Refresque-se: a alimentação pode aliviar o incômodo da seca; confira algumas opções!
O período de estiagem chegou com tudo à capital. Para evitar o desconforto da seca, conheça receitas ideais para essa época
Renata Rios
Geovana Melo*
Publicação:26/07/2019 06:00Atualização: 25/07/2019 18:04
A seca característica da capital chegou mais uma vez com tudo. O tempo de baixa umidade deixa os olhos secos e os lábios rachados em muitos brasilienses. Para ajudar e melhorar o desconforto, a alimentação é uma aliada durante os meses de estiagem, comidas leves, muitas frutas e muitas verduras são algumas das opções para ajudar a se hidratar.
Para começar o dia, que tal o recém-repaginado Bem te vi. O local que costumava se chamar Ces’t la vie, agora aposta no café da manhã e no lanche, mantendo o bufê variado de almoço. Entre as alternativas que Rodrigo Quintiliano destaca estão os sucos, que chegam às mesas repletos de cores e combinações interessantes. “Sempre tivemos uma boa saída dos sucos, eles são muito bons na seca, pois ajudam bastante a evitar a desidratação e são muito saudáveis”, pondera.
Com uma pegada bem fit, o TNT Fit Fod trabalha com uma alimentação balanceada, com gorduras boas, nada de frituras e muitos sucos. Entre os destaques para os dias secos está o açaí, produto que é orgulho do proprietário do local, Rafael Guimarães. “Fazemos o açaí da forma que o cliente desejar. É um produto tão diferenciado que recebemos de paraenses aqui na casa”, gaba-se.
Nas saladas, uma aposta certa e refrescante nos dias secos, os bufês atendem bem o gosto dos clientes. O formato de montar o próprio prato faz com que o modelo atenda restrições alimentares e até necessidades pontuais. Para evitar cair na mesmice, o chef do Batata Doce Restaurante e Café, Francisco Lindomar Souza, trabalha sempre com muita variedade. “Temos sempre a salada ceasar, por exemplo, que é muito querida pelos clientes”, conta.
Para finalizar, no Noroeste, um novo espaço atende o jovem bairro, além de chegar com uma proposta diferenciada para a cidade. No Espaço Cavaná — Café e bistrô, o cliente encontra mais que comida: os preparos são feitos seguindo a cabala e prometem ser um alimento para o corpo e a alma.
*Estagiária sob supervisão de Igor Silveira
Sucos, em tudo que vejo
Quem vai ao TNT Fit Food encontra mais que uma gastronomia voltada para o mundo dos exercícios. O local aposta em combinações saborosas e saudáveis tanto nos copos quanto nos pratos — tudo em porções fartas. Entre os sucos, o de melancia com maracujá (R$ 7,90, o pequeno; R$ 10,90, o grande) aposta em uma fruta com muita água para a bebida, que contrasta o doce da melancia com o azedo do maracujá.
Entre as alternativas que atendem bem o público da casa, está o açaí, que pode ser servido em três tamanhos: pequeno, com 300ml (R$ 13,90), médio, com 500ml (R$ 16,90), e grande, com 800ml (R$ 23,90). “Aqui, fazemos o açaí do jeito que o cliente escolher. Pode ser puro, com xarope, com banana, com os dois”, garante Rafael Guimarães, proprietário do local. Ele ainda explica que o preparo é muito bom para quem precisa de energia, um pré-treino, por exemplo.
Já entre as refeições, o Beta integral, um filé-mignon grelhado (R$ 32,90, com 200g; ou R$ 24,90, com 100g), com salada verde, arroz-cateto integral, purê de abóbora e macarrão integral atende bem uma refeição em período de seca. Na casa, o cuidado com a forma de preparo torna o prato melhor para ser consumido durante a época, por exemplo, o filé é feito no azeite, uma gordura mais saudável.
Os sucos não passam despercebidos no TNT Fit Food
Salada de fruta
As saladas de frutas são alternativas saudáveis e refrescantes para a sobremesa ou para o lanche. O restaurante Girassol oferece um mix de maçã, manga, banana, mamão, quiuí e tâmaras secas (R$ 6,90). As frutas são acompanhadas por um creme de castanha-de-caju crua, água de coco verde, óleo de coco e baunilha.
Rayanne Taveira, uma das proprietárias do restaurante, explica: “É uma ótima opção de sobremesa ou lanche: leve, refrescante e saborosa, sem lactose, sem açúcar e com alto valor nutricional”. “A salada de frutas é feita diariamente no estabelecimento”, acrescenta.
