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Hélio de La Peña interpreta traficante cool em novo seriado

Ator tem nova oportunidade na tevê e contracena com Heloísa Périssé

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Agência Estado Publicação:21/05/2014 06:00Atualização:20/05/2014 13:35
Ator volta à tevê e estreia no seriado ao lado de Heloísa Périssé (Jair Amaral/EM/D.A Press)
Ator volta à tevê e estreia no seriado ao lado de Heloísa Périssé

Hélio de La Peña está tendo uma nova oportunidade na tevê. Depois de anos trabalhando como humorista no Casseta & Planeta, ele agora faz sua primeira incursão no mundo da teledramaturgia, no seriado Segunda Dama (Globo). E estreia em grande estilo, interpretando Edimúcio, um chefão de morro.

Hélio afirma que o trabalho de composição do personagem é parecido com o que ele já fazia, mas sem as tintas fortes do humor rasgado do grupo. Ele diz que mergulhou de cabeça no novo desafio, dando até um "trato no visual" para viver o traficante Edimúcio na atração global.

Confira a entrevista completa.

Qual o diferencial do Edimúcio?

HÉLIO DE LA PEÑA - Meu personagem é um dono de morro, mas não no estilo Zé Pequeno, de "Cidade de Deus" (filme de Fernando Meirelles, de 2002). Ele tem um estilo mais cool, é um cara meio fashion. Eu dei um trato no cabelo e coloquei uma estrela solitária na cabeça para marcar que ele é botafoguense. Quis fazer um cara diferente.

Como foi essa sua primeira incursão pela teledramaturgia?


HÉLIO - Muito interessante. Estou bem próximo da Heloísa Périssé, que é uma das autoras e protagonista. O Edimúcio é seu ex-namorado (de Marali, a gêmea pobre da história) e vive uma dor de corno. Ensaiamos juntos,teve um envolvimento grande. Desde o momento do convite, tudo é muito novo para mim. Foi um processo bem diferente do que eu estava acostumado.

Como você recebeu o convite?


HÉLIO - É a minha primeira vez. Achei um bom desafio. O "Casseta" acabou, depois de 20 anos. Então, não estarei fazendo mais personagens ali. Foi interessante surgir um outro caminho, que eu pudesse ter ferramentaspara atender.

Como é construir um personagem sem caricatura?

HÉLIO - Você tem que pensar nas características do personagem, estar atento ao que o texto pede. O negócio está em alguns tons abaixo da interpretação que a gente fazia no "Casseta", que era farsesca, exagerada. Noseriado você tem que chegar em um mundo mais real. Mas também é uma comédia.

Como compôs o personagem?

HÉLIO - Ele só existia na minha cabeça. É diferente de um personagem que é uma caricatura. Neste caso, a gente tem que estar atento, saber o que ele tem que você pode amplificar. De uma certa forma, foi assim que construí esse personagem. Por exemplo, existe um estereótipo de traficante, que a gente pensa em se aproximar por um lado, e se afastar pelo outro. Então, é construção mesmo.

O Casseta & Planeta acabou. Já há algum novo projeto em conjunto?

HÉLIO - Continuamos sócios. A nossa redação em Ipanema (Rio de Janeiro) continua ativa. Todos temos projetos individuais no cinema, livros, televisão e outras coisas, mas temos uma relação muito próxima. Hoje, não há nenhum projeto que junte a gente. Provavelmente, o que deve rolar, no futuro, é pensar em alguma coisa no Canal Viva, onde a gente possa resgatar o nosso material.

Como você vê a renovação do humor que está acontecendo no Brasil?

HÉLIO - É bem legal. Ainda bem que chegou gente nova, que deu uma oxigenada. É uma coisa que vem mudando...Há muito tempo a Globo vinha se mostrando conservadora com relação às temáticas. Uma série de tabus que a gente enfrentou estão sendo quebrados.

Vocês sentiram isso?

HÉLIO - Acho que no final do "Casseta" a gente sentiu muitas restrições que foram rompidas agora. O público, que conheceu a história do "Casseta", percebe isso.

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