Brasília-DF,
25/ABR/2024

Em cartaz no Teatro Dulcina, peça Desbunde provoca quebra de paradigmas

O espetáculo questiona o sistema e, a partir da arte, experimentar doses de liberdade

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Diego Ponce de Leon Publicação:28/11/2014 06:45
Personagens criados por Sérgio Maggio experimentam doses de liberdade
 (Sartoryi/Divulgação)
Personagens criados por Sérgio Maggio experimentam doses de liberdade

Se você for do tipo recatado, daquele que enrubesce ao escutar a palavra “sexo”, Desbunde irá lhe constranger. Ótimo. Uma das funções do teatro é justamente arrancar a plateia de uma posição confortável e  provocar quebra de paradigmas. E, como as cadeiras do Teatro Dulcina não são lá as mais aconchegantes, melhor abandonar o assento de vez e se juntar ao clima de celebração.

A partir da vivência de uma vedete mentora (Tullio Guimarães), quatro garotas (interpretadas por rapazes) dançam e cantam ao som de uma trilha impecável (que vai de Ângela Maria a Lorde), em plena ditadura militar. A ordem é questionar o sistema e, a partir da arte, experimentar doses de liberdade. Um anseio ainda atual para quem vive de palco.

Sem pudor e no salto alto, o elenco convida o público para uma grande festa, pautada por risos, aplausos e alguns dramas — afinal, a vida (“como ela é”) é repleta deles. Fica o pedido, no entanto, para que o espetáculo ocupe outros espaços. No Dulcina, Desbunde está em casa. Sair da zona de conforto faria bem à produção e arremataria outros espectadores. Talvez, exatamente aqueles que mais precisam desbundar. E aí? Vamos “bater cabelo”?

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