Brasília-DF,
21/MAR/2025

Zé Celso retorna a Brasília com espetáculo 'Pra dar um fim no juízo de Deus'

O artista provocativo é um dos maiores nomes do teatro brasileiro e relaciona conceitos de infinito, crueldade e consciência no espetáculo

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Diego Ponce de Leon Publicação:15/04/2016 06:10Atualização:14/04/2016 17:36
Trupe do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona vive interpretação radiofônica de  Antonin Artaud (Fernando Lima/Divulgação)
Trupe do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona vive interpretação radiofônica de Antonin Artaud
 
Lá se vão seis anos desde a última vez que o diretor paulista José Celso Martinez Corrêa, ou simplesmente Zé Celso, esteve em Brasília com um trabalho. Nas próximas duas semanas, o brasiliense volta a ter a chance de conferir um dos mais inventivos e controversos nomes do teatro brasileiro. Ele desembarca por aqui com Pra dar um fim no juízo de Deus, peça radiofônica de Antonin Artaud.

No espetáculo, conceitos relacionados ao infinito, à crueldade, à consciência são problematizados em um enredo repleto de provocações sociais e políticas, sob o espectro da atual conjuntura do país, inclusive. Pelo menos aos olhos mais atentos e críticos.

O próprio Zé Celso surge em cena, na companhia dos atores e coro que integram o histórico Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, e dá vida a um dos vários Artauds evocados no enredo. A expressão corporal, como se espera de um espetáculo de Zé Celso, alinha-se a construções dramáticas de enorme intensidade poética.

Acima de tudo, a oportunidade de testemunharmos a força de um artista que subverteu o teatro brasileiro e que, mesmo beirando os 80 anos, ainda faz estragos no ofício cênico.

SERVIÇO
Pra dar um fim no juízo de Deus
De Antonin Artaud. Direção de José Celso Martinez Corrêa. No Teatro da Caixa (SBS Q. 4). Até 24 de abril. De quinta a sábado, às 20h; Domingo, às 19h. Ingressos a R$ 10 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 18 anos.

Você sabia?
Somente pelas montagens de Pequenos burgueses (1963), O rei da vela (1967) e Na selva das cidades, Zé Celso já seria capítulo à parte do teatro nacional. O espetáculo O rei da vela, de Oswald de Andrade, clássico maior dos nossos palcos, foi uma das principais obras do movimento tropicalista e provocou intenso debate social em plena ditadura.

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