Brasília-DF,
19/MAR/2025

Confira pratos, petiscos e comidinhas que custam menos de R$ 30

A boa gastronomia pode ser farta, original, bem servida e acessível.

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Rebeca Oliveira Renata Rios Publicação:11/11/2016 06:40Atualização:10/11/2016 18:34

Chef Geraldo Rocha, do Feitiço Mineiro: quitutes que enaltecem o cerrado (Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)
Chef Geraldo Rocha, do Feitiço Mineiro: quitutes que enaltecem o cerrado
 

O momento é de economia também nos bares, cafés ou restaurantes. Mas não precisa ficar em casa, com medo de ficar no vermelho. Em vez de se render e lamentar a recessão, donos de estabelecimentos no setor de alimentação trabalham com manobras e estratégias para fisgar o comensal.

 

A mais assertiva delas continua sendo, também, a mais básica: estabelecer uma faixa de preço aceitável. Quem não dispõe de tempo ou paciência para cozinhar em casa gasta cerca de R$ 30 para se alimentar, segundo uma pesquisa da GS&MD, consultoria especializada em varejo que conduziu o estudo em parceria com o Instituto Foodservice Brasil.

 

Com esse orçamento em mãos, o Divirta-se Mais partiu em busca de soluções criativas. Da comida regional do Ceará Carne de Sol ao americano —  e atual queridinho da gastronomia —  hambúrguer artesanal do Dylan Café & Bakery. Parece pouco, mas três notas de R$ 10 podem render mais do que se imagina.

 

Com esse dinheiro em mãos dá para comer uma massa, uma salada de frutas e beber um suco fresco de laranja ou limonada em combo no Fran’s Café do Brasília Shopping. Uma refeição completa e balanceada, inclusive nos critérios nutricionais. A marca tem 11 unidades na cidade, mas a promoção só é vista nos corredores daquele mall.

 

O motivo é a concorrência desleal do fast-food, com preços infinitamente menores. “Tivemos que nos adaptar à realidade e criar o combo”, conta o gerente, André Cavalcante. A estratégia deu certo e os pedidos, na hora do almoço, aumentaram em 40%. A mesma ideia pontua um petisco abastado do Feitiço Mineiro, composto por quatro bolinhos e quatro pastéis ao preço de R$ 30. No Don Espettoria, com menos de R$ 10, dá para se alimentar bem e com carnes de primeira.


Como se fosse em casa

O ponto já é querido pelos alunos das proximidades da 405 Sul, mas o Pê Efe não se limita a refeições apenas de jovens —  o local atrai clientela sedenta por uma comida de preço acessível e com aquele sabor caseiro, simples e gostoso. Como o nome indica, a proposta são os tradicionais pratos feitos, ou PFs.

 

Entre os preparos mais pedidos estão o bife de alcatra (R$ 17), o filé de frango (R$ 13), a bisteca suína (R$ 15) e a alcatra suína (R$ 15). Todas as receitas são acompanhadas de arroz, feijão, farofa de biju e vinagrete. “Na bisteca, colocamos o feijão-tropeiro no lugar do feijão-preto, mas o cliente pode pedir para trocar”, sugere Heric Drummond, proprietário da casa.

 

Já para quem deseja complementar o prato, as alternativas são ovo frito (R$ 2), salada (R$ 3,50) e batata frita (R$ 4). “Já fiquei reparando aqui na loja. Normalmente quem pede o bife de alcatra gosta de pedir acompanhamento, como por exemplo o ovo, para colocar em cima do bife e ficar aquele PF tradicional”, brinca Drummond.


Petiscos à vontade

De terça a quinta, os petiscos vem à vontade para a mesa dos comensais do Cidade Livre. O rodízio de petiscos não  conquista apenas pela quantidade e pelo preço (R$ 29,90), mas também pela variedade e qualidade. Segundo a proprietária da casa, Francisca de Araújo, a opção é amplamente aproveitada pelos clientes.

 

Entre as opções oferecidas no rodízio, aparecem batata frita, quibe, bolinho de bacalhau, pastéis, linguiça apimentada, iscas de peixe com molho tártaro e linguiça apimentada e até moela. “Acredito que um dos motivos dessa promoção ser tão bem-aceita é que o cliente não tem surpresa na hora da conta”, aposta Francisca. Ela ainda sugere que o cliente confira as promoções de happy hour da casa para acompanhar o rodízio.

