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Programas apelativos se reinventam na tevê sem abrirem mão do sensacionalismo

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Publicação:07/09/2014 05:45

Corpo feminino é muito explorado nas atrações (Band/Divulgação)
Corpo feminino é muito explorado nas atrações
Há mais de 30 anos, eles se renovam, mas a fonte de conteúdo continua a mesma: a apelação para populares baixarias. Os shows são bizarrices que começam pelos barracos de família, mortes de famosos, passam pelos testes de fidelidade, pela objetificação do corpo feminino e culminam nos policialescos, cada vez mais fortes na grade das emissoras.


“São programas que criam uma narrativa de seriado para prender o espectador”, analisa Tânia Montoro, professora de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB).


Os programas também se utilizam de personagens e de elementos próximos às classes mais populares para conseguir atingir uma audiência bem específica.


A socióloga Olivia Assis avalia que “se for considerado que tais programas são destinados às classes socialmente desfavorecidas, é o mesmo que dizer que a periferia é um produto. São mentiras culturais, como se aquilo visto na televisão fosse tomado como uma realidade”.

Policialescos
Popularizados após o extinto Aqui agora, do SBT, os programas que usam a violência das cidades como entretenimento registram índices consideráveis de audiência. Cidade alerta (foto) é o campeão disparado. Frequentemente chega aos 10 pontos no Ibope, se isolando na vice-liderança.

Barracos
audiência chega a ser insignificante, mas os programas de casos que envolvem traição, testes de DNA ou situações de família, nunca saem do ar. As atrações tornaram conhecidos nomes como João Kleber, Cristina Rocha e Márcia Goldsmith.


Os preferidos
Em 4h15 de exibição, por exemplo, o Domingo show (Record) consegue intercalar histórias de anões com jogos de opinião com famosos, sessões nostalgia e arquivos confidenciais.

Não poderia faltar
Ao se tratar de freak-shows, o Pânico, da Band, virou referência desde os últimos anos de RedeTV!. A atração tem como referências o extinto Jackass, da MTV, e criticada Banheira do Gugu.

Nas tardes
Luiz Bacci, de segunda a sexta, às 15h45, mistura tudo: inserções de perseguição policial, provas absurdas (como um desafio de comer baratas) e seguidas propagandas de produtos. O apresentador do Tá na tela da Band não esconde que o público-alvo é a classe C.

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