Holandês lança livro de receitas feitas com carnes de animais extintos
Segundo Koert van Mensvoort, os ingredientes produzidos em laboratório chegarão às cozinhas em um futuro próximo
Flávia Franco
Publicação:28/08/2014 09:58
Na mesa dos Flintstones, o filé de brontossauro é a estrela do jantar. Quem nunca, assistindo ao desenho animado, imaginou que gosto teria o excêntrico prato principal? A boa notícia é que essa curiosidade tem tudo para ser sanada. Um ano após a divulgação do primeiro hambúrguer feito a partir de carne cultivada em laboratório, o holandês Koert van Mensvoort, doutor em filosofia, lançou um livro compilando receitas cujo ingrediente principal também precisa ser desenvolvido entre balões de vidro e microscópios. Coxa de dinossauro, nuggets com carne do extinto pássaro dodô, ostras criadas in vitro e sushi transparente são algumas das refeições excêntricas ensinadas na obra The in vitro meat cookbook (O livro de cozinha da carne in vitro, em tradução livre).
“Esse livro de culinária explora os pratos a base de carne in vitro que poderiam chegar à nossa mesa no futuro”, garante Mensvoort. Além dos carnívoros de plantão, o autor atende aos vegetarianos na publicação, que será lançada no final do ano e ainda não tem previsão de tradução para o português. Isso porque, segundo ele, para consumir qualquer uma das receitas, não seria necessário usar carnes provenientes de animais, mas alternativas desenvolvidas em laboratório. Mensvoort chama a atenção para o fato de que, em um futuro não muito distante, não será possível consumir carnes como fazemos hoje e que, por isso, produtos feitos em laboratório se tornarão uma importante fonte de alimento. “A carne in vitro, cultivada a partir de células em laboratório, poderia fornecer uma alternativa sustentável e amiga dos animais”, complementa.
Cientistas, ativistas, filósofos e chefs foram consultados para garantir que o livro seja tão preciso cientificamente quanto executável entre o forno e o fogão. Em 186 páginas, a publicação reúne 45 receitas e debate passado, presente e futuro da carne por meio de ensaios, entrevistas e gráficos, apresentando dezenas de “visões criativas” com base no ingrediente feito em laboratório. Os pratos, preparados apenas na imaginação dos criadores, receberam avaliações, divididas de uma a cinco estrelas.
O critério utilizado para a classificação foi a viabilidade do prato: cinco estrelas para a refeição que já pode ser preparada na atualidade, e uma àquela que ainda está muito longe de ser realmente elaborada e apreciada. Com essas regras, o hambúrguer in vitro levou as cinco condecorações, visto que a carne já foi produzida em laboratório. Já a coxa de dinossauro tem apenas uma. Preparada com batatas, alho, vinagre e especiarias, o prato só existe no desenho, pois depende da produção a partir de células-tronco do frango, feito ainda não realizado na vida real.
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Reprodução de carne feita em laboratório: estimativa de venda em pelo menos 10 anos
Na mesa dos Flintstones, o filé de brontossauro é a estrela do jantar. Quem nunca, assistindo ao desenho animado, imaginou que gosto teria o excêntrico prato principal? A boa notícia é que essa curiosidade tem tudo para ser sanada. Um ano após a divulgação do primeiro hambúrguer feito a partir de carne cultivada em laboratório, o holandês Koert van Mensvoort, doutor em filosofia, lançou um livro compilando receitas cujo ingrediente principal também precisa ser desenvolvido entre balões de vidro e microscópios. Coxa de dinossauro, nuggets com carne do extinto pássaro dodô, ostras criadas in vitro e sushi transparente são algumas das refeições excêntricas ensinadas na obra The in vitro meat cookbook (O livro de cozinha da carne in vitro, em tradução livre).
“Esse livro de culinária explora os pratos a base de carne in vitro que poderiam chegar à nossa mesa no futuro”, garante Mensvoort. Além dos carnívoros de plantão, o autor atende aos vegetarianos na publicação, que será lançada no final do ano e ainda não tem previsão de tradução para o português. Isso porque, segundo ele, para consumir qualquer uma das receitas, não seria necessário usar carnes provenientes de animais, mas alternativas desenvolvidas em laboratório. Mensvoort chama a atenção para o fato de que, em um futuro não muito distante, não será possível consumir carnes como fazemos hoje e que, por isso, produtos feitos em laboratório se tornarão uma importante fonte de alimento. “A carne in vitro, cultivada a partir de células em laboratório, poderia fornecer uma alternativa sustentável e amiga dos animais”, complementa.
Cientistas, ativistas, filósofos e chefs foram consultados para garantir que o livro seja tão preciso cientificamente quanto executável entre o forno e o fogão. Em 186 páginas, a publicação reúne 45 receitas e debate passado, presente e futuro da carne por meio de ensaios, entrevistas e gráficos, apresentando dezenas de “visões criativas” com base no ingrediente feito em laboratório. Os pratos, preparados apenas na imaginação dos criadores, receberam avaliações, divididas de uma a cinco estrelas.
O critério utilizado para a classificação foi a viabilidade do prato: cinco estrelas para a refeição que já pode ser preparada na atualidade, e uma àquela que ainda está muito longe de ser realmente elaborada e apreciada. Com essas regras, o hambúrguer in vitro levou as cinco condecorações, visto que a carne já foi produzida em laboratório. Já a coxa de dinossauro tem apenas uma. Preparada com batatas, alho, vinagre e especiarias, o prato só existe no desenho, pois depende da produção a partir de células-tronco do frango, feito ainda não realizado na vida real.
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