Ficção e realidade se confundem no roteiro do espetáculo 2 ficções
A peça conta com Fernanda Stefanski, Mariah Amélia Farah no elenco e está em cartaz no Teatro da Caixa
Vinicius Nader
Publicação:10/04/2015 07:40
Logo ao entrar no Teatro da Caixa, o público de 2 ficções é encaminhado ao palco. É de lá que ele assiste ao espetáculo que traz a companhia Hiato de volta a Brasília.
Os risos nervosos e os comentários de “tomara que eles não me peguem para entrar em cena” tomam conta da plateia que logo percebe que não é dessa maneira que participaremos do jogo. Sem a quarta parede, invadimos cada cena sem que isso signifique momentos constrangedores para não atores.
Com referência explícita a A gaivota, de Tchecov, o texto segue como uma espécie de compilação de memórias inventadas e inacabadas nas quais ficção e realidade se confundem. O fazer teatro está escancarado, sem segredos. E nos dá a confortável certeza de que a vida, se peça fosse, não terminaria no aplauso final. Continuaria nas reflexões despertadas na plateia.

Elenco homogêneo é destaque em montagem da cia. Hiato em cartaz no teatro da Caixa
Logo ao entrar no Teatro da Caixa, o público de 2 ficções é encaminhado ao palco. É de lá que ele assiste ao espetáculo que traz a companhia Hiato de volta a Brasília.
Os risos nervosos e os comentários de “tomara que eles não me peguem para entrar em cena” tomam conta da plateia que logo percebe que não é dessa maneira que participaremos do jogo. Sem a quarta parede, invadimos cada cena sem que isso signifique momentos constrangedores para não atores.
Saiba mais...
Sim, tudo em 2 ficções faz parte de um jogo que começa ao ouvirmos o aquecimento de voz do linear e competente elenco. A ação começa com uma espécie de leitura dramática — prática a que o brasiliense infelizmente não está muito acostumado — do texto de uma peça autobiográfica e inacabada. “Um espetáculo teatral doméstico”, nas palavras do próprio leitor, interpretado pelo também diretor Leonardo Moreira.Com referência explícita a A gaivota, de Tchecov, o texto segue como uma espécie de compilação de memórias inventadas e inacabadas nas quais ficção e realidade se confundem. O fazer teatro está escancarado, sem segredos. E nos dá a confortável certeza de que a vida, se peça fosse, não terminaria no aplauso final. Continuaria nas reflexões despertadas na plateia.