 

Já para quem procura um almoço mais acessível, a casa trabalha com menu executivo de segunda a sexta. Durante a semana os preparos saem da cozinha por valores entre R$ 16,90 e R$ 19,90. Entre as alternativas, picanha grelhada, filé de merluza, parmegiana e frango grelhado.

 

Bolinhos turbinados

 

Comida de boteco também pode ser generosa e se encaixar no orçamento de R$ 30. Mas nada de batata frita ou embutidos simples. Por esse valor, prova-se o mix de quatro bolinhos de arroz com pequi e calabresa mais quatro pastéis goianos (nos sabores frango, linguiça de formiga e queijo meia cura) do Feitiço Mineiro.

 

Os quitutes foram criados especialmente para o Festival Bar em Bar, com a premissa de terem ingredientes do cerrado na composição. Para isso, o pequi vai no bolinho de arroz e também em um dos molhos. O fruto amarelado e de aroma inconfundível ressurge no picadinho com azeite e vinagrete de cebola mais tomate.

 

Geraldo Rocha, chef do espaço, conta que o tira-gosto recém-chegado ao menu é feito com o mesmo esmero que outros clássicos do restaurante. “Temperamos e cozinhamos ao gosto mineiro. Ou seja, com carnes bem suculentas”, avalia. Afim de não competir com os sabores intensos do fruto goiano, a harmonização certeira se dá com o chope claro, tradicionalíssimo, que custa R$ 8,10 (300ml).


Para carnívoros e veganos

 

As sopas do Café Savana podem vir no pão ou da maneira clássica
As sopas do Café Savana podem vir no pão ou da maneira clássica

 

As sopas são uma ótima saída para uma refeição reforçada ou mais leve, de acordo com a escolha do comensal. Entre as alternativas que encontramos pela cidade, o Café Savana se diferencia pela variedade, além da qualidade, dos caldos. “Temos opções mais leves e mais pesadas, para vegetarianos, veganos e os fãs de carne”, afirma o proprietário da casa, Marcelo Mello. Na hora de servir, a variedade continua —  os caldos podem vir em um vasilhame convencional, com 500ml (R$ 18,90) ou dentro do pão (R$ 27,50).

 

“Para quem procura uma sopa mais leve, mais refrescante, a de espinafre com hortelã é uma ótima alternativa. Além de ser leve e nutricionalmente ser uma boa receita, ela é muito saborosa”, indica Marcelo.

 

Segundo ele, a receita ainda é uma ótima opção para os veganos. Já para os vegetarianos, a aposta pode ser a sopa de cogumelos frescos, a receita clássica francesa que leva creme de leite, cogumelos paris frescos e noz-moscada. “Essa é uma sopa ótima para esses dias chuvosos, mais frios”, sugere Marcelo.

 

Já para quem não abre mão de uma proteína animal, o chef sugere a sopa de bacalhau com grão-de-bico. “Essa é uma sopa bem encorpada, além de ser muito saudável”, explica. Ele ainda conta que a ideia do preparo vem da tradicional salada portuguesa de bacalhau com grão-de-bico. “Procuramos fazer uma sopa mais leve, apesar do grão-de-bico. O bacalhau aparece para temperar e dar personalidade ao prato”, finaliza.

 

 

Na febre do hambúrguer

 

Fabrício de Brito: %u201COs melhores hambúrgueres que comi são feitos de brioche ( Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)
Fabrício de Brito: %u201COs melhores hambúrgueres que comi são feitos de brioche
 

 

Assim como Bob Dylan, artista multifacetado que dá nome ao endereço, o Dylan Café & Bakery não se permite estagnar. Não bastasse o sucesso dos pães artesanais de fermentação natural e sem conservantes que arrebatou os glutões, o chef Fabrício Campos de Brito  navega na onda das hamburguerias da cidade, lançando uma sugestão que vale como uma refeição.

 

Trata-se do hambúrguer feito no brioche fermentado em temperatura natural por dois dias, recheado com dois discos de carne de 100g, um blend de fraldinha, contra-filé e bacon, entremeado por fatias generosas de queijo prato. A combinação recebe molho de maionese de alho e vinagre com pepinos fermentados, também feitos na padaria. Tudo isso por R$ 29.

 

“Como é um cheese burger tradicional, servimos a salada de alface, tomate-cereja e italiano e rúcula à parte, com molho de vinagrete de limão siciliano e azeite italiano”, acrescenta Fabrício. Os clientes podem associar o hambúrguer a refrigerante de guaraná orgânico, menos doce que o convencional, a R$ 7,50, a garrafa de 355ml.

