Este mês termina como um dos mais nefastos para a cultura brasileira
Coluna Eu Vi homenageia Rubem Alves, João Ubaldo Ribeiro e Suassuna que morreram neste mês
Diego Ponce de Leon
Publicação:27/07/2014 08:01Atualização: 25/07/2014 11:10
Imortal
Já se passam alguns dias desde a morte de Ariano Suassuna, mas minha alma segue inquieta, e as devidas homenagens ainda me parecem pertinentes (sempre serão). Este mês termina como um dos mais nefastos para a cultura brasileira, vide as idas de Rubem Alves, João Ubaldo Ribeiro e, agora, Suassuna.
Enquanto João Ubaldo flertou pouco com a tevê, Suassuna fez história. A minissérie O auto da compadecida, de 1999, foi uma das mais exitosas adaptações da literatura nacional. O próprio Suassuna, em entrevista de 2013, confessou que “muito possivelmente, os espectadores da série eram mais numerosos do que os leitores”. Em 2007, a versão de A pedra do reino se tornou um dos belos produtos já produzidos pela televisão aberta.
É tão raro (e tão revigorante) quando a tevê, nosso mais popular meio de comunicação, se debruça sobre a literatura e auxilia a imortalizar nossos cânones, nossos sertões, nossa cultura. Nossos Joões e Chicós. Nosso Suassuna. Mestre, a Caetana não venceu.
João Ubaldo
Embora tenha sido pouco adaptado para a tevê, muitos se lembram de O sorriso do lagarto, de 1991, protagonizado por Maitê Proença, Tony Ramos e pelo saudoso Raul Cortez.
Atores
Além das impecáveis cenografia e produção, A pedra do reino colocou em evidência os excelentes atores Irandhir Santos e Luiz Carlos Vasconcelos, mais conhecidos
no cinema.
Despercebida
Um leitor me lembrou de que Em família terminou e eu não teci um comentário acerca da novela. A produção foi tão apática que chegou ao fim e poucos perceberam.
Escritor Ariano Suassuna
Já se passam alguns dias desde a morte de Ariano Suassuna, mas minha alma segue inquieta, e as devidas homenagens ainda me parecem pertinentes (sempre serão). Este mês termina como um dos mais nefastos para a cultura brasileira, vide as idas de Rubem Alves, João Ubaldo Ribeiro e, agora, Suassuna.
Enquanto João Ubaldo flertou pouco com a tevê, Suassuna fez história. A minissérie O auto da compadecida, de 1999, foi uma das mais exitosas adaptações da literatura nacional. O próprio Suassuna, em entrevista de 2013, confessou que “muito possivelmente, os espectadores da série eram mais numerosos do que os leitores”. Em 2007, a versão de A pedra do reino se tornou um dos belos produtos já produzidos pela televisão aberta.
É tão raro (e tão revigorante) quando a tevê, nosso mais popular meio de comunicação, se debruça sobre a literatura e auxilia a imortalizar nossos cânones, nossos sertões, nossa cultura. Nossos Joões e Chicós. Nosso Suassuna. Mestre, a Caetana não venceu.
João Ubaldo
Embora tenha sido pouco adaptado para a tevê, muitos se lembram de O sorriso do lagarto, de 1991, protagonizado por Maitê Proença, Tony Ramos e pelo saudoso Raul Cortez.
Atores
Além das impecáveis cenografia e produção, A pedra do reino colocou em evidência os excelentes atores Irandhir Santos e Luiz Carlos Vasconcelos, mais conhecidos
no cinema.
Despercebida
Um leitor me lembrou de que Em família terminou e eu não teci um comentário acerca da novela. A produção foi tão apática que chegou ao fim e poucos perceberam.