Saiba como brincadeira entre amigos resultou na criação do bar Toca do Chopp
Coluna mostra a história de um dos botecos em Brasília que possui ambiente descontraído e informal
O ambiente informal do boteco Bar do Julio, do Rio de Janeiro, fez parte do início da trajetória gastronômica do chef mineiro Claude Capdeville. Após morar 15 anos na Cidade Maravilhosa, Claude aprendeu a apreciar um bom chope e as técnicas que garantem uma bebida de qualidade e decidiu abrir a Toca do Chopp, uma das opções mais antigas do Quituart.
Influência carioca
“Vi que muitos cariocas radicados em Brasília estavam órfãos de um bom chope. Era muito raro ver aqui em Brasília uma bebida bem tirada. Aproveitei a oportunidade dada por amigos meus e abri a Toca do Chopp há 17 anos”, relembra o cozinheiro, que iniciou o trabalho de gastronomia na capital graças ao incentivo de colegas proprietários de restaurante. “Eles tinham um box no Quituart, eu tinha liberdade de entrar na cozinha e começava a elaborar petiscos. Depois de experimentar, eles me deram muita força a abrir meu próprio negócio”, revela.
“O mais interessante da cozinha de boteco é sua comunidade eclética. Os clientes valorizam bom atendimento e o dono do bar tem que estar do outro lado do balcão. Por isso escolhi como slogan ‘autêntico boteco’”.
Momento decisivo
A inclinação para a gastronomia não foi a primeira opção de Claude. Jornalista, ele chegou a tocar uma agência de comunicação e abandonou a área para dedicar-se exclusivamente às panelas. “O negócio foi dando tão certo que tive que tomar uma decisão. Vi que o negócio explodiu e precisava escolher um rumo. Abandonei a comunicação para virar dono de botequim”, relembra Capdeville em tom bem-humorado.
Receitas de boteco
Os petiscos clássicos de boteco não poderiam faltar no cardápio da Toca do Chopp, entre eles a sardinha do Beco da Sardinha, prato que homenageia a região central do Rio de Janeiro repleta de bares que servem o peixe de tradição portuguesa. No bar comandado por Capdeville, a iguaria é preparada à milanesa e servida com limão.
A cultura paulista também é representada no cardápio executado pelo chef. O filé à Moraes chega à mesa em formato individual, coberto de lâminas de alho fritas em azeite e guarnecido de agrião e batatas fritas. Há também uma versão em petisco, o Moraezinho, que chega como isca de filé-mignon.
Clássicos presentes
Os petiscos de estufa expostos no pequeno balcão agradam a paladares clássicos adeptos aos sabores marcantes como a batata preparada com alho na manteiga de açafrão, ovo colorido com anilina e linguiça apimentada recheada de jiló.