Brasília-DF,
25/ABR/2024

Restaurantes oferecem opções de pratos leves e bebidas refrescantes

Pratos e drinques de diversos endereços da cidade para jogar as altas temperaturas para escanteio

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Rebeca Oliveira Renata Rios Publicação:16/09/2016 07:00Atualização:15/09/2016 20:08


Há quem brinque dizendo que as estações em Brasília não se dividem em primavera, verão, outono e inverno. Na capital, só existiriam duas: seca e chuva. Mas nem só das flores do ipê é feito o período de estiagem, que costuma ir até o início de outubro. A baixa umidade (na casa dos 30%) e o calor intenso (com média de 30ºC) pede por mudanças de hábitos à mesa.

Nesta semana o Divirta- Mais apresenta um guia de pratos leves e bebidas refrescantes. A salada aparece entre os favoritos. Mas não pense que se restringem à velha combinação de alface com tomate. Pratos com peixe, principalmente pela fácil digestão, também são frequentes.


Drinques refrescantes se tornam indispensáveis. Criativos, não param na caipirinha de limão, uma instituição nacional que anda fora de moda. Novas ideias foram incorporadas na coquetelaria contemporânea. Até a cerveja gelada ganhou nova roupagem e vem cheia de frescor, artesanal e com notas perfumadas.


No Jambu, o piracucu defumado dá vigor às folhas verdes. No recém-aberto Sallva, além da “brisa” do Lago Paranoá, o glutão se refresca com o que vem do cardápio: filé de saint peter ao molho de camarão, escoltado por purê de banana-da-terra. Leve, mas marcante, a combinação sugerida é com um drinque autoral criado por lá: Ibiza 43, como foi batizada a junção de licor 43, suco de abacaxi e alecrim.


Bebidas de criação própria são, também, o forte do Tabuada Tábuas&Drinks. A veia moderna do mixologista Victor Quaranta fica evidente na carta, sempre em expansão e aberta a experimentalismos. Refrescante, a cerveja especial do tipo witibier é a recomendação de Giovana Lima, sócia do Empório Iracema, onde as brejas artesanais predominam.

Você pode trocar creme de leite por....

 

Salpicão, chá-verde e frozen formam um time leve e refrescante para os dias secos (Jhonatan Vieira/Esp.CB/D.A Press)
Salpicão, chá-verde e frozen formam um time leve e refrescante para os dias secos


Na hora de preparar o cardápio do Duoo, a preocupação principal é encontrar ingredientes saudáveis para receitas tradicionais. “Aqui, trabalhamos com a gastronomia de substituição, trocando ingredientes por alternativas melhores para a saúde”, introduz Nícolas Fujimoto.

Entre as alternativas, o salpicão (R$ 29) é uma refeição leve, saudável e pra lá de saborosa. Na receita, o cliente encontra mix de alface, biomassa de banana verde, tofu, cenoura, ervas finas, azeite, maçã-verde, passas e batata palha de baroa. “A biomassa é uma alternativa ao creme de leite, já a palha de baroa é uma excelente opção, pois  tem muitas vitaminas, bem mais que a batata-inglesa”, explica.

Para beber, a sugestão é o chá-verde com abacaxi, biomassa de banana verde e gengibre (R$ 9). “É uma combinação muito refrescante, em especial pelo gengibre, e cremosa, graças ao abacaxi e à biomassa”, descreve. Na sobremesa, o frozen de manga com hortelã e coco queimado (R$ 17) é um oásis gelado para terminar a refeição.

Gostinho de praia

O suco de xarope de guaraná e hortelã é uma alternativa energética e refrescante (Jhonatan Vieira/Esp. CB/D.A Press)
O suco de xarope de guaraná e hortelã é uma alternativa energética e refrescante


Na Zimbrus, a pegada é a surf food, comida leve e própria para o calor. Mas a casa aposta também em variedade e na autonomia do cliente. “Temos pratos, sucos e saladas da casa ou o cliente pode montar os seus preparos”, detalha uma das sócias da casa, Ludmilla Coutinho.


Entre as alternativas, as sugestões para os dias secos recaem sobre grelhado de coxa e sobrecoxa de frango desossadas acompanhadas de salada, arroz integral e batata sautée (R$ 27,50).
Caso a opção seja a salada, Ludmilla sugere a hot salad filé (R$ 29,20). Compõem o preparo mix de alfaces-americana e crespa, filé-mignon em tiras, champignon, tomate, croutons e pasta de ricota. “Na época do clima quente e seco, as saladas fazem  sucesso”, revela.