O creme de castanhas é o carro-chefe do prato e faz ele se destacar em meio as saladas de frutas tradicionais, além de substituir as caldas tradicionais como o leite condensado. Outro diferencial do prato é a água de coco, que além de acrescentar no sabor, é extremamente refrescante.
A tradicional e clássica salada de frutas é uma boa alternativa
Algo mais
Quando Rodrigo Quintiliano decidiu renovar o Ces’t la vie em um espaço acolhedor, de gastronomia brasileira, bom atendimento e programação cultural rica, a ideia foi manter a simplicidade e a boa gastronomia. Unido todas essas características, surgiu o Bem te vi. A casa aposta com tudo nos lanches e cafés da manhã, tudo com muitas cores, frescor e bem mineiro.
No local, o proprietário sugere que o cliente escolha preparos que agradem o paladar e casem com o momento escolhido. “Os sanduíches são uma boa alternativa para o lanche da tarde, temos duas opções ótimas para a seca: o Pau-ferro (R$ 25) de abobrinha com cream cheese e mel e o Abacateiro (R$ 25) de caponata de berinjela, creme de abacate e broto de feijão”, sugere. Outra opção muito bem-aceita durante as baixas umidades são as saladas, entre as quais é possível encontrar a receita com frutas. “Temos a Caliandra (R$ 22), opção com frutas e hortelã na receita. Fica muito refrescante”, pontua.
Vale também checar as opções na tigela. Além de alternativas de açaí, o menu conta com iogurtes artesanais, um exemplo é o Seriema (R$ 20) — iogurte artesanal com morango, banana, maçã e açúcar mascavo. Rodrigo ainda explica que mesmo antes da renovação, os sucos eram muito fortes no local. “Atualmente temos opções de shakes, smoothies, sucos, sucos especiais, cafés e chás. Isso é um atrativo para o cliente, que conta com muita variedade”, pondera. “No caso dos sucos ainda é possível pedir o copo, com 300ml por R$ 6; ou a jarra, com 1 litro, por R$ 18”, complementa.
As novas opções do menu atendem bem lanches e cafés da manhã
Culinária peruana
O ceviche é uma receita peruana que já caiu no gosto dos brasileiros. O prato feito a base de peixe fresco e limão ou lima pode ajudar os brasilienses a se hidratarem neste período seca, sem deixarem de apreciar uma ótima comida. “É uma preparação que tem um alto valor energético. Contém vitamina C e D, além de fósforo, ferro e ômega 3”, revela o chef do restaurante Taypá, Marco Espinoza.
Um dos carros-chefes do Taypá são os ceviches. Atualmente, a casa possui sete opções do prato no cardápio, são eles: Ceviche clássico (R$ 63,50), Ceviche Criollo (R$ 78,20), Ceviche Nikkey (R$ 67,70), Ceviche 9 anos (R$ 77,70), Ceviche de pulpo (R$ 84,20), El Vegano (R$ 62,50) e o Ceviche Taypá (R$ 82,80).
O Ceviche Clássico feito a partir do peixe fresco e do clássico leite de tigre do Taypá, é acompanhado de cebola, batata doce, milho torrado, milho fresco e alface. “Todos os acompanhamentos também são importantes para a saúde”, afirma o chef peruano. No prato, é evidenciado o gosto do peixe, o ácido do limão e o gostinho da cebola.
Mesmo sendo um prato típico do Peru, há versões mais simples ou mais sofisticadas, e até mais abrasileiradas do clássico. “É um prato tradicional peruano, mas cada cozinheiro tem seu jeito de fazer. É um prato que tem muitos anos de histórias e diversas variações. No Taypá, por exemplo, temos uma versão vegana”, conta o chef.
Ceviche é uma ótima opção para os amantes de frutos do mar
Frescor e variedades
Quem procura se alimentar de maneira saudável acaba descobrindo nos bufês a quilo uma boa alternativa. No Batata Doce, a variedade chama a atenção, são diversos preparos, que oferecem praticidade ao comensal. “Procuramos variar bem, para atender desde quem quer uma comida de casa até quem está com alguma dieta”, informa o chef da casa, Francisco Lindomar Souza.
