Brasília-DF,
20/ABR/2024

Temporada de promoções: saiba como comer bem e gastar pouco

Novos pratos e opções populares são táticas para não perder clientes

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Rebeca Oliveira Renata Rios Publicação:09/09/2016 07:00Atualização:09/09/2016 10:37

 (Oswaldo Martiniano/Divulgacao)

 

O mercado de alimentação fora de casa ainda amarga os dissabores da crise. Com orçamento enxuto, glutões da cidade recorrem a promoções, descontos e ofertas para conjugar, na mesma frase, boa mesa e economia.  O que vale é gastar menos e comer bem — e sem entrar no vermelho.

No Johnnie Special Burger, vale tudo para angariar novos clientes, ávidos por novidades em um setor que, apesar da época de vacas magras, encontra-se em expansão. Criatividade, por lá, não é luxo, mas questão vital. Por isso, o sócio Matheus Ramalho faz questão de frisar a fórmula da empresa, que tem dado certo ao longo dos cinco anos de funcionamento: “pães artesanais, blend de carnes equilibrado e ofertas exclusivas”.

Não basta segurar o preço. A conta precisa ficar interessante para os dois lados. Atenta à demanda, Ana Maria Toscano, há 21 anos no comando do Villa Borghese, está com uma promoção para este mês: um convidativo festival de filé-mignon. O corte nobre e caro aparece com valor mais em conta em três receitas, a R$ 39,90 cada uma. “Em momentos delicados como esse, precisamos nos reinventar diariamente”, analisa.

Na contramão da sofisticação do Villa Borghese, o D’Lurdes sempre prezou por manter ares caseiros. As marmitas fazem parte da história do endereço.

O tempero de Anderson Ferreira somado ao atendimento cordial faz que sejam vendidas cerca de 400 quentinhas por dia. Nada mal em um cenário preocupante. 

A torcida é para que a boa gastronomia saia (praticamente) ilesa dos tempos nebulosos dessa crise que levou há cerca de 15 dias um dos mais tradiocionais restaurantes da cidade, o Piantella, a fechar as portas depois de mais de 25 anos de funcionamento.

Nipo-brasileiro à vontade

Miniacarajé de salmão, um dos itens que compõem rodízio do SushiLoko
 (SushiLoko/Divulgao)
Miniacarajé de salmão, um dos itens que compõem rodízio do SushiLoko

 

Um dos trunfos do SushiLoko, uma das franquias de maior sucesso em solo brasiliense, é oferecer comida com inspiração nipônica com frescor, qualidade e inovação sem cobrar uma fortuna por isso. A casa sempre se rendeu a promoções. Há alguns anos, havia um rodízio de hot e rolls (enrolados) entre as alternativas de quem queria comer bem e em grande quantidade.

Este mês, a rede voltou a oferecer essa opção de serviço. “Vários clientes nos pediram e decidimos atender com um dos preços mais em conta da cidade”, gaba-se Isabela Machado Diniz, sócia das unidades da 201 Sul, da 406 Sul e da 213 Sul, de onde partiu a iniciativa.

Por R$ 49,90 (no almoço, ou R$ 59,90 no jantar), o cliente pode se servir das sugestões do amplo menu, que passeia entre pratos nipônicos tradicionais, como o tataki de peixe branco, que traz o pescado mais a equilibrada acidez do molho à base de limão, molho shoyu, azeite, cebolinha e gergelim, e criações abrasileiradas. Nesse caso, vale experimentar a isca de tilápia e o miniacarajé de salmão, crocante devido à farinha de rosca em que é empanado.


Memória (econômica) afetiva

 

Anderson Ferreira e as quentinhas do D%u2019Lurdes: economia que remete às origens do restaurante
Anderson Ferreira e as quentinhas do D%u2019Lurdes: economia que remete às origens do restaurante

 

Quem vê o enorme salão do D’Lurdes, no Guará, não imagina como o restaurante começou. Há alguns anos, em uma pequena casa, vendiam-se marmitas na janela de casa, em um clima interiorano. A feijoada saborosa logo ficou conhecida como uma das melhores da região.

O tempo passou, o espaço triplicou, outra unidade foi construída em Águas Claras. Mas a famosa quentinha no estilo comfort food continuou no cardápio. Hoje, ela custa R$ 9,90 e é vendida de terça a sexta, no almoço.

O valor é para a retirada no balcão e pode representar uma economia de até 70%. Isso porque as bem servidas porções (com peso médio de 700g) são montadas com o mesmo prato, que faz parte do cardápio convencional, com preços que circulam entre R$ 30 e R$ 50. Todo dia, é ofertada uma combinação diferente. Os sabores mudam mensalmente, assim como o cardápio do restaurante — exceto os pratos considerados ícones, caso da feijoada, da costelinha, do mexidão e da galinhada.

