Outros ares: conheça cidades históricas próximas ao DF
No coração de Goiás e pertinho da gente, estão cinco cidades históricas, repletas de curiosidades e prontas para serem exploradas
Pirenópolis, Corumbá, Goiás Velho, Jaraguá e Cocalzinho fazem parte do grupo de cidades que, entre ruas e vielas, casarões e igrejas, contam a história da região que teve origem nos anos de 1700, durante a corrida do ouro.
Algumas mais conhecidas como Pirenópolis e Goiás Velho escondem riquezas culturais ainda pouco conhecidas pelos turistas. Outras não tão famosas, mas não menos interessantes, valem pelo passeio e pelas revelações e descobertas locais.
Pirenópolis
Provavelmente a cidade histórica mais conhecida e frequentada por quem mora em Brasília, Pirenópolis, situada a apenas 150km da capital federal, esbanja charme e opções de lazer. Tombada Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1989, Piri, como é mais conhecida, reúne belezas naturais e culturais.
Caminhar pelas ruas é contemplar uma cidade do século 18 quase intacta. Os passeios pelas igrejas, casarões coloniais e museus aninhados sobre ruas de pedras quartzíticas, são a oportunidade de conhecer e se encantar com a história da cidadezinha goiana.
Gastronomia diversa unindo o tradicional e contemporâneo, é umas características de Piri. Adaptada ao turismo e as demandas que o setor traz, a cidade oferece estabelecimento que servem do tradicionalíssimo arroz com pequi a pratos mais sofisticados como da culinária francesa, por exemplo.
Museu das Cavalhadas
O espaço conta a história das Cavalhadas, uma encenação entre a luta dos mouros e cristãos. Ornamentos, fantasias, fotografias e livros estão no pequeno museu. Funcionamento: (10h as 17h).
Igreja Nossa Senhora do Carmo
A igreja do século 18 funciona hoje como museu e abriga artigos históricos e obras sacras religiosas. Funcionamento: quarta
a domingo (14h às 18h). Entrada: R$ 2,50.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário
Considerada o maior e mais antigo monumento histórico de Goiás, foi restaurada há alguns anos após incêndio. Funcionamento: quinta a segunda (7h às 17h). Entrada: R$ 2.
Fazenda Babilônia
Construída por escravos em fins do século 18, a fazenda conserva casarão colonial e artigos da época. Funcionamento: quinta a domingo (9h às 16h). Entrada: visitação R$ 22 (adulto) R$12 (crianças), visitação e café colonial R$ 78 (adulto) R$ 39 (criança).
Corumbá

Uma das cidades mais antigas do Estado de Goiás, Corumbá, distante 130km de Brasília, conserva as características do patrimônio histórico presente nas ruas da cidade e também na memória da população.
Os casarões com fachadas originais, janelinhas e portas de madeira pintadas pelos pelos próprios moradores, guardam a história das construções centenárias. As apresentações culturais e folclóricas, também mantêm acesa na memória da população e dos turistas, as tradições locais.
Polo de mineração na década de 1930, a cidade atraiu muitos paulistas e portugueses em busca de pedras preciosas. Hoje, os turistas que visitam o local são atraídos principalmente pela imponente cachoeira de 80 metros, localizada na entrada da cidade, e pelo clima interiorano, perfeito para quem quer relaxar.
Igreja Nossa Senhora da Penha de França
Construída pelos escravos, entre 1731 e 1751, a igreja foi feita em um único bloco de madeira, em estilo barroco, esculpida em Portugal e doada à capela, em 1755. Funcionamento: Segunda a domingo. Entrada Franca.
Acervo da Igreja Matriz
O espaço guarda relíquias dos século 18 como; a Nossa Senhora da Penha, do Menino Jesus, e o crucifixo de marfim doado pelos Jesuítas à cidade. Segunda a sexta. Entrada Franca.
Erguida no século 18 por bandeirantes, Vila Boa de Goiás, com era conhecida a cidade, guarda ainda hoje o visual cenográfico da época em que foi a primeira capital do estado e faturava com a exploração do ouro na região.
As margens do Rio Vermelho e as bordas da Serra Dourada, entre becos, casarões coloniais e quintais, alfenins e empadões, está registrada a história de personalidades nacionais, como o escritor Hugo de Carvalho Ramos; o escultor Veiga Valle; e a poetisa e doceira Cora Coralina.
O turismo religioso e cultural vem crescendo, principalmente depois do tombamento pela Unesco. Estudantes e professores também chegam à cidade nos finais de semana para conhecerem a história local.
Museu das Bandeiras
Exibe peças, mobílias e utensílios dos séculos 18 e 19, painéis com a história e percurso dos bandeirantes e a cruz original de Anhanguera. Funcionamento: terça a sábado (9h as 17h) domingo,(9h as 13h). Entrada: R$ 4.
Museu e casa Cora Coralina
A casa onde Cora Coralina nasceu, conta com objetos pessoais como; vestidos, manuscritos, livros, tachos e apetrechos de doceira. Funcionamento: terça a domingo (9h as 16h45). Entrada: R$6.
Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte Construída em 1775, a igreja abriga o maior acervo do escultor barroco José da Veiga Valle, reunindo mais de 100 peças históricas. Funcionamento: terça a sexta, (9h as 17h), sábado ( 8h as 17h); domingo (9h as 13h). Entrada: R$ 4.
Jaraguá

Com quase 300 anos, é o principal polo de confecção de roupas do Centro-Oeste. Além de oferecer aos visitantes variedade na oferta de compras, também conta com construções históricas que exaltam a arquitetura colonial.
O turismo cultural, apesar de ainda pouco explorado é um segmento que vem ganhando espaço e movimentando a economia local. O turismo de aventura e ecológico, no entanto, já é bastante procurado devido a localização dentro do Parque Ecológico da Serra do Jaraguá.
Cocalzinho
O nascimento de Cocalzinho foi impulsionado pela instalação da fábrica de Cimento do Grupo Votorantim na cidade, em 1960, em função da construção de Brasília.
Apesar de ser considerada umas das cinco cidades históricas de Goiás, Cocalzinho, localizada a 110km de Brasília, não conta hoje com centro histórico ativo, mas atrai turistas que buscam a tranquilidade e turismo de aventura.
Cerca por rios e cachoeiras, Cocalzinho, conta muitas belezas naturais, como a Caverna dos Ecos, com 150 metros de profundidade e o maior lago subterrâneo da América Latina.