A paraibana Maria Valéria Rezende surpreendeu o mundo literário no ano passado ao ganhar o prêmio Jabuti com o romance Quarenta dias. No livro, uma professora aposentada empreende uma busca obsessiva por um sujeito que mal conhece. Maria Valéria, que é freira e vive em João Pessoa, conversa com o público às 11h e faz sessão de autógrafos do romance. Às 16h, Leonardo Sakamoto autografa O que aprendi sendo xingado na internet; e às 18h, o boliviano Rodrigo Hasbún lança Os afetos. Às 20h30, Marcia Tiburi autografa Como conversar com um fascista.

 

No seminário Deslocamentos humanos: geopolítica, cultura, etnia, economia e religião, marcado para as 14h30, o argentino Martín Caparrós fala sobre política, economia e desigualdades no mundo globalizado. Autor de A fome, que ele lança amanhã no Café Literário, Caparrós faz uma análise da geografia da fome no mundo contemporâneo a partir de pesquisa realizada em países como Níger, Índia, Sudão e Bangladesh. Às 16h30, é a vez de Antonio Prata e Mario Prata conversarem sobre o ofício da crônica.

 

A vida afetiva e as redes sociais é o tema discutido pela filósofa e psicanalista Viviane Mosé em palestra do seminário Amor, afetividade e individualidade nos tempos modernos. O seminário é um dos quatro programados para os 10 dias de Bienal. No mesmo auditório, às 17h30, o também filósofo Renato Janine Ribeiro participa do seminário Deslocamentos humanos: geopolítica, cultura, etnia, economia e religião, com palestra sobre conflitos políticos no mundo contemporâneo, mesmo tema que pauta o historiador Leandro Karnal na palestra seguinte, às 20h.

 

Os diversos aspectos do cotidiano nas cidades e nas metrópoles é o tema do seminário Vida urbana – Novos espaços, novos caminhos, que tem o escritor Marcelino Freire como convidado no domingo, às 11h30. Com a palestra Liberdade, solidão e indiferença nas grandes cidades, o autor de Nossos ossos vai refletir sobre as relações e os conflitos existenciais no contexto urbano. Mais tarde, às 14h, Bernardo Kucinski fala sobre intolerância e conflitos políticos. Jornalista e professor da Universidade de São Paulo (USP), o escritor paulistano foi finalista dos prêmios São Paulo de Literatura e Portugal Telecom com K – Relato de uma busca, narrativa comovente sobre um pai à procura da filha desaparecida na ditadura.

O seminário Vida urbana continua com participação de Raquel Rolnik, às 15h. A arquiteta e urbanista fala da relação entre o homem e o meio ambiente nos grandes centros urbanos. O estado de bem-estar social é tema da palestra da portuguesa Raquel Varela, às 20h30. Pesquisadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova Lisboa, Raquel tem livros publicados sobre a revolução dos cravos e sobre as ditaduras nos países ibéricos.