Hoje, na marmita, o cliente encontra um bem temperado frango assado com mel mais arroz, feijão, macarronada e salada. Curiosamente, o dia de maior movimento é às terças, quando vendem o famoso frango jeca, com milho verde cozido e um caldo à base do legume escoltado por arroz, feijão, chicória refogada no alho e salada.

“As marmitas fazem parte da história do D’Lurdes e nunca deixarão de ser vendidas. O diferencial é que, agora, além da harmonia de sabores, nos preocupamos com os clientes que têm reeducado a forma como se alimentam. Por isso há sempre uma salada e uma proteína magra, como o frango”, explica o chef Anderson Ferreira.


Massa artesanal, carne nobre e... preço em conta

 

Ana Toscano se rendeu aos efeitos da crise e criou o festival de filé-mignon
Ana Toscano se rendeu aos efeitos da crise e criou o festival de filé-mignon

 

Ao longo dos 21 anos do Villa Borghese, a chef Ana Toscano se deparou com incontáveis crises. Viu muitos amigos restaurateurs fecharem as portas. Há poucos dias, se despediu do Piantella, um ilustre vizinho. Ainda assim, não deixou de lado a resiliência.

Mesmo trabalhando com matérias-primas nobres e com inspiração italiana, o que exige, diversas vezes, insumos importados, a chef se adaptou aos tempos de vacas magras sem perder a sofisticação.

No começo do ano, criou um festival de filé-mignon em que três receitas destacam as qualidades do corte bovino. “Era para durar só um mês mas devido ao sucesso demos continuidade e sem data para acabar”, garante.

Aos comensais, resta a melhor parte: escolher um entre três pratos feitos com a carne conhecida pela maciez. Difícil é decidir entre a parmegiana (ao molho sugo, recheada e gratinada com muçarela) com linguine na manteiga; o polpettone com tagliatelle na manteiga; ou o picadinho com arroz e farofa de ovos.

Os preparos saem por R$ 39,90 cada um — com descontos de, em média, 30%.
A carta de vinhos também se adaptou à restrição econômica. Uma seleção de cerca de 10 rótulos está sendo comercializada a preço justo. O chileno La Playa carménère, ideal para ser combinado aos preparos com filé-mignon devido às notas frutadas e apimentadas custa R$ 89.


Foco na carne

 

O jantar às quartas-feiras no LaaP é servido em três etapas
 ( Carlos Moura/CB/D.A Press)
O jantar às quartas-feiras no LaaP é servido em três etapas


A argentina no prato. É essa a tradução da sigla LaaP, nome do charmoso restaurante situado em Águas Claras. O foco são as carnes, repetindo-se as tradições de Córdoba, cidade de onde veio o proprietário Gonzalo Gomez.

À frente do empreendimento, o empresário notou que o público local, que em sua maioria trabalhava no Plano Piloto, minguava de segunda a sexta, deixando as opções da cidade apenas para o fim de semana.

No último Dia dos Namorados, entretanto, a situação se inverteu e a casa lotou. A proposta de jantar em três etapas por R$ 119,90 para o casal (mais R$ 50, com adicional de uma garrafa de vinho argentino) atraiu novos comensais. Foi quando Gonzalo teve a sacada: manteria o formato, hoje chamado de Quarta do chef.

O menu é sazonal. O da próxima semana terá salteado de cogumelos shiitake, shimeji e paris com alho-poró e cebola como entrada. Na sequência, é a vez de o contrafilé recheado com ameixa e damasco ao molho de especiarias escoltado por legumes salteados no azeite extravirgem chamar a atenção. Para encerrar, tiramisu.

A harmonização esbarra nas raízes do proprietário, que privilegia rótulos do vizinho porteño. “Normalmente é malbec, carménère ou merlot. São os que mais combinam com carne vermelha”, adianta o empresário, que tem apoio da chef Janaína Rosa na elaboração do cardápio.


Dicas do chef

 

As alternativas do menu do El Negro são harmonizadas entre elas, mas o cliente pode trocar
 (Oswaldo Martiniano/Divulgacao)
As alternativas do menu do El Negro são harmonizadas entre elas, mas o cliente pode trocar
 

 

Com a crise batendo à porta, o chef Marcello Piucco começou a procurar uma alternativa para atrair clientes ao El Negro. Assim nasceu o Dicas da casa, menu executivo com valor fixo de R$ 59.

Entre as alternativas, o cliente pode se deliciar com a sequência que começa pela salada com mix de folhas de rúcula e tomates frescos. Em seguida, vacio grelhado com molho de cogumelos e funghi  acompanhado com arroz de nozes. “Os preparos de parrilla não costumam ir com molho, ousei um pouco aí, por exemplo”, pontua o chef. E, para finalizar, panqueca aberta de maçã verde com calda de caramelo e sorvete de creme.