Já para beber, a casa conta com uma infinidade de opções. “Se nenhuma agradar, o cliente ainda pode montar o suco de acordo com a vontade dele”, relembra. Entre as alternativas, a mistura de água, xarope de guaraná, hortelã e gelo batido (R$ 8,60) é muito refrescante. “O xarope dá energia e adoça a bebida, enquanto o hortelã entra com frescor”, finaliza Ludmilla.

Além do óbvio

 

Técnicas dinamarquesas e francesas conferem ares de novidade à salada de pirarucu defumado do Jambu  (Carlos Vieira/CB/D.A Press
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Técnicas dinamarquesas e francesas conferem ares de novidade à salada de pirarucu defumado do Jambu


A experiência em premiados restaurantes internacionais deu ao chef Leandro Nunes, do Jambu, muito mais que um belo currículo. Com a vivência em grandes cozinhas, o paraense acumulou conhecimento para pensar a gastronomia.

 A passagem pelo Noma, na Dinamarca, o incentivou a brincar com texturas e a potencializar o sabor dos alimentos. No café Constant, em Paris, ele aprendeu as técnicas clássicas em que se baseia 90% da cozinha ocidental.


É essa vivência, aliada ao uso de ingredientes do Norte do país e também do cerrado, que o permite criar combinações engenhosas, a exemplo da salada de pirarucu (R$ 34). Trata-se de um mix de folhas de alface, agrião, rúcula, mostarda e beterraba em tamanho baby servidas com tomate assado, vinagrete de açaí, pirarucu curado e defumado mais castanha-do-Brasil.


O pescado utilizado tem várias camadas de sabores, resultado de um trabalhoso processo produtivo. Primeiro, o peixe é curado com o próprio sal por um dia e meio. Depois, defumado com fumaça a frio por seis horas.

Além da estrela do preparo, outro item tem função primordial na composição: a vinagrete, uma emulsão de um tipo de gordura com um tipo de ingrediente ácido. “A minha é feita com mel, aceto balsâmico, polpa de açaí, vinagre de vinho tinto, azeite e sal. É ela que dá liga à receita”, comenta.


Tamanha inventividade também se estende à carta de drinques. Para combinar com a salada , vale pedir a caipirinha de açaí com maracujá, suco de limão e cachaça (R$ 19,90), de autoria do barman Michael David. Às quartas, todos os drinques da casa têm dose dupla.

Para a família e os amigos


As saladas e os sucos são muito solicitados no Balada Mix (Carlos Moura/CB/D.A Press )
As saladas e os sucos são muito solicitados no Balada Mix


A franquia carioca Balada Mix chegou à capital federal no início de 2015. “Balada é pelo encontro com os amigos e a família, já o mix é pela nossa variedade. O cliente pode comer desde uma salada até um sanduíche”, explica proprietária, Mariana Franco, que complementa: “As saladas e os sucos são o forte da casa”.

Para beber, a sugestão é o suco de uva com cacau (R$ 8,90 — 380ml ou R$ 13,90 —  600ml). “Usamos a polpa de cacau congelada. Quando o suco vai para mesa, ele ainda está meio congelado, como se fosse um frozen, além de refrescante é muito saboroso”, afirma. Para quem preferir um sabor mais tradicional, Mariana sugere também o suco de frutas vermelhas (R$ 8,90 ou R$ 13,90), outro sucesso entre os comensais.

Para comer, a salada tropical (R$ 37,90) é uma combinação refrescante e saborosa, que garante uma boa refeição sem pesar no estômago. No preparo, o cliente encontra mix de folhas, manga, batata palha e rosbife de filé-mignon ao molho de mostarda e mel.

“As frutas são uma forma de deixar o sabor da salada diferenciado, meio agridoce, sem precisar colocar ingredientes mais pesados”, explica.


Itália revisitada

Filé de Saint peter é a aposta do Sallva contra o calor (Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Filé de Saint peter é a aposta do Sallva contra o calor


Aberto no fim de agosto, o Sallva Bar & Restaurante ocupa as concorridas margens do Pontão do Lago Sul. No menu, tradições italianas e gastronomia contemporânea se encontram em receitas elaboradas pela chef Andréa Munhoz.

