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23/ABR/2024

Restaurante com menu espanhol ganha credibilidade na Capital Federal

Coluna Favas Contadas mostra como os brasilienses aderiram um estilo espanhol de comer

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Liana Sabo Publicação:20/11/2015 06:00Atualização:19/11/2015 17:35

 (André Dusek/Divulgação)
 

Pela atuação de Neymar, arrebentando no gramado; pelo movimento separatista da Espanha e pelo papel de vanguarda na gastronomia, a Catalunha está em alta no mundo inteiro. Inclusive em Brasília, onde o protagonismo catalão se dá em sua melhor expressão: no estilo de comer.


Quem nos brinda com a novidade é a catarinense Simone Garcia, que acaba de abrir um bar de tapas na 109 Norte (Bl. D, loja de frente para o jardim). Chama-se Jamón Jamón Tapas y Copas e pratica um cardápio enxuto, oferecido de terça a sexta-feira, das 18h à 0h. Sábado, ao meio-dia, a casa serve somente paella e fideos (macarrõezinhos tostados no azeite e cozidos em caldo de frutos do mar) até as 16h e, das 19h à 0h, volta com o menu de tapas.

Formação
Foi um doutorado em Novas Tecnologias da Comunicação, na Universidade de Barcelona, que aproximou a aluna brasileira da cozinha espanhola. Para custear seus estudos, Simone trabalhou em bares e restaurantes da cidade durante 3 dos 15 anos que viveu lá.
“Mesmo sem ter intenções profissionais na época, dedicava minhas férias para estudar gastronomia nos cursos de verão da Escola de Restauración de Barcelona e viajar pelo país para conhecer cada vez mais a cozinha espanhola”, conta.

Na vitrine
Os amantes do “tapeo”, hábito de toda a nação espanhola que inclui também os pintxos (pequenos petiscos no palito típicos do País Basco), vão encontrar no novo bar as iguarias feitas com produtos locais e frescos, além dos importados. Para saber quais são as tapas e os pintxos do dia, o cliente terá de perguntar ao garçom ou conferir a vitrine.


São destaques desta primeira temporada o jamón ibérico Pata Negra (R$ 45), o queijo Manchego de ovelha (R$ 33), a tortilla espanhola (R$ 21), as lulas de Santa Catarina ao vinho branco com cebolas caramelizadas (R$ 30), os pimentos del piquillo (pimentões bascos recheados com bacalhau), os huevos rotos (ovos caipiras) com chouriço espanhol ou com batatas fritas caseiras e cogumelos (R$ 32) e o tumbet de Maiorca (vegetais confitados no azeite servidos com carne suína).


Preparada com o tinto Tempranillo, Grand Marnier triple sec, vermute, suco de laranja, limão-siciliano, ameixa e maçã-verde, conforme receita típica da Costa Brava, a sangria é outro must da casa. Sai por R$ 68, a jarra ou R$ 38, meia jarra.

A origem

 (André Dusek/Divulgação)

Definidas como pequenas porções de comida servidas a qualquer hora do dia, especialmente para acompanhar a bebida, as tapas têm origem na Andaluzia antiga. A palavra significa tampa, identificava uma pequena fatia de pão com a qual os andaluzes cobriam o copo de vinho para as moscas não entrarem.


Mais tarde, o pão servido graciosamente foi substituído por outros tira-gostos e aí se instalou a competição. Os bares começaram a diversificar o serviço, que passou a ser cobrado. Por isso uma infinidade de receitas fazem parte da cozinha espanhola, a ponto de o governo ter criado a 22 de outubro o Dia Mundial da Tapa, que foi comemorado em 17 países, inclusive no Brasil, onde participaram do evento 14 estabelecimentos de São Paulo.


Mesmo sem estrear na imprensa, o tapas-bar, como define Simone, já está bombando e virou reduto de jornalistas, como outros points da cidade, devido à interação dos proprietários com as redações. Renomado fotógrafo da sucursal de O Estado de São Paulo, André Dusek — sócio e marido da chef —, que assina as fotos da coluna e auxilia no atendimento ao público quando o movimento é intenso. Telefone: 3032-2595.

Delícias no jardim

 (Navi Comunicação/Divulgação)

Até parece que a Espanha se mudou para Brasília. Durante toda a semana, cozinhou na cidade o chef Antonio Botana, que atua no restaurante Pandemonium, em Pontevedra, na Galícia. Especialista em pescados, especialmente polvo, que é um ícone galego, Botano ensinou sua arte dentro da programação da Segunda Semana de Estudos e Pesquisas da Gastronomia Espanhola, promovida pelo Senac e pelo Instituto Cervantes.


Amanhã, como acontece no terceiro sábado do mês, o restaurante Fortunello organiza um mercadinho no jardim dentro da 206 Sul. Fiel à pegada da casa, o cardápio traz montaditos e tapas de diversos sabores. Para refrescar, haverá drinques, cerveja artesanal Corina, além do vinho tinto com o rótulo da casa.


Durante oito horas (das 12h às 20h), o mercado, que está em sua terceira versão, oferecerá também as geleias da Renata Mandelli, chutneys e azeites aromatizados com ervas da grife Dona Osmá, pão de mel, artesanato e brinquedos para distrair a criançada.

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