Trilhas sonoras marcam gerações e ganham destaque em novelas
Com papel fundamental nas tramas, músicas marcam gerações
Publicação:24/08/2014 06:08

Elenco da primeira fase de Chiquititas
“Novela memorável tem uma boa trilha”. As palavras do produtor musical Rafael Dantas confirmam que não bastam uma trama eficiente ou atores de grande apreço do público. O sucesso de uma novela se dá, principalmente, quando as artes se casam adequadamente. “São as canções que vendem a produção”, completa Dantas. É impossível não se lembrar de O Rei do gado ao ouvir as notas das cordas de Orquestra da terra; de Senhora do destino com Encontros e despedidas na voz de Maria Rita; ou até mesmo das icônicas Marias de Thalia nas novelas mexicanas.
A trilha sonora dá identidade à novela, desde o tema de abertura até as canções de cada personagem. E uma música que cai nas graças do público rende lucro à produção. Até a popularização dos downloads, os álbuns com todas as canções dos folhetins foram sucesso de vendas e propulsores de carreiras, função que exercem até hoje.
A novela musical Chiquititas é um dos maiores exemplos de como as músicas são capazes de assegurar um público fiel e aumento de audiência. Quando foi lançado no país, em 1997, o memorável “mexe, mexe, mexe com as mãos, pequeninas!” fez o álbum bater a marca de 750 mil cópias vendidas.
A versão atual, no ar há um ano, caminha para a marca de 1 milhão de cópias em CDs e DVDs, segundo Laércio Ferreira, produtor musical da novela infantil, ao lado de Arnaldo Saccomani. Mesmo com o mercado fonográfico mais fraco do que há 17 anos, Ferreira justifica os bons números de Chiquititas: “Trabalhamos com um público que pede isso. A criançada compra, quer ver, ouvir e manipular o material original”, diz.
Duas perguntas Laércio Ferreira
Como você avalia ter que reformular um sucesso dos anos 1990? Você e Arnaldo Saccomani utilizaram alguma estratégia para ganhar o público novo?
É uma responsabilidade enorme, mesmo que os tempos sejam diferentes. Nesta versão, houve a necessidade de colocar coisas novas. Nós pegamos as melhores músicas da primeira versão e demos outras roupagens. Outras não se encaixavam nos tempos de hoje e, então, decidimos mantê-las no passado. Também investimos bastante em inéditas e regravações de sucessos de grandes nomes da MPB.
Com 30 anos de SBT, como você avalia as condições de produção de uma trilha hoje em relação às novelas de antigamente? Ainda vale a pena investir nas vendas físicas?
Hoje, há um pouco mais de liberdade, embora a gente encontre alguns obstáculos. Um deles é o compromisso dos artistas com outras emissoras, o que é compreensível porque ele escolhe onde quer aparecer. Os downloads cresceram absurdamente, mas, no nosso caso, ainda vale a pena, embora a gente saiba que em dois ou três anos os CDs acabarão. O DVD sobreviverá, e eu acredito que o audiovisual venderá bastante para esse público.
Vintage
As trilhas sonoras vanguardistas de O rebu e Boogie oogie elevaram os índices de audiência nos respectivos horários e foram os assuntos mais comentados nas redes sociais.
Disco
A novela das seis retomou sucessos originais das discotecas dos anos 1970, como o tema de abertura That's the way (I like it), do grupo KC & The Sunshine Band. Pecado mortal, da Record, também investiu no estilo — foi a melhor parte da novela.
A trilha sonora dá identidade à novela, desde o tema de abertura até as canções de cada personagem. E uma música que cai nas graças do público rende lucro à produção. Até a popularização dos downloads, os álbuns com todas as canções dos folhetins foram sucesso de vendas e propulsores de carreiras, função que exercem até hoje.
A novela musical Chiquititas é um dos maiores exemplos de como as músicas são capazes de assegurar um público fiel e aumento de audiência. Quando foi lançado no país, em 1997, o memorável “mexe, mexe, mexe com as mãos, pequeninas!” fez o álbum bater a marca de 750 mil cópias vendidas.
A versão atual, no ar há um ano, caminha para a marca de 1 milhão de cópias em CDs e DVDs, segundo Laércio Ferreira, produtor musical da novela infantil, ao lado de Arnaldo Saccomani. Mesmo com o mercado fonográfico mais fraco do que há 17 anos, Ferreira justifica os bons números de Chiquititas: “Trabalhamos com um público que pede isso. A criançada compra, quer ver, ouvir e manipular o material original”, diz.
Duas perguntas Laércio Ferreira
Como você avalia ter que reformular um sucesso dos anos 1990? Você e Arnaldo Saccomani utilizaram alguma estratégia para ganhar o público novo?
É uma responsabilidade enorme, mesmo que os tempos sejam diferentes. Nesta versão, houve a necessidade de colocar coisas novas. Nós pegamos as melhores músicas da primeira versão e demos outras roupagens. Outras não se encaixavam nos tempos de hoje e, então, decidimos mantê-las no passado. Também investimos bastante em inéditas e regravações de sucessos de grandes nomes da MPB.
Com 30 anos de SBT, como você avalia as condições de produção de uma trilha hoje em relação às novelas de antigamente? Ainda vale a pena investir nas vendas físicas?
Hoje, há um pouco mais de liberdade, embora a gente encontre alguns obstáculos. Um deles é o compromisso dos artistas com outras emissoras, o que é compreensível porque ele escolhe onde quer aparecer. Os downloads cresceram absurdamente, mas, no nosso caso, ainda vale a pena, embora a gente saiba que em dois ou três anos os CDs acabarão. O DVD sobreviverá, e eu acredito que o audiovisual venderá bastante para esse público.
Vintage
As trilhas sonoras vanguardistas de O rebu e Boogie oogie elevaram os índices de audiência nos respectivos horários e foram os assuntos mais comentados nas redes sociais.
Disco
A novela das seis retomou sucessos originais das discotecas dos anos 1970, como o tema de abertura That's the way (I like it), do grupo KC & The Sunshine Band. Pecado mortal, da Record, também investiu no estilo — foi a melhor parte da novela.