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19/ABR/2024

Evento reúne especialistas em vinho para a 21ª Avaliação Nacional de Vinhos

A competição recebeu 309 amostras de 63 vinícolas %u2014 números um pouco inferiores aos do ano passado, quando o evento reuniu 387 vinhos de 70 vinícolas

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Liana Sabo Publicação:04/10/2013 06:13Atualização:03/10/2013 13:36

115 alunos do curso de enologia serviram as amostras de vinho da maior avaliação do mundo (Gilmar Gomes/Divulgação)
115 alunos do curso de enologia serviram as amostras de vinho da maior avaliação do mundo

Viticultores, enólogos, vinicultores, enófilos, especialistas, formadores de opinião e amantes do vinho se reuniram no último sábado (28/9), em Bento Gonçalves (RS), para apreciar a safra 2013 na 21ª Avaliação Nacional de Vinhos, que chega à maioridade “mais madura, porém não menos atenta às mudanças”. Essa foi a tônica do discurso do presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), Luciano Vian, na abertura da competição, que recebeu 309 amostras de 63 vinícolas — números um pouco inferiores aos do ano passado, quando o evento reuniu 387 vinhos de 70 vinícolas.

A diminuição não fragiliza a representatividade, mas chama a atenção para os problemas enfrentados pelas empresas do setor, como a alta incidência de impostos, destacou Vian. Ainda assim, o Brasil está conquistando seu espaço no mundo dos vinhos, desde que aqui se produziu o primeiro espumante, há exatos 100 anos.

Branco é tudo


Se a composição dos vinhos tintos surpreendeu este ano pela diminuição do cabernet sauvignon — apenas uma amostra — e a ausência do tannat, variedade que resulta num bom tinto gaúcho, impressionou a todos os participantes a qualidade dos brancos. Considerado a maior avaliação de vinho de uma mesma safra no mundo, o encontro selecionou 16 amostras que foram comentadas por um painel de especialistas de Alemanha, Austrália, Canadá, Chile e Itália, além do Brasil. Cada painelista discorreu sobre uma amostra depois de degustar o vinho servido a uma plateia de mais de 800 pessoas vindas de 13 estados e oito países. O serviço do vinho foi feito pelos alunos de viticultura e enologia do Instituto Federal do Rio Grande do Sul.

A nota mais alta, 93 pontos, foi dada pelo jornalista alemão Eckhard Supp, editor da ENO World Wine, ao chardonnay da Luiz Argenta, que ainda está no tanque. A nota média da mesa foi 91 pontos. O vinho deverá chegar ao mercado em novembro a um preço sugerido de R$ 49, informou o proprietário, Deunir Argenta.

Representativos


 Na categoria vinho base para espumante, os mais representativos foram o chardonnay da Valduga , o corte riesling itálico/ chardonnay/ pinot noir da Chandon e o pinot noir da Geisse. Na categoria vinho branco não aromático, o riesling itálico da Aurora e o chardonnay de três vinícolas: Nova Aliança, Luiz Argenta e Góes e Venturini. Já a categoria branco seco aromático emplacou o sauvignon blanc da Miolo.


 Os vinhos tintos foram agrupados em apenas duas categorias: tinto fino seco jovem que classificou o cabernet franc da Salton e tinto fino seco, representada por sete varietais. Dois merlot (Bueno Bellavista e Perini); dois teroldego (Don Guerino e Monte Rosário); um marselan (Dom Cândido), um malbec (Alma Única) e um cabernet sauvignon RAR (Miolo).

A colunista viajou a convite da agência Conceitocom Brasil.

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