Aproveite o menu brasiliense de comidas saudáveis para voltar à rotina
Após o carnaval, chegou a hora de encarar a dieta com preparos de baixa caloria, leves e, claro, saborosos
Acabou o carnaval e, para muita gente, o ano só começa agora. As promessas de entrar em forma e de se alimentar melhor entram em cena. Mas quem disse que isso tem que ser acompanhado de pratos insossos e sem criatividade?
Dieta não é sinônimo de salada, muito menos de passar fome. Vários restaurantes da cidade colocam em seus cardápios opções deliciosas e de baixa caloria, como é o caso da lasanha de berinjela, servida no Gratinado. “Desidratamos a berinjela e a abobrinha antes de montar o preparo, que fica muito saboroso, além de ser bem menos calórico do que a massa tradicional”, explica Paulo Cauhy.
Já para um lanche, a tapioca, recheada com tomate, muçarela ou queijo coalho, tomate e manjericão vem aliada ao chá de hibisco, termogênico que ajuda na redução de peso. “O chá de hibisco e o chá-verde são combinados a outros ingredientes, dando um sabor mais adocicado e agradável”, comenta Fabiana Braga.
Os fãs de pizza também podem aproveitar — e sem sair da dieta — o que é melhor. Na Santa Pizza, a iguaria é feita com massa de chia recheada com rúcula e tomate seco, parceria da casa com o Instituto Ravenna. “Fazemos as redondas sob uma massa de chia, que, além de probiótica e muito leve, tem menos da metade das calorias encontradas na farinha de arroz, comumente usada como substituto da farinha de trigo”, afirma Fernanda Neiva, proprietária da pizzaria.
Beba e emagreça
Para acompanhar, ela sugere a insalata (R$ 28), mix de folhas com tiras de presunto de parma, nozes e molho de blue cheese. “A salada é um preparo leve, mas com o presunto e o molho, ela ganha um toque extra e não fica sem graça. Já o chá, servido gelado, é ótimo para os dias quentes”, comenta Fabiana.
Se a ideia é um chá quente, além do de hibisco, o chá-verde é uma ótima pedida. Servido em duas versões, ele pode ser o Cereja Japonesa (R$ 11) — chá-verde gunpowder do Japão com cereja — ou o Xi Hu (R$ 11), chá-verde da China com goji berry, laranja caramelizada, folhas de abacate e anis-estrelado. “Essas combinações deixam o chá mais doce, nem precisa de adoçar”, garante a proprietária.
A casa ainda serve tapioca (R$ 12,50) recheada de muçarela ou queijo coalho, peito de peru, tomate e manjericão, acompanhado de smoothie Mango (R$ 15), com iogurte, maracujá, manga, mel e raspas de limão.
Frescos e cheio de vitaminas
A casa oferece até domingo uma pescada branca com molho de beterraba, vinagrete, quinoa real e legumes crus (R$ 38). “Quando fui criar a receita, pensei primeiro na proteína, e esse peixe magro caiu bem. Já o molho, feito de beterraba e com toques do vinagrete, traz frescor e acidez”, detalha Braga. Para ele, a quinoa combina bem com dietas, por ser um preparo proteico e leve. “Coloco a quinoa misturada com legumes, como ervilha, vagem, quiabo. Isso cria uma textura interessante”, explica.
Fórmula certeira
Para a sorte de quem quer emagrecer, o peixe-branco que habita as águas salgadas da América se tornou cada vez mais comum em restaurantes brasilienses, com apresentações que o tiram da mesmice. No Oscar, por exemplo, ele é grelhado em crosta de azeitonas negras e escoltado por purê de batata-baroa (R$ 56).
“É uma refeição leve e completa. O tubérculo não é processado, é amassado para não perder as fibras. O robalo, por sua vez, vem em porção generosa que varia entre 220g e 250g”, esclarece Alfredo Malenha, supervisor de alimentos e bebidas.
A harmonização faz caminho parecido ao da cozinha e não se rende a clichês. Em vez de um vinho branco, Malenha sugere o tinto seco argentino Argento (R$ 98), que, “apesar de ser predominantemente da uva malbec, é bem frutado e delicado”.
No conforto de casa
A empresa vende pratos lights congelados retirados no balcão das lojas físicas ou encomendados, com entrega em todo o DF e taxas entre R$ 7,50, para o Plano Piloto, e R$ 40, para Brazlândia.
Os diferenciais são os preços convidativos, com porções a partir de R$ 2,50; e o sistema de congelamento, que mantém não apenas os nutrientes de cada receita, mas também o frescor dos alimentos, característica que pode ser comprovada no filé-mignon grelhado ao molho de tomate, com tomate seco e berinjela acompanhado de arroz integral (R$ 17).
“O segredo para os preparos não ficarem murchos ou sem graça está no congelamento. Utilizamos um ultracongelador, que não forma cristais de gelo nos alimentos. Eles ficam bem conservados e com aparência de frescos. Vão em embalagem para micro-ondas e banho-maria, mas dá para ser aquecido no forno, bastando colocar em recipiente próprio para isso”, comenta Vanderléa, reforçando que não há mais desculpas para quem quer comer bem e não dispõe de tempo para dedicar ao fogão.
Criativo e leve
“Sempre temos salada de uma verdura, como cenoura, beterraba, abobrinha, pepino. Temperamos com nosso toque, que leva azeite, vinagre e ervas finas”, explica Fernanda Arbex, sócia da casa.