O clima da cidade pautou parte das criações. “Temos, sim, o casamento de massas com carnes, uma combinação que o brasiliense adora. No entanto, também enveredei pelo lado mais mediterrâneo da Itália, com investimento em peixes e massas puxadas no azeite, além do amplo uso de frutos do mar”, comenta Andréa.

Para aplacar o calorão, boa pedida é o filé de saint peter ao molho de camarão com alcaparras, azeitonas e aspargos, acompanhado de purê de banana-da -terra (R$ 69). Leve, o prato vai bem com o drinque exclusivo Ibiza 43  (R$ 25,90), de licor 43, suco de abacaxi e alecrim.

Novidade contra a seca

Moscow mule é pedida ideal nos dias quentes graças à forma como é servido: em caneca de cobre (Weivson Andrade/Divulgação )
Moscow mule é pedida ideal nos dias quentes graças à forma como é servido: em caneca de cobre


Vodca, toque de limão, calda de açúcar e uma inusitada espuma da fruta cítrica com gengibre. A refrescante combinação tem feito do drinque moscow mule (R$ 28) um dos novos queridinhos da cidade quando o assunto é coquetelaria. A bebida foi lançada no menu do Oliver em julho.

O charme, em parte, está na forma como ela é servida: em uma caneca de cobre. O item não é meramente figurativo. O material ajuda a preservar a temperatura do drinque, conservando-o sempre geladinho.

“Apesar dos ares de novidade, a mistura data da década de 1942”, conta o barman Jhonatan Figueredo sobre o drinque criado em homenagem à Rússia, terra onde a vodca reina soberana.

Repetir em casa a versão do Oliver exige um sifão. “Mas dá para tentar a combinação clássica, que tem vodca, limão e cerveja de gengibre no lugar da espuma feita com auxílio do utensílio”, ensina Jhonatan.

Salve o gim!


O gim aparece com destaque na carta do Mercadito (Carlos Moura/CB/D.A Press)
O gim aparece com destaque na carta do Mercadito


Igualmente cítrico, o ceviche do cerrado (R$ 38), de peixe branco marinado em um molho à base de limão-cravo, torna-se parceiro ideal da bebida.

As pinturas coloridas na parede e itens moderninhos na ambientação do Mercadito não são meros elementos decorativos. Com ares cosmopolitas, eles indicam a vocação do endereço, misto de bar e restaurante na 202 Sul.

Febre em bares da capital paulista há alguns anos, o gim recebeu um cardápio para chamar de seu. O destilado tem no aroma o principal trunfo. “Elaboramos uma carta com mais de 15 receitas em um bar especializado no drinque”, orgulha-se o sócio Pedro Caetano.

A versão com lâminas de pepino (R$ 26,90) traz o destilado mais água tônica. Há ainda a releitura com gim, água tônica e limão siciliano. Essa e outras combinações podem ser pedidas em tamanho com 1 litro, para até quatro pessoas (R$ 75).

Ambos pode ser associados ao quitute filézinho a Guinness, nome dado aos cubos de filé-mignon ao molho da cerveja irlandesa Guinness cobertos com cebola crocante (R$ 49,90). Mais que um mimo, a água filtrada servida como boas-vindas aos clientes os mantêm hidratados nos dias quentes. Questão de saúde e lei distrital que, infelizmente, muitos endereços ignoram.

Autoral e criativo


Victor Quaranta e André Amorim: combinação de frios e drinques coloridos
Victor Quaranta e André Amorim: combinação de frios e drinques coloridos


No tabuada tábuas & drinks, a arte de criar bebidas é levada a sério. Mais que reproduzir clássicos, o mixologista Victor Quaranta procura se desdobrar para oferecer novidades, com propostas que, mais que saciar paladares sedentos, também contem uma história — como acontece com um bom prato.

Baseado nos traçados em art nouveau da obra Poppy Field, do pintor austríaco Gustavo Klimt, o especialista criou uma trilogia servida em pequenos baldes que lembram potes de tinta. Na cor azul, xarope de açúcar, licor de pêssego, suco de limão e vodca.

No vermelho, o destilado aparece novamente mais sweet&sour de frutas vermelhas, cranberry e suco de limão. Finalizando, os tons de verde são fruto do mix de limoncello, limões tahiti e siciliano, e vodca.

