Se antes Fernanda estava em busca do amor, de um relacionamento, agora, a personagem de Mônica Martelli busca respostas para a sobrevivência conjugal. A atriz está de volta à capital, em apresentação única, com o sucesso Minha vida em Marte, dirigido pela irmã Susana Garcia. Com a mesma irreverência, humor e, sobretudo, autenticidade, Mônica divide com o público as sessões de terapia, as alegrias, as tristezas, as angústias, as intimidades e as tentativas de Fernanda para manter o matrimônio.

"Minha vida em Marte conta a história de uma mulher lutando para que o casamento dê certo, em crise no casamento. Porque quando você casa, você idealiza aquela pessoa, a relação. Depois, a verdade chega. E a Fernanda está passando por todas as tolerâncias do dia a dia, a falta de tesão", adianta Mônica ao Correio.

Assim como na peça precursora — Os homens são de Marte... E é pra lá que eu vou — a atriz parte das próprias vivências para construir o monólogo. "Passei por isso há oito anos. Depois que me separei, precisei de três anos para começar a escrever, porque a dor da separação é muito grande. Você sofre por todo um futuro que você planejou e não vai ter mais. Tudo que você idealizou enquanto família. Você vai ter que reinventar uma vida. Depois que eu entendi o que eu estava vivendo, pude começar a escrever e, para escrever com humor, você precisa de distanciamento", explica.

Ao contrário do filme homônimo, com participação do ator Paulo Gustavo e que foi sucesso de público nos cinemas nacionais, a peça está centrada no matrimônio e nos inúmeros aspectos ligados a ele, como traição, machismo, filhos e trabalho.

Centro de Convenções Ulysses Guimarães (St. de Divulgação Cultural). Domingo (18/8), às 18h. Espetáculo com Mônica Martelli e direção de Susana Garcia. Entrada a R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira). Não recomendado para menores de 14 anos.