Mais do que um lazer ou um show acrobático, a patinação artística hoje é um esporte olímpico. A prática exige determinação, força, equilíbrio e muito treino. Tudo isso sem perder a plasticidade de vista. Afinal, além de esporte, é uma arte.

Dos 21 anos de Carolina Côrtes, 10 foram dedicados à patinação artística. Tudo começou quando Carolina foi assistir a um espetáculo com a mãe. “Eu sempre fiz dança. Um dia minha mãe me levou para assistir a um espetáculo de patinação, no Teatro Nacional. Depois daquele dia, pedi para que ela me levasse para praticar”. Atualmente, Carolina faz parte da equipe que representará o Brasil no Pan Americano de Patinação Artística, no fim de junho. Além disso, o mesmo grupo já venceu o campeonato brasileiro e conquistou a vaga para o mundial na China. O sonho de representar o Brasil no oriente não se concretizou por falta de patrocínio.

Dhara Gomes, 18 anos, conta que os benefícios que o esporte trouxe ultrapassam o lazer e a prática profissional e agregam diferentes campos que são trabalhados. “Ganhei muito mais resistência e melhorei muito minha alimentação. Você precisa ter uma dieta certa porque você perde muita energia e massa muscular nos treinos”, afirma.
Além das vantagens físicas, Dhara acredita que outros problemas foram resolvidos com a patinação. “Eu sou hiperativa. Desde pequena fui assim. Mas a patinação trabalhou tanto minha mente, que me tornei cada vez mais tranquila e concentrada”, conta.

Os ensinamentos sociais e construtivos da patinação são importantes para qualquer praticante, independentemente da idade. “Corpo, postura, elasticidade, força e noção corporal são melhoradas. Mas, o principal pra mim é que aprendemos a cair e levantar, colocar o sorriso no rosto e ter a persistência de repetir e alcançar os objetivos”, filosofa Carolina.

ONDE PRATICAR

Associação Atlética
Banco do Brasil
SCES Sul 2 17; 3324-5207). Mensalidade a partir de R$ 212,55 (não sócio) e R$ 152,55 (sócio), com duas aulas semanais.

Você sabia?
A patinação artística nasceu originalmente no gelo e depois foi adaptada para ser feita sobre rodas. Em 1750, o belga Joseph Merlin, inventor dos patins com rodas, tinha uma segunda paixão, era violinista. Para estrear o invento, Merlin entrou no salão de uma festa, tocando um violino e deslizando sob as rodas.