Pela primeira vez em Brasília, espetáculo exibe vida de mulher abandonada
A peça é uma coletânea das histórias narradas pela norte-americana da poeta Dorothy Parker
No manual didático e com tom tragicômico, Birolli é Alice, uma mulher abandonada pelo namorado em pleno sábado à noite. Nada mais justo do que desabafar com o manicure e amigo Celinho antes de ir a uma boate e conhecer Everton (ambos interpretados pelo ator Alex Barg).
Ficou a cargo do diretor Ruiz Bellenda a tarefa de transformar em peça os textos de humor ácido de Dorothy Parker, que fez críticas afiadas em prol da igualdade de direitos civis e ao papel feminino na sociedade.
Assim como Alice, Birolli já se viu diante de situações que deixam inquietas qualquer mulher, como esperar a ligação de um pretendente. Porém, quando se trata de relacionamentos, a atriz acredita que muitas já não esperam a iniciativa masculina. “Somos livres para escolher como queremos agir em relação ao amor”, afirma a atriz.
Duas perguntas para Adriana Birolli
Você já se identificou com alguma das situações vividas por Alice, sua personagem no espetáculo?
Quem nunca ficou esperando alguém ligar e o telefone não toca? Acho que essa é a cena mais comum de se ver no cotidiano desse momento delicado de espera pelo amor. A espera de um telefonema, ele diz que vai ligar e o telefone não toca... Será que é hora de tomar uma atitude ou é o momento de esperar? Esse dilema é colocado já na primeira cena do espetáculo.
Mesmo considerada uma peça de humor, o Manual... traz reflexões sobre relacionamentos?
Sem dúvida! A comédia sempre teve a função de trazer questões importantes à sociedade, e é isso que nós fazemos também. Nos divertimos com as situações, mas elas também nos fazem refletir.