Para Antonio Duarte, espumante "harmoniza até com feijoada"; confira dicas
O presidente da sommelier da Associação Brasileira de Sommeliers de Brasília adverte: Sacudir a garrafa estraga a perlagem (bolinhas de dióxido de carbono)

“O espumante é leve, refrescante e de uma versatilidade sem-fim — harmoniza até com feijoada”, explica Antonio Duarte, presidente da Associação Brasileira de Sommeliers de Brasília. Para ele, a vantagem da bebida é que as borbulhas têm o poder de limpar o paladar, tornando-a essencial em um menu de degustação e em mesas com cardápio farto.
Para simplificar a harmonização, Duarte sugere que se observe a quantidade de açúcar presente no espumante, definida pelo licor de tiragem (mistura de açúcar e leveduras que produz uma segunda fermentação no vinho). Segundo o percentual de açúcar por litro, os espumantes são classificados em: nature (zero açúcar), extra brut (até 6g), brut (6g a 15g), sec ou dry (17g a 35g), demi-sec (35g a 50g) e doux ou doce (acima de 50g). O especialista sugere boas companhias para pratos típicos do fim de ano: assados, a exemplo de tênder, lombo, peru e chester, com nature, extra brut e brut; assados com recheios ou molhos de frutas com sec; panetone e rabanada com espumante doce e as demais sobremesas com demi-sec.
Conhecido como o vinho da alegria e muito lembrado em momentos de celebração, o espumante tem alguns rituais associados ao seu consumo. Mas um costume em especial incomoda Duarte: sacudir a garrafa antes de abri-la. “Ao sacudir a bebida, há um aumento na pressão interna que estraga a perlagem (bolinhas de dióxido de carbono que o espumante libera). Deixe esse hábito para os pilotos de Fórmula 1”, brinca.