Ele procura sempre inovar no bufê oferecido (R$ 56,90, o quilo). “Trabalhamos com saladas, carne vermelha, carne branca, churrasco, frutas, verduras cruas, cozidas e no vapor. São muitas opções, para o cliente montar o prato da melhor forma”, explica Lindomar, que sugere para os dias secos algum dos peixes oferecidos na casa, como a moqueca baiana, a moqueca capixaba, o tambaqui assado ou a tilápia grelhada.
Lindomar destaca que entre os preparos mais consumidos na seca estão as saladas. “Procuro fazer algumas versões de saladas diferentes, bem gostosas, para atender quem vem comer sempre, não cair na mesmice”, explica o chef, que sugere três alternativas que são apresentadas no bufê: a caesar salad — com alface-americana, tomates-cereja, molho e queijo coalho ralado; a salada com camarões — com folhas, vagem fresca, grão-de-bico, ervilha, pimentão, repolho, acelga e camarões; ou ainda a salada de macarrão com kani — que inclui macarrão parafuso, kani, brócolis, tomate seco, tomate-cereja, alface, azeitona e cenoura.
Café colonial
A partir de agosto, o Batata doce vai oferecer o café colonial. A proposta é um bufê repleto de alternativas para um café da manhã delicioso. Entre as opções, frutas, sanduíches, ovos mexidos, omelete, salsicha, salgados fritos e assados, folheados e muitas alternativas.
Saladas, frutas e verduras compõem o bufê do Batata Doce
Tempero milenar
Na gastronomia árabe, os insumos frescos marcam a cultura milenar. Além de muito saudáveis, os preparos costumam ser refrescantes, com pouco sal, mas sem deixar de lado o tempero, a base de especiarias. É nessa cozinha que o Ganoush Sabor Árabe aposta. “É uma comida com os temperos bem presentes, mas sem ficar salgada”, explica o gerente do local, Rafael Farias.
Entre as receitas, a salada árabe mais famosa é o tabule. “O tabule é feito com tomate, cebola, pepino, trigo, salsa, azeite e limão. É uma receita refrescante, com tudo cru, é ótima para a época da seca”, sugere Rafael.
Outra receita que arrebata corações é o quibe cru (R$ 11,90, com 150g). “Essa receita utiliza patinho moído, que é uma carne bem magra. Fica agradável, bem temperado. É uma delícia”, garante o gerente. Já a favorita da casa é o húmus. Receita clássica árabe agrada crianças e adultos, além de ser muito saudável. “Fazemos essa pasta com o grão-de-bico cru. É um processo longo de mais de oito horas hidratando o grão para depois processá-lo, até formar a pasta”, detalha.
As alternativas árabes funcionam bem como um tira-gosto para o happy hour
Cozinha orgânica e saudável
Durante a seca, é essencial se hidratar. No Bhumi, a maioria dos sucos (entre R$ 10,90 e R$ 12,90) são feitos de frutas e água de coco, e são excelentes para o tempo que atinge Brasília neste mês de julho. O suco de melancia é uma boa pedida e leva água de coco, gengibre e canela. “É uma fruta majoritariamente composta de água, de baixa caloria e de muitos elementos nutritivos”, afirma Gilberto Costa, proprietário do restaurante Bhumi.
Para acompanhar a bebida, o prato Árabe Vegan Bowl (R$ 37,90) é uma excelente combinação. O prato é composto por uma salada de tomate e pepino, kibes de lentia com quinoa (os protagonistas da refeição), abóbora assada, coalhada de castanhas e amêndoas laminadas. “A gente existe para servir alimentação saudável, quando se trata de comida desse tipo, elas quase se adaptam a qualquer estação”, conta Gilberto.
O Bhumi oferece opções saudáveis durante o ano todo
Gastronomia da alma
O Noroeste é um bairro novo na capital, que, aos poucos, começa a receber estabelecimentos. Entre os comércios, o lugar ganhou um espaço diferenciado, com proposta única na capital. Se trata do Espaço com Cavaná — Café e bistrô, um local que une a cabala à gastronomia. “Na cabala, os alimentos têm um significado muito forte. Ele é para o corpo e para a mente”, explica Enilce Versani, sócia do espaço.
