'Rio mais Brasil' chega a Brasília e traz músicas que marcaram o país
Espetáculo musical resgata a autoestima e a alegria do país por meio de canções clássicas e inéditas
Vinicius Nader
Publicação:27/10/2017 06:00Atualização: 26/10/2017 17:19
A maior riqueza do Brasil é a miscigenação. A premissa lançada por Darcy Ribeiro em O povo brasileiro serviu como base para Gustavo Nunes idealizar e produzir Rio mais Brasil, o nosso musical, que aporta esta semana em Brasília. Com ares de superprodução, o espetáculo conta com 3 toneladas de equipamentos, entre cenário e iluminação, e 20 atores no elenco.
“A ideia era trazer essa essência de Darcy Ribeiro - de que nossa riqueza cultural é enorme - para os palcos. Sempre pensei em representar o Brasil por meio da musicalidade”, afirma Gustavo. Para encontrar essa brasilidade entre os vários brasis que temos, Gustavo coordenou mais de 500 audições de atores de vários estados. “Recebemos gente de todas as regiões, pessoas que nunca tinham ido ao Rio de Janeiro. Essas histórias todas enriqueceram nosso roteiro”, conta o produtor.
A diversidade brasileira aparece também no repertório, formado por mais de 30 músicas, entre clássicos e canções inéditas compostas especialmente para Rio mais Brasil. Estão lado a lado Aquarela do Brasil (Ary Barroso), Oração (A banda mais bonita da cidade), Tocando em frente (Almir Sater e Renato Teixeira) e Para todos (Chico Buarque).
No roteiro, o produtor Martin (Leonardo Vieira) e a diretora Cris (Cris Viana) buscam elenco para filme em que a diversidade cultural brasileira será mostrada. É o mote para as audições que costuram o texto. O momento dedicado a Brasília é, segundo Gustavo, “um dos mais fortes do espetáculo”. Ao som de Maria Maria (Milton Nascimento) e Pagu (Rita Lee e Zélia Duncan), a condição da mulher moderna é discutida. “Por meio da mulher, a gente acaba abrangendo a questão de todas as minorias”, completa.
Mas nada disso é mostrado em Rio mais Brasil de forma pessimista. “Procuramos resgatar a autoestima brasileira. Essa capacidade muito especial que temos de passar por cima das adversidades. Isso também está em Darcy Ribeiro”, explica Gustavo.
Duas perguntas // Leonardo Vieira
Rio mais Brasil é o primeiro musical de sua carreira?
Podemos dizer que sim. Fiz um há mais de 25 anos, mas era muito pequeno. Eu não canto muito nesse, não. Meu número musical é um rap inédito no meio de Aquarela do Brasil.
Cantar em cena foi um grande desafio?
Foi. Mas é o tipo de desafio que, com o ensaio, a gente supera. O maior desafio dessa turnê é adaptar um espetáculo tão grandioso aos vários e diferentes palcos pelos quais passamos. Entrar no meio da temporada (Leonardo substituiu o ator Cláudio Lins) também foi complicado, mas agora está tudo azeitado já.
A musicalidade das regiões brasileiras costura o roteiro do espetáculo
A maior riqueza do Brasil é a miscigenação. A premissa lançada por Darcy Ribeiro em O povo brasileiro serviu como base para Gustavo Nunes idealizar e produzir Rio mais Brasil, o nosso musical, que aporta esta semana em Brasília. Com ares de superprodução, o espetáculo conta com 3 toneladas de equipamentos, entre cenário e iluminação, e 20 atores no elenco.
“A ideia era trazer essa essência de Darcy Ribeiro - de que nossa riqueza cultural é enorme - para os palcos. Sempre pensei em representar o Brasil por meio da musicalidade”, afirma Gustavo. Para encontrar essa brasilidade entre os vários brasis que temos, Gustavo coordenou mais de 500 audições de atores de vários estados. “Recebemos gente de todas as regiões, pessoas que nunca tinham ido ao Rio de Janeiro. Essas histórias todas enriqueceram nosso roteiro”, conta o produtor.
A diversidade brasileira aparece também no repertório, formado por mais de 30 músicas, entre clássicos e canções inéditas compostas especialmente para Rio mais Brasil. Estão lado a lado Aquarela do Brasil (Ary Barroso), Oração (A banda mais bonita da cidade), Tocando em frente (Almir Sater e Renato Teixeira) e Para todos (Chico Buarque).
No roteiro, o produtor Martin (Leonardo Vieira) e a diretora Cris (Cris Viana) buscam elenco para filme em que a diversidade cultural brasileira será mostrada. É o mote para as audições que costuram o texto. O momento dedicado a Brasília é, segundo Gustavo, “um dos mais fortes do espetáculo”. Ao som de Maria Maria (Milton Nascimento) e Pagu (Rita Lee e Zélia Duncan), a condição da mulher moderna é discutida. “Por meio da mulher, a gente acaba abrangendo a questão de todas as minorias”, completa.
Mas nada disso é mostrado em Rio mais Brasil de forma pessimista. “Procuramos resgatar a autoestima brasileira. Essa capacidade muito especial que temos de passar por cima das adversidades. Isso também está em Darcy Ribeiro”, explica Gustavo.
Duas perguntas // Leonardo Vieira
Rio mais Brasil é o primeiro musical de sua carreira?
Podemos dizer que sim. Fiz um há mais de 25 anos, mas era muito pequeno. Eu não canto muito nesse, não. Meu número musical é um rap inédito no meio de Aquarela do Brasil.
Cantar em cena foi um grande desafio?
Foi. Mas é o tipo de desafio que, com o ensaio, a gente supera. O maior desafio dessa turnê é adaptar um espetáculo tão grandioso aos vários e diferentes palcos pelos quais passamos. Entrar no meio da temporada (Leonardo substituiu o ator Cláudio Lins) também foi complicado, mas agora está tudo azeitado já.
Rio mais Brasil em números
20 atores multi-instrumentistas
em cena
500 candidatos nas audições
700 horas de ensaio
3 toneladas de equipamentos
100 peças no figurino
32 músicas no repertório
Serviço
Rio mais Brasil, o nosso musical
Teatro Unip (913 Sul). Sábado (28/10), às 17h e às 21h; domingo (2910), às 19h. Ingressos a R$ 100 (plateia 1) e R$ 50 (plateia 2). Classificação livre.