Sopa de pedra, de origem portuguesa, chama a atenção dos brasileiros
Há 36 anos no Brasil, o chef Manuelzinho conta que se surpreendeu com a aceitação do prato por aqui e revela que alguns clientes pedem para levar a pedra usada na sopa

Reza a lenda que um frade português bate à porta de uma casa em busca de comida e é atendido por uma adolescente que está sozinha. Ele pede para fazer sopa e entra na casa. Instalado na cozinha, ele vai pegando todos os ingredientes que havia na despensa, mas na hora do toucinho e das carnes, sente vergonha e usa uma pedra que carregava como ingrediente. Essa é uma das versões que contam a origem da sopa de pedra.
O português Manuel Pires, do restaurante Antiquarius Grill, instalado no Espaço Gourmet do ParkShopping, diz que esse é um prato muito conhecido em seu país. “A base da sopa é o feijão vermelho e a orelha de porco. E a pedra é fundamental, claro”, afirma Manuel, ou Manuelzinho, como é chamado por clientes e amigos. Há 36 anos no Brasil, ele conta que se surpreendeu com a aceitação do prato por aqui e revela que alguns clientes pedem para levar a pedra usada na sopa como “recordação”. Uma tigela da curiosa sopa é vendida na casa a R$ 9.

Caldo verde
Outra iguaria bastante conhecida em Portugal que pode ser encontrada no menu do Antiquarius Grill é o caldo verde (R$ 37). “Antigamente, o caldo era usado como entrada no país. Mas os costumes vão mudando com o tempo e hoje muita gente toma o caldo verde como prato principal”, afirma Manuelzinho.
Sopa rica é o nome do prato criado pelo cunhado de Manuelzinho e trazido por ele ao Brasil, primeiro para os restaurantes da reconhecida rede Antiquarius no Rio de Janeiro e em São Paulo, e depois para a unidade da capital federal, onde é vendido a R$ 43. “É surpreendente, porque não tem cara de sopa. Primeiro fazemos um caldo de frutos do mar e cobrimos com massa folhada e levamos ao forno. O resultado é uma casquinha por cima da sopa, que a deixa diferente e muito saborosa”, explica o português.