A degustação custa R$ 55 (com total de 450ml) e pela acidez acentuada, combinam com a tábua fromage, mon amour (R$ 55), composta pela combinação de queijo brie com geleia de damasco, queijo gorgonzola com mostarda, e pera com amêndoas, para serem apreciados com torradas artesanais temperadas com lemon pepper (tempero à base de pimenta-do-reino e raspas de limão siciliano).

“Por conta do clima quente, temos uma tendência a utilizar ingredientes caribenhos no Brasil (caso da manga, abacaxi e coco, por exemplo). Eu uso muito rum e frutas ácidas. Criamos as receitas pensando no clima, por isso evitamos drinques pesados, com leite ou leite condensado. O grau alcoólico também é menor do que em outros países. O drinque forte demais esquenta. E há pessoas que não gostam”, explica.

Frescor engarrafado

 A cerveja de trigo casa perfeitamente com a bruschetta clássica
A cerveja de trigo casa perfeitamente com a bruschetta clássica


No Brasil, a cerveja mais consumida continua sendo a pilsen, servida estupidamente gelada. Entretanto, o crescimento do consumo de cervejas artesanais ameaça, ainda que timidamente, o reinado da bebida de cor amarela. Nessa conjuntura, Brasília continua a receber novos endereços especializados em brejas diferenciadas, caso do Empório Iracema.

Um cardápio selecionado de bruschettas e antepastos são o ponto alto da casa. A tradicional, com tomate-cereja, pesto clássico artesanal e parmesão (R$ 25) é indicada para dias em que o calor castiga.


Um estilo em especial aparece como certeiro para o tempo seco: as witbier (ou cervejas brancas), feitas de trigo, com teor alcoólico equilibrado e notas de laranja e coentro.


“Valorizamos bastante a cerveja especial brasileira”, conta a sócia, Giovana Lima, antes de indicar os rótulos preferidos no estilo: a Micro X de cagaita com taperebá (R$ 33 —  300ml) e a Jean Le Blanc, da cervejaria Bastards, que, além da fruta e do toque de coentro, traz notas de capim limão (R$ 27 —  355ml).


“É uma cerveja de trigo mais suave. As weiss convencionais são pesadas. Essas são mais leves e, geralmente, têm um toque de especiaria”, explica.


Outra recomendação é o chope da casa, feito de trigo com mel (R$ 12 — 350ml e R$ 9 — 220ml). “Por não ser pasteurizado, é fácil de beber, tem aquela leveza da cerveja fresca. A engarrafada já perde um pouco dessa qualidade. O chope tem organismos vivos”, comenta.

 

Onde comer

Balada Mix
(202 Sul, Bl. A, lj. 4; 3222-5350), aberto diariamente, das 11h30 à 0h.

Duoo
(103 Sul, Bl. C, lj. 36; 3224-1515) aberto de segunda a sexta, das 12h às 15h e das 19h às 23h; sábado, das 12h às 16h e das 19h às 23h; e domingo, das 12h às 16h e das 19h às 22h.

Empório Iracema
(116 Norte, Bl. B, lj 32; 3032-1826), aberto terça e quarta, das 16h às 22h30; e quinta a domingo, das 16h à 0h30.

Jambu
(Avenida JK nº 2, em frente ao balão de entrada; Vila Planalto; 3081-0900), aberto de terça a sexta, das 12h às 15h, e das 19h às 23h; e sábado e feriados, das 12h às 15h,
e das 19h30 às 23h30.

Oliver
(Clube de Golfe, Setor de Clubes Esportivos Sul, Tc. 2, Conj. 2, Pt. B; 3323-5961), aberto de segunda a quinta, das 12h à 0h; sexta e sábado, das 12h à 1h; e domingo, das 12h às 17h.

Mercadito
(202 Sul, Bl. B, lj 34; 3536-2927), aberto de segunda a quinta, das 11h à 1h; sexta, 11h às 2h; sábado, das 17h às 2h; e domingo, das 17h à 1h.

Sallva Bar & Ristorante
(SHIS QI 10, Pontão do Lago Sul; 3522-4324), aberto de domingo a quinta, das 12h à 23h30h; e sexta e sábado, das 12h à 1h.

Tabuada Tábuas&Drinks
(CLSW 101, Bl. B, lj. 134; 3526-8592), aberto terça e quarta, das 17h à 1h; e de quinta a sábado, das 17h às 2h.

Zimbrus
(SCES. Tr. 2. Lt. 32, Pier 21, Quiosque 10; 3224-5303), aberto diariamente, das 12h à 0h.

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