Poética indígena em exposição
Nova exposição idealizada por Bené Fontelles aborda a poesia e o lado poético dos índios e dos aborígenes
Publicação:22/04/2016 07:30
As culturas indígena e aborígene são o foco de Armadilhas indígenas, idealizada pelo coordenador do Movimento Artistas pela Natureza, Bené Fonteles. A mostra tem objetivos maiores do que apenas homenagear o povo indígena, pois, segundo o curador, existe ainda uma grande necessidade de manter viva a cultura aborígene.
“A exposição não tem cunho apenas poético e estético, mas também político, pela necessidade de denunciar uma grande parte da população que quer tornar o índio cada vez mais invisível”, explica Bené.
A mostra promete uma reunião de artistas de grande importância na cena contemporânea, produzindo um dialogo provocativo e transversal com as obras.
Outro foco será enfatizar a grande influência dos povos indígenas na cultura brasileira dos séculos 20 e 21. “Desde a Semana de Arte Moderna de 1922, os artistas compreenderam que a contribuição indígena cultural era muito grande. De lá pra cá as influências foram aderidas aos poucos, mas crédito nenhum é dado a eles”, comenta.
As obras fazem parte de duas coleções do acervo do Museu de Arte de Brasília (MAB), que conta com contribuições de artistas como Gil Vicente, Rubem Grillo, Athos Bulcão e Amílcar de Castro.
Serviço
Armadilhas indígenas
Memorial dos Povos Indígenas (Eixo Monumental Oeste, Praça do Buriti, em frente ao Memorial JK; 3342-1157). Até 19 de junho. De terça a sexta, das 9h às 17h; e sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h. Entrada franca. Classificação indicativa livre.