Brasília-DF,
25/ABR/2024

Instituto Brasileiro do Vinho lança programa Qualidade na Taça; confira

Ibravin aproveitou a presença de chefs e de donos de bares e de restaurantes, reunidos em Brasília, semana passada, num grande encontro da categoria, para o lançamento

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Liana Sabo Publicação:22/08/2014 06:11Atualização:21/08/2014 15:53
O Vinum Brasilis apresentou novidades do Sul, de Minas e do Espírito Santo (Jandher Ernane/Divulgação)
O Vinum Brasilis apresentou novidades do Sul, de Minas e do Espírito Santo
O instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) aproveitou a presença de chefs e de donos de bares e de restaurantes, reunidos em Brasília, semana passada, num grande encontro da categoria, para lançar o programa Qualidade na Taça. Trata-se de um projeto desenvolvido com o apoio do Sebrae e da Abrasel com triplo objetivo: promover o aumento do consumo per capita do vinho brasileiro, incentivar a melhoria do serviço e aumentar a competitividade entre as marcas nacionais.

Numa primeira fase, cerca de mil estabelecimentos serão incluídos no programa que visa treinar três mil profissionais - desde proprietários de bares e de restaurantes até atendentes, passando por garçons e sommeliers. Do treinamento fazem parte visitas técnicas, vídeo-aulas, degustações e atividades interativas.

Dirceu Scottá, enólogo gaúcho que há 20 anos assina os vinhos da Dal Pizzol (Fabiano Mazzotti/Divulgação)
Dirceu Scottá, enólogo gaúcho que há 20 anos assina os vinhos da Dal Pizzol


Serviço ruim

O serviço do vinho pode ser malfeito em lugares onde menos se espera. Como na abertura do 26º congresso da Abrasel, realizada na terça-feira, dia 13, no salão nobre do Royal Tulip Hotel Alvorada. A bebida servida durante o coquetel estava demasiadamente gelada. Um enorme container com gelo abrigava as garrafas de espumante, de vinho branco e de vinho tinto, todos mantidos sob a mesma temperatura. "De tão geladas, as garrafas de tinto já haviam soltado os rótulos - o que impedia ver o que se estava bebendo", denuncia o vice-presidente do Ibravin, Dirceu Scottá (foto), um enólogo gaúcho que há 20 anos assina os vinhos da Dal Pizzol.

"No momento em que se está tentando construir uma imagem do vinho brasileiro, vem um evento na capital da República em que o tinto é servido fora de qualquer padrão", lamenta Scottá, que preside ainda a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), com sede em Bento Gonçalves (RS). Ele também criticou as condições climáticas da Vinum Brasilis, mostra exclusiva do produto nacional, que reuniu no Iesb 30 vinícolas responsáveis por cerca de 250 rótulos. Sem ar condicionado, a ventilação natural não amenizava os raios de sol que incidiam sobre os estandes.

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Espumante Nº 1 da Perini (Perini/Divulgação)
Espumante Nº 1 da Perini
Fora o calor e a secura típica do mês de agosto, "a feira foi um sucesso", avalia o coordenador Petrus Elesbão. Ele calcula terem sido vendidas cerca de mil garrafas. Também serviu de indicador sobre o que está sendo feito pela vitivinicultura brasileira. Doze especialistas e formadores de opinião elegeram 11 vinhos de um total de 38 amostras degustadas às cegas.

Por ordem de classificação, foram selecionados: Tannat 2011, vinícola Antônio Dias; espumante Habitat Brut Rosé, Don Bonifácio; espumante Pizzato Brut Rosé; Vinha Maria blend 2010, tinto Rio Sol; Specialle Merlot 2004, Maximo Boschi; Peruzzo C. Fr. 2012, tinto da vinícola Peruzzo; espumante Adolfo Lona Brut; Cabernet Sauvignon 2011, da Província São Pedro; espumante Aurora Brut Rosé; Habitat 5-blend 2008/09/10, tinto da Don Bonifácio e Rota 324, Cabernet Sauvignon da Don Abel.

Ao contrário do ano passado quando predominaram os espumantes e brancos, este ano a seleção traz sete tintos, “prova da melhoria do vinho tinto brasileiro”, observa Eugênio Oliveira, que dividiu a curadoria da mostra com Antonio Coêlho.

Com as melhores uvas da safra 2008 e composto por um corte de Chardonnay e Pinot Noir, a vinícola Perini, localizada no Vale Trentino, em Farroupilha (RS), lança o primeiro rótulo vintage, que esteve guardado na adega por cinco anos. O Perini Nº 1 (foto), que não entrou na avaliação do júri, é feito pelo método tradicional (champenoise) ao contrário dos outros espumantes produzidos pela vinícola pelo método charmat. A primeira edição tem apenas 700 garrafas. Algumas foram abertas na feira pelo produtor Pablo Perini. Sai a R$ 160.

Outro lançamento foi o do primeiro vinho biodinâmico brasileiro, o Serena, um Pinot Noir, produzido em Nova Pádua (RS) pelo enólogo Mauricio Ribeiro, que ainda não o colocou no mercado. Participaram também da mostra vinhos mineiros e capixabas, como o Maria Maria (nome cedido por Milton Nascimento), produzido pela Fazenda Capetinga, de Três Corações (MG) nas versões branco, rosé e tinto, e Taboca 2012, do Espírito Santo, que é 100% Cabernet Sauvignon.

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