A salada indiana, preparo de peito de frango, damasco, castanha de caju e aipo regados ao molho de iogurte cramberry e com um toque do curry “é um preparo agridoce, pois o aipo corta o adocicado, além de deixar a salada crocante”. Entre as tortas, chama a atenção a de cogumelos, alternativa leve e saborosa.
Natural sobre rodas
A queridinha do casal é a salada de grão-de-bico, azeitona, alho frito, cenoura, cebola-roxa, hortelã, tomate e mix de folhas (R$ 12). Assim como a batata-doce, o grão-de-bico é um carboidrato com índice glicêmico baixo.
“Na montagem, colocamos dos itens mais úmidos para os mais secos, garantindo a durabilidade de quatro dias”, comenta Maiara.
As saladas também cumprem a função de entradas para pratos como risoto de arroz sete grãos com biomassa de banana-verde (R$ 15), fruto da parceria com Luana Budel, chef paulista especializada em gastronomia funcional.
Massa de berinjela
Na casa, especializada em pratos gratinados, o quitute italiano tem a massa substituída por lâminas de berinjela e abobrinha. “Coloco apenas umas três fatias de massa, para dar consistência. Desidrato as lâminas de berinjela e abobrinha, antes de montar a lasanha fica mais leve, é muito saboroso”, comenta o proprietário da casa, Paulo Cauhy.
Segundo ele, se o queijo é apontado como vilão, não há necessidade de se preocupar: “O cliente é quem manda, fazemos o preparo com menos queijo, com o ingrediente apenas para gratinar, ou até tiramos totalmente da receita”.
A casa trabalha apenas com a lasanha, tanto no formato mais light como no tradicional (R$ 22,90), e com a parmegiana, que vem em três tamanhos: individual, médio e família; e em duas versões: filé-mignon ou filé de frango. “Achei que seria melhor reduzir cardápio e investir em qualidade do que colocar diversas opções e não ter condições de manter o nível elevado de qualidade”, finaliza.
Fica, vai ter sobremesa
O ingrediente tem funções diversas e uma delas é a feitura de bolos. No Fica, vai ter bolo, o cereal é aparece no bolo de aveia com banana ou maçã feito sem leite, açúcar ou farinha de trigo (R$ 16, cada um). “Esse é o preparo que indicamos quando os clientes procuram por algo mais light”, relembra Tiago Rieira, um dos sócios da marca.
Escoltando o bolinho, boa pedida é uma xícara do tradicional café coado, que sai por R$ 2. Sem adição de açúcar, a bebida de cor negra é importante aliado de quem luta contra a balança, pois acelera o metabolismo e previne a retenção de líquidos, já que é diurético. Mas cuidado: só vale para quem não está com anemia ou é hipertenso, por aumentar a pressão sanguínea e gerar uma sensação de taquicardia.
Pizza sem culpa
Na tradicional pizzaria, o menu é completo e abriga todas as fases da refeição. De entrada, caldo de berinjela e salada de azeite e palmito pupunha (R$ 9,80 cada ou R$ 17, os dois).
Na sequência, o comensal conta com seis sabores de redondas: margherita (R$ 32,80), berinjela na brasa (R$ 33,40), portuguesa (R$ 37), aliche com alcachofra (R$ 40,90), rúcula com tomate seco (R$ 34,60) ou vegetariana (R$ 31,80), com muçarela light, abobrinha, berinjela, tomate e manjericão.
“A massa é feita com farinha de chia e de berinjela. A muçarela que usamos é light. São pizzas de baixa caloria, assim como os demais acompanhamentos”, explica Fernanda Neiva, proprietária da Santa Pizza. Em vez de farinha de arroz, substituta mais comum da de trigo quando se fala em dieta, a casa usa massa à base de chia, leve e probiótica.
“É basicamente pura proteína, oferecendo digestão muito mais rápida e até regulando o funcionamento do intestino”, acrescenta Neiva. Com poucas calorias e tantos benefícios, dá até para pedir sobremesa sem extrapolar limites. Vale pizza de banana, canela e adoçante (R$ 13,70).
ONDE COMER
Bla’s
(406 Norte, Bl. D, lj. 38; 3879-3430), aberto de terça a sábado, das 12h às 15h,
e das 19h às 23h.
Fica, vai ter bolo
(213 Sul, Bl. C, lj. 21; 3703-4700), aberto de segunda a sexta, das 7h às 19h; e sábado, das 8h às 14h.
Fresh Food Truck
(encomendas pelo telefone 8104-1051, até as 17h), entregas de segunda a sexta, das 9h às 19h, em Águas Claras, Taguatinga, Guará, Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal e Plano Piloto, com taxas entre R$ 5 e R$ 12.
Gratinado
(108 Norte, Bl. D, lj. 16; 3034-7060), aberto de terça a domingo, das 10h às 23h.
Lá em Casa Cuisine d’Amis
(208 Sul, Bl. C, lj. 20; 3710-9700), aberto de segunda a sexta, das 10h às 19h;
e sábado, das 9h às 13h.
Nutri Vitae
(Av. das Castanheiras, nº 350, lj. 9, Laguna Mall, Águas Claras; 3042-0300), aberto de segunda a sexta, das 9h às 20h; e sábado, das 10h às 14h; (CLSW 300B, Bl. 3, lj. 59, Sudoeste; 3036-4911), aberto de segunda a sexta, das 9h às 19h; e sábado, das 9h às 13h. Encomendas no site nutrivitae.com.br.
Oscar
(SHTN, Tr. 1, lt. 1, Asa Norte; 3306-9060), aberto de segunda a sexta, das 12h às 15h, e das 19h30 às 23h; sábado e domingo, das 12h30 às 16h30, e das 19h às 23h.