Marcello ainda destaca que outro diferencial é o horário que o menu é servido. “As combinações do Dicas da casa podem ser pedidas tanto no almoço quanto no jantar, de segunda a quinta”, afirma o chef.

As alternativas do menu do El Negro são harmonizadas entre elas, mas o cliente pode trocar


Variedade no espeto

 

O rodízio conta com o bufê de acompanhamentos e cortes de carnes variadas
O rodízio conta com o bufê de acompanhamentos e cortes de carnes variadas

 

Nas unidades da Churrascaria Pampa, a promoção é simples. Grupos com mais de três pessoas ganham uma cortesia do rodízio, que custa durante o horário de almoço R$ 89,90, e no jantar, R$ 69,90.

  “Devido à crise, tivemos uma redução de movimento e essa foi uma ideia para movimentar a casa”, relembra Leandro Martins, sócio.

“Com essa promoção, as pessoas acabam gastando mais em outras coisas, em bebidas, por exemplo”, afirma.

 

No rodízio, ele afirma que o que não falta é variedade. “Temos mais de 30 cortes — os que mais saem são os tradicionais como picanha, maminha, alcatra. Também temos  muita variedade no bufê, com 25 tipos de saladas”, pontua.

Leandro ainda destaca, que, apesar de a saída não ser das melhores, ele ainda serve carne de javali no rodízio. “Servimos o filé de javali. Ele tem um gosto mais forte que a carne de porco e é menos gordurosa. Muita gente acaba pedindo por curiosidade”, finaliza o sócio.

 

Compre um, leve dois

 

Marcos Caetano e Matheus Ramalho, do Johnnie Special Burger: %u201Cnascemos com essa veia criativa%u201D (Andre Violatti/Esp. CB/D.A Press)
Marcos Caetano e Matheus Ramalho, do Johnnie Special Burger: %u201Cnascemos com essa veia criativa%u201D
 

 

Pães artesanais e blend de carnes exclusivo fizeram do Johnnie Burger uma das hamburguerias mais conhecidas da cidade. Manter-se entre as mais lembradas em um cenário cada vez mais competitivo não é das mais fáceis tarefas.
Matheus Ramalho e Marcos Caetano sabem disso. “Nascemos com essa veia criativa”, comenta Matheus. “Essa é a equação chave para qualquer empresa sobreviver”, acredita.


Às quartas, quando, compra o hambúrguer da semana, o cliente ganha outro. O item da vez atende pelo nome parmeburger (R$ 29,90). Original, a receita é composta por hambúrguer bovino empanado recheado com muçarela da Serra da Canastra no pão de manjericão.


Nas lojas 24 horas, há outra promoção, feita sob medida para os amantes da vida noturna. Após às 21h, o hambúrguer college (com carne, pão tradicional, cheddar cremoso apimentado e bacon em cubos) mais um refrigerante custam R$ 19,90.


Para pedir on-line

 

O sabor Imperador da Pizza Cesar é uma das mais pedidas da casa
O sabor Imperador da Pizza Cesar é uma das mais pedidas da casa

 

Para quem pede pizza em casa com frequência, a Pizza Cesar dá uma força na economia. A cada redonda que o cliente pede pela internet às terças ou quintas, ele ganha outra, do mesmo valor ou menor, de brinde. “Essa é uma forma de otimizar a nossa mão de obra. Nós economizamos e podemos repassar isso para o cliente”, afirma o proprietário do local, Leonardo Antunes.

Segundo Leonardo, nesses dias, as pizzas que fogem dos sabores tradicionais têm boa saída. “As pessoas aproveitam para experimentar”, brinca. Entre os sabores que ele recomenda está a Lampião e Maria Bonita (R$ 62,90), feita com carne seca, rúcula, muçarela e manteiga de garrafa. Outra pedida é a Imperador (R$ 55,70), que leva alho-poró, muçarela, requeijão e lombo canadense. “É uma pizza com ingredientes de sabores forte, mas que harmonizam muito bem”, descreve.

A sobremesa pode vir na forma de uma redonda de Sonho de Valsa (R$ 58,90). “Essa pizza é montada da seguinte maneira: a massa, um pouco de muçarela, chocolate ao leite e bombons Sonho de Valsa, os clientes adoram”, detalha.

Chope por conta da casa

 

No Outback do Shopping Venâncio, a bebida clara e refrescante é cortesia na compra de um prato ou de um aperitivo
No Outback do Shopping Venâncio, a bebida clara e refrescante é cortesia na compra de um prato ou de um aperitivo

 

Situado no coração de Brasília, o Shopping Venâncio vem passado por reformulações. A ideia  é “gourmetizar” o ponto outrora conhecido pela ampla presença de self-services.
Foi para isso que, ali, instalou-se uma nova unidade do Outback Steakhouse. Muitas promoções foram criadas exclusivamente para lá.

