Musical sobre Cássia Eller trata superficialmente os dramas da carreira da cantora
A peça parece um mero resultado dessa afirmação mercadológica que instituiu que os musicais geram renda
Diego Ponce de Leon
Publicação:12/12/2014 06:59
Com ingressos esgotados e uma calorosa recepção pública, o leitor deve estar se perguntando o porquê dessa tímida cotação. Cabe à crítica o fardo de uma análise mais técnica, e nem sempre emotiva.
Assim, as ressalvas em relação ao musical que homenageia nossa querida Cássia são muitas. Primordialmente, o espetáculo parece sofrer de uma preguiça infindável. A dramaturgia pouco ousa e prefere ares didáticos (até colegiais) para contar a história da cantora.
Mais uma vez — como se repete na grande maioria das biografias — os grandes dramas que permeiam a trajetória da artista são tratados apenas superficialmente e a possibilidade de melhor conhecermos a personalidade rebelde dessa menina mulher se esvai.
O diretor João Fonseca (de Cazuza) não erra a mão, mas já teve melhores momentos. A peça parece um mero resultado dessa afirmação mercadológica que instituiu que os musicais geram renda. Os ingressos esgotados que o digam.
Por fim, tudo descrito acima esbarra na presença de Tacy de Campos que, realmente, faz um belo trabalho, assim como a banda. A emoção do público, no entanto, é mérito da própria Cássia. É ela quem vale o programa.
Cássia Eller — O musical
De João Fonseca e Vinicius Arneiro. No Teatro I do CCBB (SCES, Trecho 2). Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 19h. Segunda, às 20h. Até 26 de janeiro. Ingressos a R$ 10 (inteira), somente para sessões em janeiro. Não recomendado para menores de 14 anos.

A direção musical de Lan Lan é um dos destaques do espetáculo
Com ingressos esgotados e uma calorosa recepção pública, o leitor deve estar se perguntando o porquê dessa tímida cotação. Cabe à crítica o fardo de uma análise mais técnica, e nem sempre emotiva.
Assim, as ressalvas em relação ao musical que homenageia nossa querida Cássia são muitas. Primordialmente, o espetáculo parece sofrer de uma preguiça infindável. A dramaturgia pouco ousa e prefere ares didáticos (até colegiais) para contar a história da cantora.
Mais uma vez — como se repete na grande maioria das biografias — os grandes dramas que permeiam a trajetória da artista são tratados apenas superficialmente e a possibilidade de melhor conhecermos a personalidade rebelde dessa menina mulher se esvai.
O diretor João Fonseca (de Cazuza) não erra a mão, mas já teve melhores momentos. A peça parece um mero resultado dessa afirmação mercadológica que instituiu que os musicais geram renda. Os ingressos esgotados que o digam.
Por fim, tudo descrito acima esbarra na presença de Tacy de Campos que, realmente, faz um belo trabalho, assim como a banda. A emoção do público, no entanto, é mérito da própria Cássia. É ela quem vale o programa.
Cássia Eller — O musical
De João Fonseca e Vinicius Arneiro. No Teatro I do CCBB (SCES, Trecho 2). Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 19h. Segunda, às 20h. Até 26 de janeiro. Ingressos a R$ 10 (inteira), somente para sessões em janeiro. Não recomendado para menores de 14 anos.