusão nos Estados Unidos e segue exatamente em direção à França. O personagem quer encontrar Credence para conseguir força suficiente para uma dominação bruxa, em que os “puro-sangue” reinariam sobre os não mágicos. O discurso do poderoso bruxo tem conseguido a cada dia mais apoiadores, ao melhor estilo político de ser.
 

Atualidade e nostalgia

Inclusive, esse é um dos fatos que aproxima Os crimes de Grindelwald da realidade atual. O filme mostra a aversão do vilão ao diferente, algo que tem sido explorado por alguns políticos mundo afora. Além disso, a trama também traça relação com a Segunda Guerra Mundial, que, provavelmente, poderá ser vista nos próximos filmes da franquia, sendo usada como forma de mostrar os desdobramentos do conflito entre “não mágicos” e bruxos. 

Mas a qualidade da sequência de Animais fantásticos é se inserir no universo de Harry Potter. Além de agradar aos fãs, isso dá um ótimo ritmo ao filme e vida longa à narrativa. Personagens clássicos de Hogwarts como Dumbledore e Minerva McGonagall (Fiona Glascott) estão lá. Também é interessante ver Nagini, a cobra de Voldemort que aparece em Harry Potter e a pedra filosofal, em sua forma humana interpretada por Claudia Kum, e se relacionando com Credence, outro personagem que, como ela, tem um passado obscuro e de rejeição.

Os crimes de Grindelwald é um filme mais maduro que Onde habitam, explorando mais de cada personagem e os levando a um debate de quem são e que caminho vão seguir dentro desse confronto. É bom ficar de olho em Queenie (Alison Sudol), uma das personagens que ganha um arco interessante na trama.

Visualmente, o longa tem uma atmosfera mais dark e os efeitos especiais estão ainda melhores. Novas criaturas e novos personagens também agradam. Mas é o final surpreendente e cheio de revelações que faz o longa-metragem se tornar uma das melhores produções de J.K. Rowling. Prepare-se!
 
 

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