No espeto

 

A combinação de espetinhos com drinques dá o tom na Don Espettoria (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
A combinação de espetinhos com drinques dá o tom na Don Espettoria
 

 

Uma boa refeição não precisa ser complicada. Seguindo esse conceito, a Don Espettoria abriu as portas no mês de junho, tendo espetinhos como prato principal. Esqueça a ideia do churrasco de esquina, com carne de qualidade duvidosa. No restaurante, os cortes são de primeira —  sem, por isso, custarem uma fortuna.

 

São 22 opções com preços entre R$ 7,99 e R$ 10,99. No primeiro grupo, encontram-se o de medalhão de batata recheado com cheddar e envolto em bacon; o vegetariano (berinjela, pimentão, cebola, abobrinha e cenoura);  o de almôndega com cheddar. Mais caros, surgem o de pirarucu, tilápia e camarão.

 

Todos vêm à mesa na companhia de farofa e vinagrete. Ainda é possível incrementar com porções de arroz, feijão-tropeiro e mandioca cozida, a R$ 5,70, cada um.

 

Para quem prefere um prato mais robusto, a casa tem pratos executivos no almoço e jantar por R$ 21,99, a escolher entre chuleta na chapa com arroz e feijão-tropeiro; picadinho de filé-mignon com arroz, ovo, farofa e banana empanada; penne ao molho de salmão; estrogonofe de frango com arroz e batata palha; e feijoada com arroz, farofa e couve refogada.


Tem pra todo mundo!

 

Rosado com crosta de amêndoas é uma das opções do almoço de hoje no Medida Provisória (Antonio Cunha/CB/D.A Press)
Rosado com crosta de amêndoas é uma das opções do almoço de hoje no Medida Provisória
 

 

No medida provisória, o menu de almoço durante a semana é uma promessa de boas refeições e preços justos distantes da realidade da política nacional. A casa trabalha durante a semana com dois pratos, batizados também de medida provisória. Cada um sai por R$ 29,90 e conta com uma entradinha.

 

Até hoje, os comensais contam com duas alternativas. Para quem prefere um preparo mais leve, o chef e proprietário Raphael Medeiros sugere o rosado encrostado com amêndoas, regado ao molho beurre blanc e guarnecido com arroz colorido. “Esse é um molho cremoso, com creme de leite, vinho e um toque de limão, o que deixa o prato mais refrescante”, afirma o chef.

 

Outro toque que ele destaca é a crosta de amêndoas. “Elas dão um toque adocicado, que contrasta de forma bastante interessante com o resto do preparo”, promete.

 

A segunda alternativa desta semana é o espaguete a bolonhesa. “Tomamos o cuidado de fazer todo o molho aqui na casa, para garantir a qualidade”, pontua. Ele ainda promete: “Nosso molho vem com pedaços mais generosos de tomate, além de ser mais encorpado. Fica muito saboroso”.

No medida provisória, o menu de almoço durante a semana é uma promessa de boas refeições e preços justos distantes da realidade da política nacional. A casa trabalha durante a semana com dois pratos, batizados também de medida provisória. Cada um sai por R$ 29,90 e conta com uma entradinha.

 

Até hoje, os comensais contam com duas alternativas. Para quem prefere um preparo mais leve, o chef e proprietário Raphael Medeiros sugere o rosado encrostado com amêndoas, regado ao molho beurre blanc e guarnecido com arroz colorido. “Esse é um molho cremoso, com creme de leite, vinho e um toque de limão, o que deixa o prato mais refrescante”, afirma o chef.

 

Outro toque que ele destaca é a crosta de amêndoas. “Elas dão um toque adocicado, que contrasta de forma bastante interessante com o resto do preparo”, promete.

 

A segunda alternativa desta semana é o espaguete a bolonhesa. “Tomamos o cuidado de fazer todo o molho aqui na casa, para garantir a qualidade”, pontua. Ele ainda promete: “Nosso molho vem com pedaços mais generosos de tomate, além de ser mais encorpado. Fica muito saboroso”.

Três em um

 

Combo com massa, salada de frutas e suco do Fran%u2019s Café (Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)
Combo com massa, salada de frutas e suco do Fran%u2019s Café

 

Há um ano, bastava dar o horário do almoço para o pessoal do Fran’s Café do Brasília Shopping perceber: a situação não era das mais fáceis. Primeiro porque os glutões associavam o endereço ao bom e velho espresso com alguma comidinha, não sabendo que, ali, eram servidas refeições substanciosas. Outro empecilho era a concorrência com os fast-foods e os preços infinitamente menores.

