O festival Porão do Rock começou, em 1998, como uma realização conjunta entre amigos que ensaiavam em um subsolo da comercial da 207 Norte. Hoje, a independente iniciativa se transformou em um dos maiores festivais de rock do país, sendo assistido por mais de 1,1 milhão de pessoas em 18 edições. Com propostas e sonhos semelhantes, o Festival Toma Rock realiza a primeira edição hoje, a partir das 22h, no Amsterdam Street.

 

Para ajudar os organizadores nessa empreitada, três bandas da cena local (Rocan, Na Lata e Ingrena) e os capixabas do Dead Fish foram chamados para dar início ao projeto. “Brasília é uma cidade que anda faltando muito espaço para a música autoral. Quando esse espaço acontece, geralmente é dominado por panelinhas, três ou quatro bandas, o que é uma pena, pois há muitas bandas boas. Esperamos com esse festival começar a mudar isso, e que o público compre a ideia também”, afirmou o vocalista Pedro Negrão, da Rocan.

 

Formada em 2001, a banda, que mistura rock com rap e tem influências de Planet Hemp, Charlie Brown Jr. e Rage Against the Machine, lançou o primeiro disco autoral em 2010, após anos como uma banda cover. “Para a festa de hoje iremos tocar nosso novo single, Nada pode me parar, músicas do nosso disco e alguma surpresa”, adiantou Pedro.

 

Também no espírito independente do Toma Rock, o Dead Fish volta a Brasília com o disco Vitória, lançado no começo deste mês e que contou com a parceria dos fãs, via crowdfunding para acontecer. As 14 faixas contém o tradicional discurso progressista do Dead Fish, com temas sobre a desonestidade, preconceito e hipocrisia.

Festival Toma Rock

Shows de Dead Fish, Rocan, Na Lata e Ingrena. Amsterdam Street 211 (SCRN 211 Bloco D Subsolo). Hoje, às 22h. Entrada: 100 e R$ 50 (meia). Não recomendado para menores de 18 anos. Mais informações: 9638-2323.

LEGENDA: Festival Toma Rock