A montagem coletiva junta textos autorais a escritos de Virgina Woolf e David Ives

Inspirado em um tema complexo como a imprevisibilidade e a inevitabilidade da morte, a peça Fôlego cumpre temporada no teatro Goldoni e leva ao público reflexões a respeito do início da vida, experiências de quase morte e acontecimentos fatais, no quais o fôlego é a primeira e a última ação a ser executada.

A dramaturgia, assinada por Rafael Salmona, apresenta a colagem de produções feitas pelos próprios atores, além de textos de biografias (como a da escritora Virginia Woolf) e de autores consagrados, caso de David Ives.

Os artistas se motivaram pelas seguintes questões: E se nós tivéssemos um mês de vida, e se, nesse mês, fossemos montar uma peça? O que nos mantêm em pé? Nós temos medo da morte?

Durante as conversas entre elenco e diretor, surgiu o assunto sobre a morte, que foi decidido coletivamente como o principal de Fôlego. “Durante a vida cometemos vários tipos de suicídio”, afirma Salmona. O diretor destaca ainda que o grupo fala sobre a morte literal e a metafórica, além dos sentimentos e memórias que são apagados ao longo da vida.

Rafael conta que a cia. Teatro de raia surgiu justamente com o objetivo de possibilitar experimentações cênicas.
“É o nosso primeiro trabalho autoral, abri a proposta para os meninos montarem cenas que  falassem sobre algo que estivessem passando ou sentindo no momento”, conta o diretor.

SERVIÇO

Fôlego
Sala Adolfo Celi do Teatro Goldoni (Casa D’Itália, 208/209 Sul, lt. A; 3443-0606). Hoje e amanhã, às 21h, e domingo, às 20h. Ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Não recomendado para menores de 14 anos.