Emicida e Rael se apresentam na festa Melanina, no Mané Garrincha
Rappers comandam a primeira festa no ano no espaço, confira o que esperar do evento
Adriana Izel
Publicação:24/03/2017 06:00Atualização: 23/03/2017 18:27
Rapper Emicida se apresenta na Melanina
A tradicional festa de black music Melanina está de volta à programação da capital federal. A primeira edição deste ano será amanhã, a partir das 22h, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha (Eixo Monumental), e marca o retorno de Emicida à capital federal.
O artista chega à cidade com a turnê do disco Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa (2015), que tem músicas como Baiana, Mufete, Passarinhos e Mãe. “Tocar em Brasília é sempre uma experiência interessante. A cena hip-hop está presente e acontecendo de alguma maneira, então, todas as vezes em que passamos por aí, há uma troca intensa com o público. São shows dos quais lembro-me com carinho”, conta o artista ao Correio.
Além do repertório do álbum, Emicida ainda diz que o público pode esperar canções fora do disco. “Justamente porque gosto de me conectar com a energia do público, tem muita coisa que decido tocar quando estou em cima do palco”, adianta.
A noite ainda terá shows de Rael, que vem com o repertório do álbum Coisas do meu imaginário (2016), e os DJs A (residente da festa), Nyack e Savana.
Entrevista // Emicida
Recentemente, o clipe Baiana, sua música com Caetano Veloso, chamou bastante atenção na internet. A que você atribui tantos comentários sobre o vídeo?
Eu acredito que talvez seja porque o clipe foge ao que a música sugere em uma perspectiva mais superficial. A gente quis brincar com uma amizade que parece um relacionamento ou um relacionamento em que a amizade também se faz muito presente. No fim das contas, o importante é a energia que flui entre duas pessoas. E o mundo, independentemente do julgamento que possa fazer, não tem nada a ver com isso. O foco é a felicidade de duas pessoas que estão curtindo o carnaval de Salvador.
Você e seu irmão Evandro Fióti criaram a grife Lab, que desfilou no São Paulo Fashion Week em duas edições. O que os motivou a lançar a marca?
Desde quando eu e meu irmão nos unimos com a intenção de cuidar da minha carreira, já existia essa ideia da venda de camisetas nos shows. Era mais uma forma de fomentar a música, o merchandising. Com o tempo, naturalmente, essa demanda foi surgindo na medida em que a cena também se fortaleceu, e deixaram de ser “as camisetas do Emicida” para serem simplesmente as peças que agradam a quem gosta deste corte, estampa e modelagem, e sinto também que agrada a quem, de maneira geral, se identifica com a trajetória da Lab e o lugar que ela quer ocupar.
No ano passado, a sua grife Lab em parceria com seu irmão teve o desfile mais comentado do São Paulo Fashion Week ao mostrar a africanidade e a negritude. Qual foi o conceito que vocês decidiram levar na edição deste ano?
Foi o da herança do samba nas nossas trajetórias. Desde criança o gênero está presente na minha infância e na do meu irmão também. Eu sou um grande fã do gênero. Para a passarela buscamos levar essa herança, essa bagagem pessoal, mas entrelaçada com a rua, com essa linguagem urbana tão presente no nosso DNA.
Você foi anunciado como atração do Rock in Rio como convidado em um show com o americano Miguel. Como surgiu essa parceria? Vocês já tem noção do que deverá ser apresentado no festival?
A ideia da parceria veio do próprio Rock in Rio. E ainda não nos falamos, eu e Miguel, não sabemos ainda o que vamos fazer juntos. Eu o conheço o Miguel de alguns featurings, acho que vai ser interessante.
No ano passado, a sua grife Lab em parceria com seu irmão teve o desfile mais comentado do São Paulo Fashion Week ao mostrar a africanidade e a negritude. Qual foi o conceito que vocês decidiram levar na edição deste ano?
Foi o da herança do samba nas nossas trajetórias. Desde criança o gênero está presente na minha infância e na do meu irmão também. Eu sou um grande fã do gênero. Para a passarela buscamos levar essa herança, essa bagagem pessoal, mas entrelaçada com a rua, com essa linguagem urbana tão presente no nosso DNA.
Você foi anunciado como atração do Rock in Rio como convidado em um show com o americano Miguel. Como surgiu essa parceria? Vocês já tem noção do que deverá ser apresentado no festival?
A ideia da parceria veio do próprio Rock in Rio. E ainda não nos falamos, eu e Miguel, não sabemos ainda o que vamos fazer juntos. Eu o conheço o Miguel de alguns featurings, acho que vai ser interessante.
SERVIÇO
Melanina
Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha (Eixo Monumental). Amanhã, às 22h. Com palestras de Evandro Fióti e shows de Emicida, Rael e DJs Nyack, A e Savana. Entrada a R$ 50. Valor de meia-entrada, primeiro lote e sujeito a alteração. Não recomendado para menores de 18 anos.