 

A solução encontrada, aponta o gerente André Cavalcante, foi criar um combo que contemplasse praticamente todas as etapas da refeição. Hoje, quem passa pelo local se depara com um banner com anúncio da promoção em que uma massa, uma salada de frutas e o suco natural custam R$ 29,90.

 

Para o prato principal, o comensal tem oito alternativas. Talharim, ravióli (espinafre com muçarela, espinafre com costela, tradicional recheado com palmito e tradicional recheado com muçarela e ervas) ou nhoque (de batata ou espinafre). Depois, escolhe-se entre molho sugo, bolonhesa ou branco parisiense, que leva ervilhas e presunto. Salada de frutas e o suco de laranja ou limonada suíça encerram a degustação.

 

“A promoção completou um ano e aumentou muito o movimento na hora do almoço. A saída de massas cresceu cerca de 40%. Comprovamos que as cafeterias mudaram muito o perfil. Temos do simples café a uma refeição. Não é só restrito àquela ideia de tomar um cafezinho, o cardápio está bem diversificado”, orgulha-se Cavalcante.

Fartura cearense

 

A carne de sol é a estrela no menu executivo do Ceará (Jhonatan Vieira/Esp. CB/D.A Press)
A carne de sol é a estrela no menu executivo do Ceará

 

Natural de Independência, cidade a 250km de Fortaleza, Adelson Oliveira sabe bem que, na cultura nordestina, poucas palavras fazem tanto sentido quanto fartura. A cozinha generosa do Ceará aparece em todo o menu do Ceará Carne de Sol, casa que comanda há 12 anos.
A regra se estende, inclusive, para os pratos executivos. Uma série de receitas saem ao preço de R$ 19,90 no almoço ou jantar. Uma delas é a mais famosa da casa. Batizada de “Da terrinha”, é composta por baião de dois, farofa de ovo, macaxeira e manteiga de garrafa. Na visão de Adelson, o baião de dois é uma das receitas que melhor representam a culinária do Nordeste, pulsante e com características próprias em cada estado.
“Para manter o padrão, o segredo é comprar bem e evitar desperdício. É preciso sacrifícios, como chegar cedo ao Ceasa. Às 4h já estamos lá”, revela. Para o consumidor, a dica é comparar preços. Os valores trabalhados no Ceará Carne de Sol estão abaixo da média. Por lá, o suco de laranja sai por R$ 4,50. À noite, uma Antártica bem gelada custa módicos R$ 6, com 600ml.


ONDE COMER

Café Savana
(116 Norte, Bl. A, lj. 4; 3347-9403), aberto diariamente, das 17h à 1h.

 

Ceará Carne de Sol
(QI 4 AE, em frente ao SESC do Guará 1; 3257-5672), aberto de domingo a
quinta, das 11h à 0h; sexta e sábado,
das 11h às 14h.

 

Cidade Livre
(SIBS, Q. 2, cj. CL3, lt. 3,4 e 5, lj. 1; 3386-0404), aberto de segunda a quinta, das 11h às 0h; sexta e sábado, das 11h às 2h; e domingo, das 11h às 0h.

 

Don Spettoria
(412 Sul, Bl. C, lj. 3; 3551-1666), aberto de segunda a quarta, das 17h à 0h; quinta a sábado, das 11h às 16h, e das 17h à 1h; domingo, das 12h às 17h.

 

Dylan Café & Bakery
(315 Sul, Bl. A, lj. 15; 3363-1294), aberto de terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 9h às 19h; e domingo, das 9h às 18h.

 

Feitiço Mineiro
(306 Norte, Bl. B, ljs. 45/51; 3272-3032), aberto de segunda a quinta, das 12h a 1h; sexta e sábado, das 12h às 2h; e domingo, das 12h às 17h.

 

Fran’s Café
(SCN Qd. 5, Bl. A, lj. 280 C, 1º subsolo, Brasília Shopping; 3964-0119), aberto de segunda a sábado, 8h às 22h; e domingo, das 12h às 20h.

 

Medida provisória
(404 Sul, Bl C, lj 35; 3553-8899)
aberto de segunda a sexta, das 11h45
às 15h, e das 18h à 0h; e sábado, das 11h45 à 0h.

 

Pê Efe
(405 Sul, Bl. C, lj. 2; 3242-5892), aberto segunda a sábado, das 11h30 às 14h30.

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