No térreo, o comando das caçarolas fica por conta da chef Mirian Brito, que não esconde a empolgação do novo projeto. “Nossa ideia foi de um menu leve, com alternativas vegetarianas e veganas. A ideia é oferecer preparos que, por mais que causem um estranhamento, são muito bem-aceito”, pontua a chef. No menu, ele destaca a salada de quinoa (R$ 25): “uma alternativa boa para a seca”. Repolho roxo, quiuí, manga, lascas de amêndoas, cubos de laranja, suco e raspas de limão, quinoa, alface e romã compõem o preparo.
Na sobremesa, chama a atenção o pudim de chia (R$ 18). A receita, que gera a princípio um estranhamento, mas logo que é provada, ela se consagrada como deliciosa. As sementes de chia servidas no leite de coco e açúcar mascavo são cremosas e com a textura leve. Por cima, o creme de manga, gengibre e limão entra com doçura e frescor em forma de calda. “Essa receita oferece um bom balanço de sabores”, promete Mirian. Para beber, a dica é o Gim tônica com café (R$ 29), uma bebida refrescante à base de gim, água tônica, café espresso e gelo.
A chef Mirian Brito ajudou Enilce Versani a montar o Espaço com Cavaná - Café e bistrô
Sorvete de frutas
Sorvete é sempre uma opção para os dias secos enfrentados pelos brasilienses. No entanto, quanto mais saudável, melhor. O sorbê uma versão do gelado feito à base de frutas, água e açúcar, mas que não perde a cremosidade. “Na Sorbê metade dos sabores são de frutas feitos com água e o restante são cremosos, como os chocolates e tapioca”, revela a proprietária da Sorbê, Rita Medeiros.
Uma opção para os clientes que pretendem se deliciar na sorveteira é o sorvete de Manga com Wasabi (R$ 10 a bola, aproximadamente 100g). A combinação aparentemente improvável faz sucesso entre os clientes e reverbera um sabor incrível. “A gente gosta muito de usar tempero nos sorbês, a gente usa o alecrim, a canela, o cravo, o wasabi e muitos outros”, assume Rita. “O sabor da fruta é o que mais se destaca, o sorbê é muito denso em ingredientes, vai muita polpa de fruta”, completa.
A Sorbê busca valorizar os frutos do cerrado e utiliza essas frutas na produção de alguns sorbês. A gente renova nossos sabores todos os dias. Nem sempre está na loja o de Manga com Wasabi, às vezes no lugar fica o de Manga com maracujá, varia muito, a gente não tem uma rigidez de sabores na nossa vitrine, variamos quase todos os dias”, conta Rita.
Sorbê pode ser um refresco para os brasilienses
Onde comer
Batata Doce Restaurante & Café
(SIG, Q. 4, lt 125 e 175, Bl. A, lj 23 e 24, Capital Financial Center, térreo; 3711-5151), aberto de segunda a sexta, das 7h às 22h; sábado, das 7h às 17h.
Bem te vi - restaurante, café e algo mais
(408 Sul, Bl. A, lj 5; 3244-6353), aberto segunda, das 11h30 às 15h30; de terça a domingo, das 9h às 22h.
Bhumi Cozinha Orgânica e Saudável
(113 Sul, Bl. D lj 33 e 34; 3345-0046), aberto segunda a sábado, das 8h às 22h; domingo, das 8h às 16h.
Espaço Cavaná — Café e bistrô
(CRNW 510 Bl. B lt 2 lj 9, Noroeste; 99646-7242), aberto de terça a quinta, das 16h às 22h; sexta, das 16h às 23h; e sábado e domingo, das 9h às 16h.
Ganoush Sabores Árabes
(109 Norte, Bl. C, lj 31; 3554-8786), aberto de segunda a quinta, das 11h às 1h; sexta e sábado, das 11h às 2h; domingo, apenas delivery, das 18h às 0h.
Girassol
(409 Sul, Bl. B, ljs. 15/16; 3242-1542), aberto de segunda a sexta, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 15h30.
Sorbê Sorvetes Artesanais
(405 Norte Bl. C lj.41; 3447-4158), aberto de segunda a domingo, das 11h às 19h.
Taypá
(QI 17, Comercial, Bl. G, lj 208/210, Fashion Park; 3248-0403), aberto de segunda a sexta, das 12h às 15h e das 19h à 0h; sábado, das 12h às 16h e das 19h à 1h; domingo, das 12h às 16h.
TNT Fit Food
(307 Norte Bl. E, lj ; 3968-5122) e (CLSW 301, Bl. C, lj 14; 3257-2777), aberto de segunda a sexta, das 12h às 22; sábado, das 12h às 19h.