Coluna "Eu vi" enfatiza a data que marca 50 anos da ditadura no Brasil
Há 50 anos o país passava por uma fase difícil, o Golpe Militar
Diego Ponce de Leon
Publicação:30/03/2014 06:20
Nunca mais
Neste domingo, dia 31 de março, completam-se 50 anos do início do golpe militar que levou o país a um longo e tortuoso período. Nossos artistas foram reprimidos. As obras manipuladas. Da música à televisão. A censura impediu que Odorico Paraguaçu, em O bem-amado, fosse chamado de “capitão” ou “coronel”. A censura atrasou a exibição de Roque Santeiro em 10 anos e exigiu a morte de Paulo Gracindo no final de Bandeira 2, para moralizar a história. Janete Clair teve o texto censurado diversas vezes e chegou a rasgar 12 capítulos, impedidos de ir ao ar, em uma cena de fúria. Merecedora de uma novela.
Não há dignidade na censura e na repressão dos meios de comunicação para impor conceitos de moralidade e de civismo subjetivos. Digno é o país democrático. No qual, Mateus Solano possa beijar Thiago Fragoso. Onde Chico Buarque possa jogar bosta na Geni e Maria Bethânia não precise pegar o carcará. Matá-lo. E comê-lo.
Melhores
Ando na dúvida sobre quem seja meu ator favorito, atualmente. Estou entre Caio Castro e Cauã Reymond.
Programas
As séries brasileiras andam dando um banho nas internacionais. Vida de estagiário ou A teia, por exemplo, arrasam com House of cards ou Game of thrones.
Revelação
Os drops anteriores são uma antecipada homenagem ao Dia da Mentira, a ser celebrado em dois dias.
Neste domingo, dia 31 de março, completam-se 50 anos do início do golpe militar que levou o país a um longo e tortuoso período. Nossos artistas foram reprimidos. As obras manipuladas. Da música à televisão. A censura impediu que Odorico Paraguaçu, em O bem-amado, fosse chamado de “capitão” ou “coronel”. A censura atrasou a exibição de Roque Santeiro em 10 anos e exigiu a morte de Paulo Gracindo no final de Bandeira 2, para moralizar a história. Janete Clair teve o texto censurado diversas vezes e chegou a rasgar 12 capítulos, impedidos de ir ao ar, em uma cena de fúria. Merecedora de uma novela.
Não há dignidade na censura e na repressão dos meios de comunicação para impor conceitos de moralidade e de civismo subjetivos. Digno é o país democrático. No qual, Mateus Solano possa beijar Thiago Fragoso. Onde Chico Buarque possa jogar bosta na Geni e Maria Bethânia não precise pegar o carcará. Matá-lo. E comê-lo.
Melhores
Ando na dúvida sobre quem seja meu ator favorito, atualmente. Estou entre Caio Castro e Cauã Reymond.
Programas
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Revelação
Os drops anteriores são uma antecipada homenagem ao Dia da Mentira, a ser celebrado em dois dias.