O Billabong Hour (nome que a casa dá ao happy hour, quando as bebidas alcoólicas ganham 50% de desconto, exceto em garrafas e cervejas importadas) foi estendido no fim de semana, das 16h às 18h. Quem comparece, ganha uma caneca de chope claro, cortesia concedida na compra de um prato principal ou aperitivo.

Boa oportunidade para conhecer itens do extenso cardápio é o spicy shrimp dip (camarões e queijos finos temperados com o molho picante, gratinados ao ponto e servidos com tortillas crocantes, por R$ 44,50).

Prato mais conhecido da rede, a ribs on the barbie também entra na oferta. Famosa, a costela de porco defumada e grelhada com molho barbecue, fritas e Cinnamon Apples (R$ 56,75) é daquelas receitas generosas, que saciam duas pessoas. Dividindo, a conta fica ainda mais atraente.

“Este ano fizemos a promoção 1 milhão de aperitivos em que presenteamos nossos clientes com os itens ícones do cardápio. Foi uma campanha em comemoração por termos alcançado mais de um milhão de momentos compartilhados por nossos clientes dentro dos nossos restaurantes. Todas essas ações nos aproximam dos clientes e dão a eles novos motivos para voltar ao restaurante para uma experiência única”, relembra André Gomes, sócio regional do Outback Steakhouse.

ONDE COMER


Churrascaria Pampa

(SIG Sul, Q.3, lt B, lj 15; 3361-4916) aberto das 11h30 às 16h; (SCEE Sul, Lt. B, às margens da EPIA, ao lado Carrefour Sul; 3343-3033), aberto das 11h30 às 16h, e das 18h30 à 0h.

D’Lurdes – Delícias de Minas
(QE 30, conj. K, lt. 09/11, Guará II; 3382-6625); e (Ed. Beverly Hills Plaza, Av.
das Castanheiras, R. 33/34 Norte, lts. 1 e 2, lj. 123; Águas Claras; 3204-3283), aberto de terça a domingo, das 11h às 15h, e das 18h às 23h.

El Negro 
(SHIS QI 17 Edifício Fashion Park; 3365-1198) e (413 Norte, Bl. C, lj. 23; 3041-8775), aberto de segunda a sábado, das 12h às 15h, e das 19h às 23h; e domingo, das 12h às 17h.

Johnnie Special Burger

(210 Sul, Bl. B, lj. 18; 3242-9117) (CLSW 101, Bl. A, lj. 26, Sudoeste; 3797-5007) (Av. Araucárias, Ed. Real Quality, lt. 1325, lj. 6, Águas Claras; 3383 3900), aberto diariamente 24horas ; (Av. Castanheiras, Rua 37 Norte, em frente ao Shopping Quê!, Águas Claras; 3264-0110; CLNW 10/11, Bloco C, Loja 5, Ed. Neo, Noroeste; 3053-0158), aberto diariamente, das 12h à 0h.

LaaP Costumbres Argentinas

(Rua 14 Norte, Av. Castanheiras, Vitrinni Shopping, loja 183, Águas Claras; 3546-2744), aberto de segunda a sexta, das 17h às 23h; sábado, domingo e feriado, das 12h30 às 23h.

Outback Steakhouse
(Setor Hoteleiro e Comercial Sul, Qd. 8, Lts. 50/60, ljs. 36/48/49; 3326-2548),
aberto de segunda a quinta, das 11h30 às 15h, e das 17h às 23h; sexta, das 11h30 à 0h; e sábado, domingo e feriados, das 12h às 22h30.

Pizza César
(404 Sul, Bl. A, lj. 1; 3242-2221), aberto diariamente, das 11h30 às 23h30. (Qd 2 Conj D 3 cj A lt 3/5 lj 8, Sobradinho; 3487-6262) e (Qna 17, lote 13, Taguatinga Norte; 3352-0500) aberto diariamente, das 17h às 23h30. Pedidos pelo site pizzacesar.com.br

SushiLoko
(201 Sul, Bloco B, lj. 37), aberto de domingo a quinta, das 11h às 23h; sexta, das 11h à 0h; sábado, das 12h à 0h; (406 Sul, Bl. A, lj. 9; 3541-7102 e 213 Sul, Bl. C, lj. 35; 3264-1199), aberto de domingo a quinta, das 12h às 23h30; e sexta e sábado, das 12h à 0h.

Villa Borghese
(201 Sul, Bl. A, lj. 33; 3226-5650), aberto diariamente, das 12h às 15h, e das 19h à 0h.

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