Beavis e Butt-Head fizeram sucesso por mostrar adolescência sem grandes dramas
Não faltaram críticas à dupla enquanto o desenho estava no ar
Ataide de Almeida Jr.
Publicação:09/11/2014 07:20
No auge da MTV, a programação se resumia basicamente a programas com videoclipes e atrações que discutiam temas da juventude. Em meio a esses shows musicais, a emissora misturava algumas animações. Beavis e Butt-Head foi uma aposta que fez sucesso em várias partes do mundo.
Com episódios de seis a 15 minutos, a série mostrava o cotidiano de dois adolescentes que moravam na fictícia cidade de Highland, no Texas, odiavam a escola, só falavam em sexo — os dois eram virgens — e assistiam a programas de televisão, principalmente os de videoclipes.
As críticas dos videoclipes assistidos pela dupla eram o momento mais aguardado pelo público. Além de falar das letras, dos cenários e até do modo como se vestiam os cantores, ouvia-se grunhidos ou frases sem sentido no meio das apresentações. Isso se deve ao fato de que Mike Judge, criador da série e dublador dos personagens, improvisava os comentários no estúdio.
Apesar de tratar de temas comuns da adolescência, a animação sofreu uma série de críticas negativas. O jornal norte-americano The New York Times disse, na época, que “Beavis e Butt-Head é estúpido o suficiente”. Houve ainda quem alegasse que o desenho influenciava as crianças. Ao mesmo impresso dos Estados Unidos, uma mãe afirmou que o filho colocou fogo em casa e matou a irmã após assistir a alguns episódios.
No Brasil, a animação foi exibida por quatro anos (199 episódios). Nos EUA, foram ao ar de 1993 a 1997, com oito temporadas. Por lá, em 2011, houve um breve retorno, de outubro a novembro (o primeiro episódio teve uma audiência de 3,3 milhões de pessoas), mas, ao fim dessa leva, o número de espectadores caiu para menos de um terço, o que levou ao cancelamento.
Filme
Com o sucesso, o desenho animado ganhou, em 1996, um longa-metragem. Em Beavis e Butt-Head detonam a América, os adolescentes cruzam os Estados Unidos atrás de uma televisão nova, pois a deles havia sido roubada. No entanto, eles se metem em tantas confusões que acabam sendo procurados pela polícia. O filme teve um bilheteria mundial de US$ 60 milhões e custou apenas US$ 12 milhões.
Spin-off
A MTV americana fez um pedido a Mike Judge para que ele incluísse uma personagem feminina no desenho. Assim, nasceu Daria, uma menina sarcástica, ligada ao rock e que tolerava a dupla. Daria ganhou uma série própria de 1997 a 2002, criada por Glenn Eichler. Foram 66 episódios, mas nenhum exibido no Brasil.
De volta?
Neste ano, ao promover a série Silicon Valey, Mike Judge disse à imprensa norte-americana que tentou vender o desenho para outras emissoras, mas ainda não obteve sucesso. “Nunca se sabe. Isso é uma das coisas que eu voltaria a fazer. Eu ainda gosto deles”, afirmou Judge, em entrevista ao site Crave Online.

Beavis e Butt-Head: humor ácido da animação dividiu a opinião do público
No auge da MTV, a programação se resumia basicamente a programas com videoclipes e atrações que discutiam temas da juventude. Em meio a esses shows musicais, a emissora misturava algumas animações. Beavis e Butt-Head foi uma aposta que fez sucesso em várias partes do mundo.
Com episódios de seis a 15 minutos, a série mostrava o cotidiano de dois adolescentes que moravam na fictícia cidade de Highland, no Texas, odiavam a escola, só falavam em sexo — os dois eram virgens — e assistiam a programas de televisão, principalmente os de videoclipes.
As críticas dos videoclipes assistidos pela dupla eram o momento mais aguardado pelo público. Além de falar das letras, dos cenários e até do modo como se vestiam os cantores, ouvia-se grunhidos ou frases sem sentido no meio das apresentações. Isso se deve ao fato de que Mike Judge, criador da série e dublador dos personagens, improvisava os comentários no estúdio.
Apesar de tratar de temas comuns da adolescência, a animação sofreu uma série de críticas negativas. O jornal norte-americano The New York Times disse, na época, que “Beavis e Butt-Head é estúpido o suficiente”. Houve ainda quem alegasse que o desenho influenciava as crianças. Ao mesmo impresso dos Estados Unidos, uma mãe afirmou que o filho colocou fogo em casa e matou a irmã após assistir a alguns episódios.
No Brasil, a animação foi exibida por quatro anos (199 episódios). Nos EUA, foram ao ar de 1993 a 1997, com oito temporadas. Por lá, em 2011, houve um breve retorno, de outubro a novembro (o primeiro episódio teve uma audiência de 3,3 milhões de pessoas), mas, ao fim dessa leva, o número de espectadores caiu para menos de um terço, o que levou ao cancelamento.
Filme
Com o sucesso, o desenho animado ganhou, em 1996, um longa-metragem. Em Beavis e Butt-Head detonam a América, os adolescentes cruzam os Estados Unidos atrás de uma televisão nova, pois a deles havia sido roubada. No entanto, eles se metem em tantas confusões que acabam sendo procurados pela polícia. O filme teve um bilheteria mundial de US$ 60 milhões e custou apenas US$ 12 milhões.
Spin-off
A MTV americana fez um pedido a Mike Judge para que ele incluísse uma personagem feminina no desenho. Assim, nasceu Daria, uma menina sarcástica, ligada ao rock e que tolerava a dupla. Daria ganhou uma série própria de 1997 a 2002, criada por Glenn Eichler. Foram 66 episódios, mas nenhum exibido no Brasil.
De volta?
Neste ano, ao promover a série Silicon Valey, Mike Judge disse à imprensa norte-americana que tentou vender o desenho para outras emissoras, mas ainda não obteve sucesso. “Nunca se sabe. Isso é uma das coisas que eu voltaria a fazer. Eu ainda gosto deles”, afirmou Judge, em entrevista ao site Crave Online.