Companhia de teatro mineiro Luna Lunera apresenta espetáculos inéditos em Brasília
A companhia mineira Luna Lunera apresenta na Caixa os espetáculos Cortiços e Nesta data querida, inéditos em Brasília
Caroline Maria
Publicação:05/07/2013 06:16Atualização: 04/07/2013 17:17
A Cia. Luna Lunera ganhou o público brasiliense desde a apresentação de Aqueles dois (2007), durante a 10ª edição do Cena Contemporânea. A emoção gerada pelo espetáculo garantiu, anos depois, o retorno dos espectadores às sessões de Prazer, que esteve em junho na cidade, sem o mesmo impacto, mas coerente com a proposta do grupo. Em comemoração a uma década de estrada, a companhia traz para a Caixa Cultural duas peças inéditas em Brasília: Cortiços (2008), de sexta (5/7) a domingo (7), baseada em O cortiço, a principal obra naturalista do escritor Aluísio Azevedo, e Nesta data querida (2003), que inaugurou o atual processo colaborativo, marca registrada do coletivo.
“Quem conhece o livro vai reconhecer as questões e se deliciar com imagens e detalhes que remetem às histórias. Quem não conhece vai receber uma leitura sobre a obra”, conta o ator e membro-fundador da companhia Cláudio Dias. A água, que preenche 1.200 garrafas pet em cena, foi escolhida como símbolo para expor três núcleos de personagens: o dono do cortiço, João Romão, e a escrava Bertoleza; o casal de portugueses Jerônimo e Piedade, desestabilizados por Rita Baiana; e a menina Pombinha, à espera da menstruação, que projeta no casamento a saída do cortiço.

Apresentada de hoje a domingo, Cortiços é fruto de uma década da Cia. Luna Lunera nos palcos
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O espetáculo Cortiços parte para uma investigação mais corporal e imagética, com direção do bailarino e coreógrafo mineiro Tuca Pinheiro, posicionando os movimentos no centro da criação. As personagens foram desenhadas a partir de jogos corporais, com dinâmicas projetadas desde o esqueleto até a pele. A trama, assim como no livro, contempla duas linhas de conduta: a problemática social e as questões individuais e sentimentais. “Quem conhece o livro vai reconhecer as questões e se deliciar com imagens e detalhes que remetem às histórias. Quem não conhece vai receber uma leitura sobre a obra”, conta o ator e membro-fundador da companhia Cláudio Dias. A água, que preenche 1.200 garrafas pet em cena, foi escolhida como símbolo para expor três núcleos de personagens: o dono do cortiço, João Romão, e a escrava Bertoleza; o casal de portugueses Jerônimo e Piedade, desestabilizados por Rita Baiana; e a menina Pombinha, à espera da menstruação, que projeta no casamento a saída do cortiço.