Exposição no Museu Nacional apresenta ideias sobre a diversidade cultural
Mostra de Denise Camargo rompe estereótipos a respeito dos ritos afro-brasileiros e propõe debate sobre a diversidade do Brasil
As fotografias são acompanhadas por textos, por uma trilha sonora composta especialmente para o projeto, além de vídeos e um ambiente interativo, com o objetivo de ser acessível também a pessoas com deficiência visual, que receberão aparelho de audiodescrição das imagens. “Meu registro será imaginado por eles. É uma troca interessantíssima e enriquecedora para os dois lados”, diz Denise.
As lentes da fotógrafa adentram o espaço mítico-ritual do candomblé e revelam o processo de criação da artista no território sagrado dos ritos. “Parti da premissa de que o território sagrado dessas cerimônias é um espaço de experiência, de imersão cultural, de contemplação e de respeito ao acervo de saberes”, detalha. O resultado do trabalho surpreendeu até a própria fotógrafa, que sempre pensou em tirar o tema do lugar comum. “Em geral, o que se clica são os rituais públicos, que são lindos. Mas a minha proposta é reflexo de uma convivência, um mergulho, uma permissão. Quis acrescentar algo àqueles que não conhecem o candomblé e lancei mão de uma luz singular para não tornar o registro fotográfico tão óbvio.”
E o silêncio nagô calou em mim
Até 30 de novembro, no Museu Nacional dos Correios (SCS, Q.4, Bl. A, Ed. Apolo; 3426-2955). De terça a sexta-feira, das 10h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h. Entrada franca. Classificação indicativa livre.
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- 18/10/2013
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