Chef explica as influências da comida americana nos pratos chineses
Segundo Renato Yang, os chineses migrantes adaptaram os pratos por falta de ingredientes
Vinicius Nader
Publicação:12/07/2013 06:01Atualização: 11/07/2013 14:34
A presença de chineses nos EUA é muito forte desde o século 19, quando os orientais migraram para a América onde trabalhariam principalmente na construção de estradas de ferro. Eles se concentraram no lado Oeste do país, e lá existe uma cozinha tão mesclada que pode ser classificada como sino-americana.
Os chineses migrantes não tinham ingredientes para seguir suas receitas à risca e, com isso, se viram obrigados a fazer adaptações. “A cozinha chinesa que o brasileiro gosta é a cópia da encontrada nos EUA, com as adaptações americanizadas”, afirma Renato Yang, chinês que comanda o restaurante Pacífico, na Asa Norte.
Adaptações
Segundo Renato Yang, uma das diferenças mais gritantes é o uso da carne bovina na terra de Barack Obama com mais frequência do que a suína em pratos, como o rolinho primavera e a carne acebolada. “Na China, eles sempre são feitos com carne de porco, que é um pouco mais dura, porém mais saborosa. Já nos EUA e também aqui no Brasil, o pessoal gosta mais de filé, que é mais macio”, compara Renato. Em seu restaurante, a carne acebolada — preparada com filé, à brasileira — é servida a R$ 26, a porção para duas pessoas e o rolinho primavera, também recheado com carne bovina, custa R$ 14, a porção com quatro unidades.
Outra discrepância observada por Renato está no molho agridoce. Isso acontece, porque o vinagre usado no preparo do molho na China não é encontrado com facilidade nos EUA. Além disso, o paladar preferido do americano é bem mais adocicado, o que faz com que as proporções de vinagre e açúcar na receita sejam caridosas.
Nem o frango xadrez, um dos pratos mais famosos da cozinha chinesa, fica livre das adaptações, já que as castanhas da receita original foram trocadas por amendoim. Aliás, esse é um prato que nem faz tanto sucesso na China e que se popularizou nos EUA para, somente depois, ganhar o mundo. No Pacífico, ele é encontrado no cardápio a R$ 30, para duas pessoas.
Frango xadrez: na China, as castanhas substituem o amendoim, entre outros ingredientes
Os chineses migrantes não tinham ingredientes para seguir suas receitas à risca e, com isso, se viram obrigados a fazer adaptações. “A cozinha chinesa que o brasileiro gosta é a cópia da encontrada nos EUA, com as adaptações americanizadas”, afirma Renato Yang, chinês que comanda o restaurante Pacífico, na Asa Norte.
Adaptações
Segundo Renato Yang, uma das diferenças mais gritantes é o uso da carne bovina na terra de Barack Obama com mais frequência do que a suína em pratos, como o rolinho primavera e a carne acebolada. “Na China, eles sempre são feitos com carne de porco, que é um pouco mais dura, porém mais saborosa. Já nos EUA e também aqui no Brasil, o pessoal gosta mais de filé, que é mais macio”, compara Renato. Em seu restaurante, a carne acebolada — preparada com filé, à brasileira — é servida a R$ 26, a porção para duas pessoas e o rolinho primavera, também recheado com carne bovina, custa R$ 14, a porção com quatro unidades.
Outra discrepância observada por Renato está no molho agridoce. Isso acontece, porque o vinagre usado no preparo do molho na China não é encontrado com facilidade nos EUA. Além disso, o paladar preferido do americano é bem mais adocicado, o que faz com que as proporções de vinagre e açúcar na receita sejam caridosas.
Saiba mais...
O arroz também é um acompanhamento que sofreu alterações. “Arroz branco chinês é branco na cor e no sabor. Não leva sal e nenhum outro tempero”, comenta.Nem o frango xadrez, um dos pratos mais famosos da cozinha chinesa, fica livre das adaptações, já que as castanhas da receita original foram trocadas por amendoim. Aliás, esse é um prato que nem faz tanto sucesso na China e que se popularizou nos EUA para, somente depois, ganhar o mundo. No Pacífico, ele é encontrado no cardápio a R$ 30, para duas pessoas.