Peça de teatro resgata a imagem do contador de histórias viajante
'A baba da pintada' instiga a criançada que gosta de aventura e magia
Publicação:19/08/2016 07:03

Wellington Abreu se baseou em Dario Fo para contar a história de uma onça- pintada
Criar imagens através da palavra é o que Wellington Abreu faz para viver. E neste fim de semana ele contará uma história lúdica sobre uma onça-pintada e um homem que se tornou o cozinheiro particular dela, em A baba da pintada.
Inspirada em uma história do italiano Dario Fo, a peça resgata a imagem do contador de histórias viajante, dos menestréis de antigamente.
Utilizando a estética da Commedia Dell’Art, Wellington assumiu para si o papel de contador errante e já levou a história da onça para a África e para os Estados Unidos. E foi essa necessidade de levar a peça para outros cantos do mundo que fez Wellington optar por um cenário que coubesse em uma maleta.
Com objetos do cotidiano e truques de mágica, o único ator cria o cenário para a história que mistura comédia e mágica. “Foi uma questão de praticidade. É um espetáculo de rua, então ficava mais fácil circular mais com menos”, conta.
A peça já passou por escolas da Ceilândia, onde Wellington cresceu, e de Planaltina. “No fim, as crianças perguntam se a onça me mordeu mesmo. Digo que conseguimos fugir e que ficamos amigos”, conta Wellington.
O estilo da Commedia Dell’Art foi escolhido por sua tradição de teatro de rua, feito de maneira popular. “Além disso, é um teatro extracotidiano e fala de situações fora do comum”, explica o ator. “Usamos a Commedia Dell’Art, mas nos apropriamos do Brasil, do Chicó, do cara popular que vende histórias na rua. É quase uma Sherazade.”
SERVIÇO
A baba da pintada
Espaço Cultural Bagagem (Q. 40 lt. 16 Setor Central, Gama). De hoje a domingo, às 20h. Entrada franca. Classificação indicativa livre.