Crítica da peça Duas vezes um quarto: Texto desperdiçado em montagem fraca
Escrito e dirigido por Marcelo Pedreira, espetáculo conta com Carla Marins, José Karini, Guta Ruiz e Lucas Gouvêa no elenco
Diego Ponce de Leon
Publicação:25/07/2014 06:03Atualização: 25/07/2014 15:25
Há uma dificuldade logo de cara em Duas vezes um quarto: acompanhar duas peças serem apresentadas simultaneamente. À esquerda do palco, Carla Marins e José Karini vivem, respectivamente, uma prostituta e um cliente em A dama da Lapa. No lado direito, Guta Ruiz e Lucas Gouvêa interpretam uma modelo e um escritor em Dilúvios em tempo de seca. Ambas escritas e dirigidas por Marcelo Pedreira.
O que poderia ser intransponível funciona até bem. Acompanhar os dois lados do espetáculo não configura tarefa impossível. Os problemas não estão aí. O texto, embora bem escrito e fluído, falha na falta de uma real catarse e acaba por entediar o espectador.
A fraca atuação do elenco (que encontra alguma luz em Carla, mas que fracassa ao repetir clichês de interpretação) não favorece o clima de desânimo na plateia, que ainda precisa encarar certo grau de moralismo. Em determinada cena, por exemplo, o personagem de Lucas toma banho de cueca, o que não parece fazer muito sentido. Mas, em Duas vezes um quarto, nada faz. Pelo menos, nesse aspecto, é coerente.
Entre os poucos atributos do espetáculo, a trilha sonora se destaca
O que poderia ser intransponível funciona até bem. Acompanhar os dois lados do espetáculo não configura tarefa impossível. Os problemas não estão aí. O texto, embora bem escrito e fluído, falha na falta de uma real catarse e acaba por entediar o espectador.
A fraca atuação do elenco (que encontra alguma luz em Carla, mas que fracassa ao repetir clichês de interpretação) não favorece o clima de desânimo na plateia, que ainda precisa encarar certo grau de moralismo. Em determinada cena, por exemplo, o personagem de Lucas toma banho de cueca, o que não parece fazer muito sentido. Mas, em Duas vezes um quarto, nada faz. Pelo menos, nesse aspecto, é coerente.