Brilho de uma atriz: Deborah Evelyn se destaca na peça Hora Amarela
Dona completa do jogo, a atriz brilha por si e pelo outros atores do elenco
Vinicius Nader
Publicação:05/06/2015 08:17Atualização: 05/06/2015 10:32
Uma Nova York sitiada por uma guerra sangrenta. Uma mulher confinada a seu porão sem água, com pouca energia elétrica e quase nenhuma comida restante. Como uma portuguesa à espera eterna de dom Sebastião, Helen (Deborah Evelyn) se prende à esperança de que o marido que partiu há mais de 50 dias voltará são e salvo e com mantimentos.
O enredo de Hora amarela, espetáculo que cumpre temporada no CCBB até 21 de junho, tem de tudo para ser contundente e forte. Mas o bom teatro busca seu alicerce no texto. E é justamente aí que está a maior fragilidade da peça de Adam Rapp traduzida por Isabel Wilker e dirigida pela experiente Monique Gardenberg (dos excelentes Baque e Inverno da luz vermelha, também de Rapp).
Além de traduzir e produzir, Isabel Wilker atua, dando vida a Maud, mulher que leva uma criança para que Helen troque por dinheiro e comida. A personagem forte fica cada vez menor nas mãos de uma Isabel pouco inspirada e muito fragilizada. Assim como ela, Darlan Cunha acaba decepcionando como o menino ingênuo que Helen recebe em troca do bebê. Michel Bercovitch, Daniel Infantini e Daniele do Rosario são corretos.
Apenas Deborah Evelyn brilha. E, dona completa do jogo, brilha por si e pelo outros. Inspirada, a atriz dá conta de uma personagem que começa lúcida e passa por vários momentos de transtorno. Um grande papel para uma grande intérprete.
Serviço
Hora amarela
De Adam Rapp, direção de Monique Gardenberg, com Deborah Evelyn, Isabel Wilker, Darlan Cunha e grande elenco. No Centro Cultural Banco do Brasil. Até 21 de junho, de quinta a sábado, às 21h, domingo, às 20h. Ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Não recomendado para menores de 16 anos.

Isabel Wilker dá vida a Maud, mulher que leva uma criança para que Helen (Deborah) troque por dinheiro e comida
O enredo de Hora amarela, espetáculo que cumpre temporada no CCBB até 21 de junho, tem de tudo para ser contundente e forte. Mas o bom teatro busca seu alicerce no texto. E é justamente aí que está a maior fragilidade da peça de Adam Rapp traduzida por Isabel Wilker e dirigida pela experiente Monique Gardenberg (dos excelentes Baque e Inverno da luz vermelha, também de Rapp).
Além de traduzir e produzir, Isabel Wilker atua, dando vida a Maud, mulher que leva uma criança para que Helen troque por dinheiro e comida. A personagem forte fica cada vez menor nas mãos de uma Isabel pouco inspirada e muito fragilizada. Assim como ela, Darlan Cunha acaba decepcionando como o menino ingênuo que Helen recebe em troca do bebê. Michel Bercovitch, Daniel Infantini e Daniele do Rosario são corretos.
Apenas Deborah Evelyn brilha. E, dona completa do jogo, brilha por si e pelo outros. Inspirada, a atriz dá conta de uma personagem que começa lúcida e passa por vários momentos de transtorno. Um grande papel para uma grande intérprete.
Serviço
Hora amarela
De Adam Rapp, direção de Monique Gardenberg, com Deborah Evelyn, Isabel Wilker, Darlan Cunha e grande elenco. No Centro Cultural Banco do Brasil. Até 21 de junho, de quinta a sábado, às 21h, domingo, às 20h. Ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Não recomendado para menores de 16 anos.