Espetáculo 'À beira do fim' entra em cartaz no Teatro Goldini
Peça discute como a humanidade pode estar perto de chegar ao fim do mundo
Vinicius Nader
Publicação:03/02/2017 06:10Atualização: 03/02/2017 09:24

Questões pungentes são levadas aos palcos em À beira do fim
O palco da intimista sala Adolfo Celi, do Teatro Goldoni, foi perfeito para que a diretora Lucélia Freire e toda equipe técnica criassem o clima de À beira do fim, espetáculo que entra em cartaz neste fim de semana naquele espaço.
“A caixa cênica é diferente das convencionais e isso é muito bom para a peça, porque precisávamos criar essa atmosfera do desconhecido, de um lugar onde quatro figuras estranhas se encontram para falar sobre o fim do mundo”, afirma a diretora. Lucélia contou com a ajuda dos figurinos e do cenário de Roustang Carrilho e da iluminação de Abaetê Queiroz. “Todos esses elementos constróem uma sensação de claustrofobia, de agonia necessária para a peça”.
No palco Juliana Plasmo, Leonardo Gomes, Marco Lellis e Thiago Freitas (também autor do texto) vivem quatro pessoas que se encontram num local ermo em pleno fim do mundo. “Eles vão conversar sobre as mazelas que o levaram até ali: fome, violência, peste e morte, como nos Cavaleiros do Apocalipse”, explica Lucélia, que vê nesses temas uma atualidade pulsante.
“É para sair do teatro pensando e repensando. O texto é denso e, apesar do nonsense dos quatro personagens, tem um realismo muito forte”, avisa a diretora. Entre os temas lançados estão questões ambientais, individualização exarcebada e o radicalismo.
SERVIÇO
À beira do fim
Sala Adolfo Celi do Teatro Goldoni (208/209 Sul; 3443-0606). Temporada até 12 de fevereiro. De quinta a sábado, às 21h15, domingo, às 20h15. Ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), à venda na bilheteria uma hora antes do espetáculo. Não recomendado para menores de 14 anos.